SOBRE A PRESTAÇÃO DE MERKEL EM RESPOSTA A UMA JOVEM PALESTINIANA

Fonte: http://www.rtp.pt/noticias/mundo/merkel-explica-a-crianca-palestiniana-porque-pode-ter-de-a-deportar_v845138 - Página com vídeo incorporado (artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)

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"Eu tenho objectivos na vida como todas as pessoas. Quero ir para a Universidade, é um dos meu objectivos que quero alcançar", explica Reem, uma das adolescentes presentes, vinda dos campos de refugiados do Líbano e que fala já um Alemão perfeito após estar na Alemanha quatro anos. A família de Reem pediu asilo na Alemanha. Merkel explica que a Alemanha não pode acolher todas as pessoas. 

"A politica é às vezes muito dura. Estás agora à minha frente e és uma pessoa extremamente simpática. Mas também sabes que nos campos de refugiados no Líbano estão milhares e milhares e se fossemos dizer podem vir todos... Não conseguimos fazer isso".

Merkel continua a dizer que espera que o processo de decidir que imigrantes e refugiados podem ficar e quais têm de ser deportados se acelere, lamentando que muitas crianças vão à escola mas depois para, comovida e dirige-se a Reem para a confortar.

A jovem, que além de árabe e de alemão, fala inglês, francês e sueco, desatou a chorar, após a resposta da Chanceler.

A publicação do vídeo coincidiu com a revelação de novos dados sobre as dificuldades das cidades e vilas alemãs em acolher o número de refugiados que entram no país.

A maioria deles estão na Baviera, no sul. Tudo, desde quartéis a edifícios escolares vazios, contentores de navio e pavilhões desportivos, tem sido usado para alojar os imigrantes.

Eva Lohse, presidente do Conselho das Cidades Alemãs, disse que "estamos a chegar ao limite das nossas capacidades".

Nas últimas semanas registaram-se casos de ataques de habitantes locais contra os imigrantes, como fogo posto nos locais onde são alojados e centros de acolhimento alvejados a tiro. A tensão é crescente mas a policia limita-se a considerar os ataques como sintomas de xenofobia.

O ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, diz que são sobretudo as comunidades fronteiriças quem mais está a sofrer com o impacto dos imigrantes.

À rádio Deutschlandfunk, Herrmann explicou que, "só numa semana, tivemos mais de 5.000 novas chegadas, a maioria deles vindos dos balcãs e a maioria deles simplesmente abandonados à beira da estrada pelos traficantes. Temos de encontrar alojamento para todos eles".

Nos primeiros seis meses de 2015 o número de pedidos de asilo ultrapassou os 450.000, mais do dobro do total de 2014. A questão está a tornar-se um dos pontos mais debatidos na Alemanha. 

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Agora «toda» a gente - a opinião publicada, não necessariamente a pública - se atira à chanceler Merkel por ela ter dito a verdade sobre a imigração, de uma forma clara e objectiva. Desta vez a teutónica falou sem mácula. O seu discurso e postura foram irrepreensíveis. No essencial afirmou o que toda a gente devia saber – que a Europa não pode aceitar todos os refugiados e que permitir a presença de demasiados refugiados em solo europeu é deixar que se estabeleça o efeito-chamada, a saber, o sinal dado às multidões do terceiro-mundo de que podem entrar todas pela Europa adentro. A mulher explicou-o com o clareza. Que podia ela fazer? Na posição que ocupa, Merkel é mais do que ela própria, é a porta-voz maior de um Povo inteiro, um Povo que, segundo indicam as sondagens, não quer mais imigração.

Que é que era suposto fazer naquela circunstância?

Que de repente dissesse à jovem palestiniana «olha, minha querida, tu e a tua família já têm lugar assegurado aqui assim para todo o sempre, ficam todos em minha casa»?

Pôr-se também ela, Merkel, a chorar baba e ranho... ou talvez converter-se à Santa Causa da Imigração Sem Fronteiras, como quem de repente visse «a luz»?... 

E muito fez ela em ter-se aproximado da jovem palestiniana para a reconfortar. 

Porque será que tanta raiva dirigida nos mé(r)dia a Merkel não é em vez disso canalizada contra quem torna a vida impossível na terra donde vem a jovem palestiniana?

A Europa não pode ser invadida, ponto final. Quem se borrifa para isso ou pretende pôr o sentimento e «os valores humanos» acima deste princípio, quem despreza a integridade dos países porque proclama estar a «solidariedade» acima de tudo, quem assim pensa, porque será que não resolve dizer que a Merkel devia era ter prometido que a Alemanha e o resto da Europa iam invadir militarmente a Palestina, o Líbano, o que fosse preciso, para ali instituir uma zona de paz, em que pessoas como a jovem palestiniana poderiam viver um quotidiano pacífico sem serem exploradas ou oprimidas por quadrilhas islamistas? Enfim, ilegalidade por ilegalidade, violação de fronteira por violação de fronteira, esta sempre estava mais em conta...

Mas não. O que é preciso é pegar em sentimentalismos baratos para tentar manipular as massas no sentido de virar a emotividade solidária contra as fronteiras europeias e quem as defenda, porque só assim é que se consegue impingir aos Europeus a presença maciça de alógenos. É esta a agenda «multiculturalista», mundialista, etno-masoquista, inimiga das fronteiras e por isso das identidades.