BRUMÁLIA...

A 24 de Novembro celebrava-se na antiga Roma a Brumália, um festival de Inverno em honra de Ceres/Deméter e de Saturno/Kronos, e, nalguns casos, de Baco. Dura até à Saturnália, que começa a 17 de Dezembro. Inclui celebrações nocturnas com bebida e alegria. Tiravam-se nesta altura prognósticos sobre o resto do Inverno. 

A Brumália foi celebrada até ao século VI, quando o imperador Justiniano a proibiu, em nome do exclusivismo cristão. 

O termo «Brumália» parece significar «Solstício de Inverno» - que ocorreria um mês depois - ou «Frio de Inverno», e pode derivar de *Brevima, [ˈbrɛwɪma], presumível superlativo obsoleto de «Brevis», mais tarde «Brevíssima» («A mais breve»).

Originalmente, duraria apenas um dia e seria designada como «Bruma». 

Na antiga Roma, os trabalhos agrícolas e as acções militares cessavam ou reduziam-se muito no Inverno. Vivia-se mais tempo de noite, daí o carácter nocturno e ctónico da celebração.

Os agricultores sacrificavam porcos a Ceres e a Saturno, os vinhateiros sacrificavam caprinos a Baco, já que o bode é «inimigo da vinha». Oficiais públicos ofereciam vinho, azeite, grão e mel aos sacerdotes de Ceres.

Nesta altura do ano, os romanos cumprimentavam-se mutuamente com a saudação «Vives annos» ou «vive por (muitos) anos.»

Era prática comum que a cada dia desta celebração correspondesse uma letra grega. Assim, o 24 de Novembro era da letra Alfa (a primeira do alfabeto grego) e o 17 de Dezembro da letra Ómega (a última do alfabeto grego). Cada pessoa dava uma festa no dia da letra pela qual começava o seu nome.

A Brumália terá continuado a ser celebrada na corte de Constantinopla até ao século X, mas nessa altura já teria sido cristianizada, como o Natal no Ocidente actual.

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Fontes:

 - https://en.wikipedia.org/wiki/Brumalia

 - http://www.historymatters.group.shef.ac.uk/revive-and-recreate-roman-winter-festival/