REDE DE PROSTITUIÇÃO AFRICANA USAVA ASILO POLÍTICO EM PORTUGAL COMO PLATAFORMA PARA O TRÁFICO DE MULHERES

Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/detalhe/rede_escolhe_escravas_sexuais_em_portugal.html   (artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)

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Nove pessoas que integravam uma rede de angariação de jovens africanas para prostituição foram acusadas pelo Ministério Público (MP) de crimes de tráfico de seres humanos, associação criminosa para o auxílio à imigração ilegal e uso de documento alheio. A investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) culminou com o cumprimento de sete mandados de detenção e busca em Julho de 2014 (dois outros elementos da rede já estavam então em prisão preventiva). Ficou provado, com a apreensão de documentação e comprovativos de transferências bancárias, que a rede usava Portugal como entrada na Europa de jovens africanas, algumas delas menores, para se prostituírem. As vítimas, na sua maioria nigerianas, chegavam como refugiadas, deixando-se capturar pelas polícias. Pediam depois asilo político, no que eram auxiliadas por advogados. Após algum tempo em centros de instalação temporária, como o do Aeroporto da Portela, as jovens entravam no País. O aliciamento para a prostituição dava-se neste momento, com as jovens a serem removidas destes locais. Tornavam-se então escravas sexuais da rede, em Portugal e no estrangeiro. Sem documentos, eram espoliadas de todo o dinheiro que faziam com a prostituição por mulheres conhecidas como ‘madames’ ou ‘mammas’.

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É mais um testemunho da miséria a que a imigração em massa conduz, com fronteiras escancaradas e até facilidade de aquisição de asilo político. Não é por a Europa fechar as portas que este tipo de monstruosidades desaparece da face da terra, evidentemente, mas pelo menos os Europeus ficariam com isso mais protegidos deste tipo de criminalidade, por um lado, e, por outro, um maior controlo policial internacional sobre as fronteiras reduziria muito provavelmente este tipo de tráfico e permitiria resgatar mais jovens traficadas.