domingo, setembro 20, 2015

GOVERNO ALEMÃO MANDA APAGAR MENSAGENS CONTRA OS REFUGIADOS NO FACEBOOK

Fonte: http://sol.pt/noticia/411772
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O ministro da Justiça alemão disse há dias que o Facebook tem sido um ‘parque de diversões da extrema-direita’ e requereu uma reunião com os responsáveis da empresa na Alemanha. Resultado? Governo e rede social deram as mãos no combate ao ódio.
Reconhecendo que a rede tem tido vários comentários contra os refugiados, a filial alemã do Facebook concordou em dar tolerância zero às declarações racistas e xenófobas.
Para isso estabeleceu uma parceria com o regulador dos média alemães. Além disso vai criar uma ‘task force’ para responder ao discurso de ódio, trabalhando em parceria com várias organizações não-governamentais e com o Governo alemão.
A líder do partido dos Verdes alemão postou um vídeo no Facebook há alguns dias que gerou dezenas e dezenas de comentários de ódio. “A liberdade de expressão é importante, mas tem limites quando se trata de incitar à violência ou espalhar o discurso do ódio”, disse Katrin Goering-Eckardt.
O Facebook apelou por isso aos utilizadores que reportem todos os ‘posts’ e comentários ofensivos para que sejam posteriormente analisados e eliminados. 

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Curioso, o Facebook é um «parque de diversões da extrema-direita» mas pelos vistos não é um «parque de diversões da extrema-esquerda», ou se também o é, isso não incomoda tanto quem detém o poder...
Assim se constata, mais uma vez, como a elite reinante teme a democracia real, isto é, a manifestação da verdadeira opinião do povo. Neste caso, trata-se de reprimir uma opinião política antes que ela se torne «viral», porque pelos vistos quanto mais os «nazis/racistas» falam ao povo em discurso directo, mais o povo partilha das opiniões dos «nazis/racistas»... Quem manda não quer que os indivíduos «racistas» que fazem parte do povo se apercebam, no isolamento relativo individual da sua vida urbana, que há muito mais indivíduos a pensar como eles, porque isso dar-lhes-á força moral para se afirmarem politicamente e então o tal «parque de diversões» do Facebook rapidamente se expande à política partidária do país...