terça-feira, outubro 27, 2015

TRABALHADORES E REFORMADOS DO METRO E DA CARRIS MANIFESTARAM-SE CONTRA A PRIVATIZAÇÃO

Cerca de uma centena de sindicalistas e reformados do Metropolitano de Lisboa e da Carris entregaram hoje a deputados do PCP e do BE, em Lisboa, uma borracha para apagar os contratos de subconcessão das duas empresas.
Os trabalhadores partiram numa marcha de protesto do Largo do Rato, já depois das 10:30, e concentraram-se em frente à Assembleia da República ao final da manhã.
Pelo caminho gritaram palavras de ordem como "Privatizar é roubar", "o público é de todos, o privado só de alguns", "direitos conquistados não podem ser roubados" e "o contrato com a Avanza não é de confiança".
A sindicalista Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), lembrou que, ainda antes das eleições legislativas de 04 de Outubro, PS, PCP e Bloco de Esquerda se comprometeram a fazer tudo para reverter o processo de subconcessão.
No entanto, em frente ao Parlamento, para receber simbolicamente a borracha que, segundo os trabalhadores, serve para apagar o contrato de subconcessão das duas transportadoras de Lisboa à multinacional privada espanhola Avanza, estavam os deputados do Bloco de Esquerda Heitor Pinto e do PCP Bruno Dias, sem a presença de um representante do grupo socialista.
No protesto esteve também o líder da CGTP-IN, Arménio Carlos, que assegurou aos trabalhadores das transportadoras que quer a reversão dos contratos de subconcessão quer a reposição dos complementos de reforma retirados aos reformados do Metropolitano estão nas prioridades da central sindical.
Segundo Arménio Carlos, estes serão, aliás, assuntos que hoje à tarde serão abordados numa reunião entre a CGTP-IN e o PCP.
O contrato de subconcessão das duas empresas foi assinado a 23 de setembro, entre o Governo e a multinacional espanhola Avanza, à porta fechada.

No dia em que foi assinado o acordo, os trabalhadores promoveram uma acção pública de protesto, na qual entregaram a deputados um lápis para a assinatura dos contratos, considerando que a assinatura "não teria valor".
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Fonte: http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2015_10_27_384956051_trabalhadores-entregam-borracha-para-apagar-contratos-do-metro-de-lisboa-e-da-carris   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)