segunda-feira, junho 15, 2015

IAZIDIS NO PARLAMENTO TURCO

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4622735
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Após dez anos no Parlamento Europeu, Feleknas Uca quer ser a voz das mulheres da minoria religiosa que o Estado Islâmico capturou no Iraque e transformou em escravas sexuais.
Pela primeira vez há deputados yazidis no parlamento turco, sublinhava o jornal Hurriyet na segunda-feira a seguir às eleições de dia 7, que viram os islamitas do AKP perder a maioria absoluta e tiveram como grande sensação o resultado do partido curdo HDP, com 13% dos votos. Ora, foi nas listas do HDP que os dois yazidis conseguiram ser eleitos, um deles, Feleknas Uca, figura já com algum protagonismo internacional, pois durante uma década foi eurodeputada pela Alemanha, o país onde nasceu, numa família de imigrantes oriunda, claro, da Turquia.
Crítica de Recep Erdogan, presidente turco e líder histórico do AKP, a quem acusa de estilo ditatorial, Feleknas promete mostrar-se uma defensora dos direitos culturais dos curdos no parlamento de Ancara, mas a grande determinação é "ser a voz das mulheres vendidas nos mercados de escravos", uma referência à comunidade yazidi do vizinho Iraque, atacada pelo Estado Islâmico. Sabe-se que os jihadistas sequestraram milhares de mulheres yazidis, transformadas em escravas sexuais como punição por a pequena comunidade nunca se ter convertido ao Islão. Religião monoteísta com milhares de anos, o yazidismo tem afinidades com o zoroastrismo, a religião da Pérsia pré-islâmica, mas os crentes são acusados de serem seguidores do diabo pelos vizinhos muçulmanos que nunca os aceitaram bem.
Na numerosa comunidade turca que vive na Alemanha, onde chegaram há duas gerações como "trabalhadores convidados", há muitos curdos e entre estes 40 mil yazidis,que falam a mesma língua apesar de não seguirem o Islão sunita maioritário entre essa etnia. Os pais de Feleknas fazem parte daqueles que há meio século trocaram a pobreza do interior da Anatólia (são da província de Batman) pela promessa de trabalho na Alemanha. E a agora deputada turca nasceu assim em 1976 em Celle, cidade perto de Hanover, que quase só merece referência nos livros de história porque foi berço de uma futura rainha de Inglaterra no século XVIII.
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Um bom sinal no espaço étnico desses irmãos da Europa que são os Curdos, nomeadamente os mais leais entre os Curdos, os Iazidis - mais leais porque tiveram a honra de se manter fiéis à religião étnica dos seus ancestrais, resistindo assim à islamização. 
Este é pois mais um caso em que a Democracia (possível) fortalece a posição de uma etnia, que é, no caso, uma nação sem pátria que, mercê da sua identidade étnica indo-europeia, deveria receber especial atenção da parte dos Europeus, sobretudo daqueles que têm mais sede de manifestar solidariedade com o que está fora da Europa... acresce que um fortalecimento dos Curdos na região poderia constituir aí um ponto de apoio e um bom aliado do Ocidente, algo que em Israel já se percebeu, o que tem levantado vozes políticas israelitas a favor da formação de um Estado curdo soberano, como aqui se pode ler: http://rudaw.net/english/interview/31032015.


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

China abre caminho para a dominação global baseando-se no Plano Marshall dos EUA

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150614/1296764.html#ixzz3d7doAamZ

15 de junho de 2015 às 10:40:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"...Ativista negra era afinal branca.....A polémica estalou nos EUA, com a revelação de que Rachel Dolezal, professora universitária e famosa ativista dos direitos civis, que durante anos afirmou ter ascendência afro-americana, é afinal branca."

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/mundo/detalhe/ativista_negra_era_afinal_branca.html

15 de junho de 2015 às 10:46:00 WEST  

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