quarta-feira, julho 22, 2015

FRENTE NACIONAL FRANCESA NÃO QUER MILITANTES QUE APOIEM BOICOTES A ISRAEL

Fonte: http://www.alertadigital.com/2015/07/17/marine-le-pen-no-aceptara-que-miembros-del-fn-tengan-posiciones-antisemitas-o-apoyen-un-boicot-contra-israel/
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Em França, a líder do partido nacionalista Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, declarou a sua oposição ao movimento BDS, força que busca realizar um boicote financeiro a Israel. Acrescentou que impulsionará a expulsão da FN dos militantes que apoiem o BDS.
Segundo Tomer Orni, membro do parlamento judaico europeu, Marine Le Pen assegurou que não há lugar para o anti-semitismo no Partido Nacional», adiantando que «não aceitará que membros da FN tenham posições anti-semitas ou apoiem um boicote contra Israel».
O sector anti-sionista da Extrema-Direita francesa é dos que mais critica a «viragem sionista» da FN empreendida por Marine Le Pen; esta hoste anti-judaica ataca também um dos mais destacados ideólogos do Identitarismo, Guillaume Faye, que em 2007 publicou um ensaio intitulado «La Nouvelle Question Juivre» («A Nova Questão Judaica»), no qual se mostrou partidário de uma aliança com Israel e as comunidades judaicas na Europa para travar a expansão islamista.
Os chamados «anti-fascistas» estão irritados e berram contra o que dizem ser a tentativa de sedução do eleitorado judaico. Na comunidade judaica alguns pensam do mesmo modo e dois organismos do seio desta gente, nomeadamente o Conseil Représentatif des Institutions Juives de France (Conselho Representativo das Instituições Judaicas de França - CRIF) e a Union des Étudiants Juifs de France (União dos Estudantes Judeus de França - UEJF), guincharam pelo boicote de uma emissora judaica, a Radio J, que se propôs entrevistar Marine Le Pen.
No seio da comunidade judaica «francesa» muitos são os adeptos do chamado «Judaísmo Establishment», que continua a opôr-se à FN. Curiosamente, um antigo membro da FN, Farid Shami, histórico do partido, demitiu-se desta formação política porque a acusa de estar a ser financiada pelo Estado de Israel.
A verdade é que boa parte do argumentário da FN desperta algum interesse da parte da comunidade judaica devido à sua crítica contra a islamização.Há uns anos, a cabeça de lista, conselheira regional da FN Sonia Arrouas, judia, disse: «Muitos dos meus correlegionários estão de acordo com Le Pen, mas têm medo de o reconhecer em público. O anti-semitismo avança em França e os responsáveis, na sua maior parte, são originários do Magrebe.»
O número dois do partido, Louis Aliot, recorda que «pode-se ser de confissão israelita e da FN». O mesmo Aliot foi em Dezembro passado a Telavive, acompanhado por Michel Thooris, conselheiro em assuntos de segurança de Le Pen, ex-sindicalista policial, candidato pela oitava circunscrição de votos franceses no estrangeiro, incluindo Israel, que é judeu e partidário das colónias israelitas na Cisjordânia. Aliot reactivou, por outro lado, o Cercle National des Juifs Français, ou Círculo Nacional dos Judeus Franceses, criado em 1986 por Jean-Charles Bloch e Robert Hemmerdinger, este último membro da FN que tinha sido combatente das Forças da França Livre durante a II Guerra Mundial, caçador de criminosos de guerra e operacional, a partir de 1946, do grupo judaico Irgun, e, mais tarde, da OAS («Organização Armada Secreta», combatente pela Argélia «francesa»). 
Acresce que o conselheiro de Marine Le Pen para assuntos económicos e fiscais, Jean-Richard Sulzer, que participa em manifestações pró-israelitas sob a bandeira da Liga de Defesa Judaica.

É mau que opiniões sobre alógenos levem à divisão entre militantes nacionalistas europeus, pelo que a atitude de Marine Le Pen parece para já excessiva. Mas, a médio ou longo prazo é bom que se perceba que os chauvinismos, os rancores antigos entre etnias, devem ser ultrapassados a bem da salvaguarda de todos os grupos étnicos. Os Judeus não constituem excepção, até porque, sendo caucasóides e ainda por cima tendo à garganta a faca islâmica, encontram-se em posição de natural aliança com os Europeus. Ódios e sentimentos de superioridade, comuns em qualquer grupo étnico tradicional, poderão a pouco e pouco ser subordinados e amenizados, até neutralizados, em nome da comum salvaguarda da estirpe caucásica em vivência democrática.