terça-feira, novembro 24, 2015

«PINGO DOCE» A MANDAR «NISTO»...



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Jorge Vala, psicólogo social, afirma que “ainda há muito racismo implícito na sociedade e nas instituições” e que esta “é uma questão silenciada”. “Em Portugal nunca discutimos a questão do racismo, assumimos que nunca fomos racistas na nossa História. Isso impede o pensamento crítico contra o racismo”, explica. Por isso, diz que se Costa for entendido como negro, será um obstáculo, mas que se for entendido como indiano, não.
A explicação para essa diferença prende-se com a maior penetração da comunidade indiana (e principalmente goesa) nas elites portuguesas, desde a altura das colónias. Para o politólogo António Costa Pinto, o impacto de Costa ter origens goesas por parte da família paterna “aproxima-se da neutralidade” junto do eleitorado. Além disso, lembra as ligações da família no combate ao Salazarismo - o pai, o escritor Orlando Costa, era do PCP -, um passado “que pode ser activado se for preciso”. Leia-se: caso haja uma campanha suja contra Costa.
À boca pequena, entre adversários ou colegas de partido, surgem alguns nomes pejorativos. “Há uma campanha negra que nota de forma racista as origens de Costa. Existiu na campanha para as autárquicas e existe agora”, garante o politólogo Adelino Maltês. Contudo, acredita que a questão é diluída com o “bom senso” dos adversários. Costa Pinto diz que a questão da cor “não será uma arma política”, uma vez que a direita portuguesa é a favor da “luso-tropicalidade” e a extrema-direita defende o “Império”.
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Fonte: http://www.sol.pt/noticia/117161/a-cor-de-costa-%C3%A9-um-trunfo-ou-um-handicap?

A verdade verdadinha é que perdeu as eleições, mesmo tendo tudo para vencê-las.

Quanto à alegação de que «a Extrema-Direita defende o "Império"», alto e pára o baile (que eu estarei a levar no Movimento Nacionalista?, espero que não), que o Nacionalismo em Portugal já há muito deixou para trás essa incoerência anti-étnica que por vicissitudes históricas - e teimosia de quem não queria largar poder - se lhe agarrou às pernas. O Império já não existe e nunca devia ter existido. Portugal é um país europeu ou então não é Portugal mas sim algum Cabo-Verde na Europa.