SOBRE A CRISE DOS REFUGIADOS, A REACÇÃO DE UM POLÍTICO NACIONALISTA E A DO PRESIDENTE TURCO...
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-09-04-A-reacao-do-primeiro-ministro-hungaro-a-crise-de-refugiados-os-europeus-correm-o-risco-de-se-tornar-uma-minoria (artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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A tensão continua em Bickse, na Hungria, onde há um campo de refugiados. Cerca de meio milhar de refugiados passou a noite num comboio na estação local, que fica situada a cerca de 35 km da capital húngara, recusando-se a serem transportados para o campo de refugiados local. Depois da confusão registada na quinta-feira - quando foram todos retidos pelas autoridades a meio do percurso -, voltaram a ocorrer momentos de tensão esta sexta-feira de manhã.
Vários refugiados negaram água e comida distribuída por voluntários, como forma de protesto. Enfurecidos, alguns atiraram garrafas e embalagens para a linha férrea. Houve mais lágrimas e gritos, apelos desesperados. Mas de acordo com a polícia húngara, a maioria dos refugiados oferece “resistência passiva”, impossibilitando ainda assim que sejam conduzidos para o campo de refugiados em Bicske.
Na quinta-feira, alguns refugiados chegaram a ser detidos pelas autoridades na sequência de confrontos. Sentiram-se enganados, uma vez que receberam a informação de que o destino do comboio seria Sopron, uma cidade situada junto à fronteira com a Áustria. Era precisamente o que desejavam, uma vez que a maioria quer pedir asilo à Áustria ou Alemanha.
Entretanto, a polícia húngara continua a divulgar vídeos que mostram os tumultos gerados pelos refugiados e algumas detenções. Num deles, que é descrito por um repórter do “The Guardian”, vê-se as autoridades a capturar um homem numa autoestrada em Domaszék - o indivíduo é acusado de ter recebido 1200 euros para fazer chegar uma família síria a Budapeste.
Na estação central de Keleti, aguardam por seu turno milhares de outros refugiados que mantêm a esperança de chegar à fronteira com a Áustria.
O primeiro-ministro húngaro continua a insistir que é preciso respeitar as regras de Schengen e que há limites para receber refugiados. “A realidade é que a Europa está a ser ameaçada por um grande fluxo de pessoas que querem ficar na Europa. Hoje estamos a falar de centenas de milhares, amanhã podem ser milhões e isto não terá fim. De repente, os europeus correm o risco de se transformar numa minoria”, declarou Viktor Orban à estação pública de rádio.
CAMERON RECUA, PUTIN ACUSA OS EUA
Pressionado pela União Europeia, David Cameron garantiu esta sexta-feira de manhã num encontro com Passos Coelho, em Lisboa, que o Reino Unido irá receber mais milhares de refugiados. “Aceitámos 5.000 sírios e criámos um programa específico de reinstalação. Vamos aceitar mais milhares, com este sistema que já existe, e vamos manter o número em revisão", disse o primeiro-ministro britânico. Anteriormente, Cameron tinha-se manifestado contra a possibilidade de receber mais refugiados.
Do lado russo, Vladimir Putin acusou os EUA de influenciarem a política europeia no Médio Oriente. “O que está em causa nesta política [europeia]? São impostas exigências sem levar em conta aspectos históricos, religiosos e culturais destas regiões específicas. Isto é, antes de tudo, a política dos nossos parceiros americanos”, afirmou Putin citado pela agência Tass.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, apontou o dedo a todo o mundo ocidental relativamente à crise dos refugiados. “Para ser honesto, todo o mundo ocidental tem culpa nesta questão dos refugiados. O que é a humanidade? Pergunto isso quando vejo imagens como as do menino sírio. Quantas crianças, mulheres e homens morreram afogados nas águas do Mediterrâneo?”
A resposta à crise de refugiados deverá ser discutida no próximo dia 14 de Setembro, durante uma reunião com os ministros da Administração Interna dos Estados-membros.
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Saliento: «Vários refugiados negaram água e comida distribuída por voluntários, como forma de protesto. Enfurecidos, alguns atiraram garrafas e embalagens para a linha férrea.»
Mal empregados víveres que não foram entregues a autóctones europeus que vivem à míngua na sua própria terra...
Quanto ao que diz o turco Erdogan, é sem dúvida muitíssimo significativo: um fulano que quer por todos os meios entrar pela Europa adentro, e portanto, formalmente falando, passar a fazer parte do «clube» europeu, toma todavia a atitude anti-europeia de tentar explorar, acicatar, um complexo de culpa imposto aos Europeus, com a puta da lata de quem não se lembra de dizer que os seus correligionários muçulmanos das Arábias não estão a deixar entrar um só dos refugiados da Síria e do Iraque...
5 Comments:
«"Quantas crianças, mulheres e homens morreram afogados nas águas do Mediterrâneo?”»
Muitíssimos menos do que aqueles que morreram no genocídio arménio.
E a Turquia esta a aceitar refugiados?
E os paises ricos do petroleo, nem falam? ninguem lhes pede nada? A UE que fez pressao a Cameron, nao faz pressao ao Qatar, Dubai e a outros para acolherem migrantes?
Pois, mas esses não são europeus, logo, não têm «responsabilidades», entenda-se, obrigação de se considerarem historicamente culpados e por isso de receber tudo o que é alógeno de braços e pernas abertos...
«Muitíssimos menos do que aqueles que morreram no genocídio arménio.»
Mas isso com ele não pega, é turco, não tem de sofrer de complexos de culpa e está no direito de negar um genocídio...
"«"Quantas crianças, mulheres e homens morreram afogados nas águas do Mediterrâneo?”»"
muitissimos menos do que os europeus que irão morrer no futuro por causa da imigração devido a esses imigrantes não terem emprego e roubarem, assassinarem, violarem europeias, fazerem atentados terroristas. Por não nascerem europeus pois dinheiro e recursos e espaço é desviado para imigrantes.
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