ELSE CHRISTENSEN, PAGÃ E ANARCO-SINDICALISTA, GRANDE VULTO DA VERDADEIRA EUROPA
«É nosso destino ter nascido num momento da História em que morre o presente período cultural; possivelmente, todavia, necessitará de alguns séculos para o colapso definitivo. O novo ainda não nasceu, mas espero e creio que estejamos a construir desde as raízes a base para a fundação de algo que será o germe do conceito de moral religiosa/filosófica que construiremos. Será racial, discriminatório, seguro de si mesmo e orgulhoso.»
Palavras ditas por Else Christensen a Ben Klassen, em 1986, quando este autor procurava material de investigação para o seu livro «A Revolution of Values Through Religion» («Revolução de Valores Pela Religião»).
Else Christensen, de origem dinamarquesa, nascida em 1913, foi activista sindicalista antes da II Guerra Mundial, tendo por sido fortemente vigiada pelas autoridades alemãs durante a ocupação nazi, até ao momento em que foi presa, juntamente com o marido, quando, possuidora de várias armas de fogo, tornou-se suspeita de apoiar o movimento de resistência armada; depois de solta, voltou a ser presa, desta feita por envolvimento em actividades sindicalistas e internada num campo de detenção.
Depois da guerra, emigrou para o Canadá, onde, nos anos sessenta, ouviu falar do trabalho do pagão germanista Alexander Rud Mills, que propagava o culto aos Deuses do Norte, nomeadamente Odin; Else C. e o marido fundaram em 1969 o The Odinist Study Group («O Grupo de Estudo Odinista»), que depois evoluiu para The Odinist Fellowship («A Sociedade Odinista»); em 1971, já viúva, passou para os EUA, onde viria a publicar durante anos a revista The Odinist.
Tornou-se famosa pela influência que veio a exercer no movimento odinista em vários países, nomeadamente os EUA, o Reino Unido, a Itália e a Espanha, onde veio a ser conhecida como «Mother Folk» («Mãe Povo»), tal o seu ascendente sobre os odinistas espanhóis, que até viriam a declarar como celebração sagrada a data da sua morte, 5 de Maio, e a dedicar-lhe um memorial no templo odinista de Albacete, da Comunidade Odinista de Espanha:
Else C. tornou-se mais particularmente famosa no contexto pagão norte-americano pelo seu trabalho para o reconhecimento da fé odinista por parte do sistema prisional norte-americano e para a reabilitação social dos ex-reclusos odinistas. Depois de ser presa por acusação de tráfico de narcóticos, que sempre negou, viria a morrer a 5 de Maio de 2005.
Houve quem a «acusasse» de promover o Nacional-Socialismo. É todavia óbvio, pelos seus escritos, que advogou o Anarco-Sindicalismo da sua juventude. Idealizava um comunalismo étnico - «Folkish» - com forte ênfase na raça, na consciência ecológica e num retorno pagão à terra.
A Odinist Fellowship de Christensen contribuiu, juntamente com outros movimentos análogos, para aquilo a que se chamou o «Paganismo Revolucionário Ariano» nos EUA e subsequente infusão de Paganismo na Direita racial. A distinção entre supremacismo branco e Neo-Nazismo, por um lado, e grupos «Folkish» pagãos, por outro, permanece todavia notória. A própria Christensen se mostrou adamantina na separação das águas, depois de sair da prisão, não permitindo que o Odinismo fosse misturado com política.
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Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Else_Christensen
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