quarta-feira, maio 06, 2015

CURDOS ABANDONAM O ISLÃO EM PROL DO MAZDEÍSMO

Um «Atash Behram» ou «Fogo da Vitória», templo mazdeísta; este localiza-se em Yazd, no Irão

O Ministério dos Assuntos Religiosos na região do Curdistão disse no passado dia três de Maio que recebeu um pedido de seguidores do Zoroastrismo para que lhes seja permitida a prática da sua religião e lhes seja prestado auxílio para construir os seus templos, isto na sequência do aumento dos seus números na zona.
O porta-voz do ministério, Mariwan Naqshbandi, disse na sua conta de Facebook que os seguidores de Zaratustra ou Zoroastro reaparecem no Curdistão e querem abrir os seus próprios templos. Explicou que nos meses mais recentes se tem testemunhado um retorno de parte do Povo Curdo ao Zoroastrismo ou Mazdeísmo, o que indica uma migração de curdos muçulmanos de volta à antiga religião dos seus ancestrais. Afirma Naqshbandi que um líder espiritual zoroastriano lhe disse estar já o número de mazdeístas para além dos cem mil indivíduos, continuando entretanto a aumentar.
Questionado sobre os motivos do retorno dos Curdos ao credo de Zoroastro, Naqshbandi comentou que não vê a emergência dos Zoroastrianos e dos Bahais como uma conspiração dos EUA, de Israel ou da Maçonaria ou de outras origens para explicar o facto que a alguns custa aceitar. Acrescenta que «há inquietação intelectual e ideológica e muitos extremistas islâmicos importados diante dos muçulmanos pacíficos do Curdistão fizeram com que a maioria dos muçulmanos no Curdistão se radicalizassem (...)».

A 19 de Abril, foi formado no Curdistão o Supremo Conselho de Zoroastrianos, que irá promover o Zoroastrismo ou Mazdeísmo na área. O seu presidente, Luqman Haji Karim, relata que esta organização foi criada na Europa em 2006 e transferiu as suas actividades para o Curdistão de modo a candidatar-se para ser oficialmente aceite na região.
O Mazdeísmo (culto de Ahura-Mazda, Deus supremo, porventura a versão iraniana do indo-ariano Varuna) ou Zoroastrismo, também conhecido como Parsismo (na Índia), foi antes da invasão islâmica a religião de todas as populações do Irão e arredores, incluindo dos ancestrais dos Curdos.
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Fonte: http://english.shafaaq.com/community/14218-muslim-kurds-abandon-their-religion-to-zoroastrianism-to-escape-extremism.html

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A confirmar-se o fenómeno, pode dizer-se que há males que vêm por bem... e a verdade, tarde ou cedo, vem ao de cima. Nunca tem prazo - nunca passa demasiado tempo para que a legitimidade seja restituída.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

uarte Marques citou-o e Francisco Louçã foi ao arquivo buscar as pérolas do professor. Racista, liberal e “indignado” com a “miséria” de milhões que atravessam o Mediterrâneo.....“Para aumentar o número de contribuintes [em Portugal], é preciso desviar os barcos com pretalhada que atravessam o Mediterrâneo para o Algarve.” Ou então esta: “Para diminuir o número de pensionistas, é preciso matá-las.” Foram ideias expressas neste registo e publicadas no blogue de Pedro Cosme Vieira (“Económico-financeiro”) que chamaram a atenção de Louçã

http://www.ionline.pt/artigo/389657/pedro-cosme-vieira-o-blogger-racista-que-nao-se-incomoda-com-as-criticas?seccao=Portugal_i

6 de maio de 2015 às 10:08:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

muito bem vinda e lógica,quando os muçulmanos curdos viram o que é o islamismo de verdade,acabaram por sair desta religião maléfica,e voltar as suas origens.

6 de maio de 2015 às 15:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Aliás Caturo, o que pensas sobre uma mistura de Budismo com Paganismo Europeu? (Assim como há misturas de Budismo com Paganismo do Extremo Oriente). Pois actualmente o Budismo é uma religião mais popular e organizada que o Paganismo, por isso não achas uma boa ideia divulgar um Budismo Europeu? Digo, como um meio de atrair mais Europeus para o Paganismo, pois cultuaria Buda, que no caso pertenceu a um povo Indo-europeu, ao lado do culto a Deuses da Europa.

9 de maio de 2015 às 00:44:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não sei até que ponto isso seria benéfico, não conheço o Budismo para poder afirmar isso. Parece-me é que a sua moral poderá ser demasiadamente nihilista e levar ao afastamento da realidade, embora os países orientais onde o Budismo mais se divulgou se tenham desenvolvido de maneira notória. Enfim, antes Buda que JC, isso é verdade.

21 de maio de 2015 às 20:53:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Já li coisas sobre Budismo e isto de nihilismo depende também da "denominação" em questão. Países onde predomina o Budismo Mahayana são mesmo mais desenvolvidos (e é onde ocorre mais misturas com religiões nativas pelo visto).

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/68/Buddhist_sects.png

23 de maio de 2015 às 00:24:00 WEST  

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