EM FRANÇA - AUMENTAM OS CONFLITOS LABORAIS POR MOTIVOS RELIGIOSOS...
Fonte: http://www.portugues.rfi.fr/geral/20150421-crescem-conflitos-sobre-religiao-dentro-de-empresas-francesas
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Uma pesquisa feita pelo Instituto Randstat e pelo Observatório de Assuntos Religiosos nas Empresas (Ofre, na sigla em francês) revela que 23% dos gerentes ouvidos devem esclarecer dúvidas dos funcionários sobre religião no trabalho. Esse índice era de 12% no ano passado.
Outro dado revelador da sondagem feita com 1.000 pessoas é que 64% dos gerentes entrevistados defendem a proibição do uso de símbolos religiosos visíveis no ambiente de trabalho.
Os gerentes actualmente confrontam-se com muitas questões envolvendo a religião, como a ausência de trabalhadores para celebrar festas e datas religiosas, uso de roupas específicas e até pausas para orações.
Motivos para o aumento da sensibilização
Até então tratada discretamente no ambiente de trabalho, a religião ganhou mais visibilidade principalmente depois dos atentados de Janeiro em Paris, afirma o artigo. Mas o presidente do Ofre, Lionel Honoré, diz que a maior sensibilização para a questão religiosa vem sendo observada antes mesmo dos ataques do início do ano. A grande mobilização no país contra o casamento gay e casos de grande repercussão nos média envolvendo o aspecto religioso contribuíram para uma nova abordagem sobre o tema.
Um exemplo citado pelo Le Parisien é o da creche Baby Loup. Em 2008, uma funcionária foi demitida por ter se recusado a tirar o véu muçulmano. Ela entrou com pedido de indemnização na justiça, mas depois de quatro anos de muita polémica, perdeu o processo. O código francês do trabalho permite que uma empresa ou associação limite a liberdade religiosa do funcionário se não estiver de acordo com a sua missão profissional.
Ouvida pelo jornal, a directora do Instituto Randstat afirma que os executivos das empresas enfrentam dificuldades em lidar com o tema. "Os gerentes estão criando os seus próprios obstáculos e têm medo de serem taxados de discriminadores", avalia Aline Crépin.
Num país onde a laicidade (princípio que defende a separação do Estado e da religião) faz parte da base de identidade, muitos têm dificuldades para diferenciar as liberdades individuais dos princípios republicanos, diz o artigo.
Para ilustrar a importância crescente da questão religiosa, não apenas dentro das empresas, mas em toda a sociedade, Le Parisien fez uma reportagem sobre os cursos oferecidos pela Faculdade libre de estudos políticos e economia solidária (Flepes).
Um dos objectivos das formações propostas, escreve o jornal, é ajudar os executivos a lidar com questões religiosas no trabalho, entre outros assuntos.
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Curiosamente, todos os casos concretos citados no artigo dizem respeito ao credo do crescente verde... será que também há uma onda de tensões por causa doutras religiões que não a de Mafoma?... Não parece particularmente provável que tal se tenha verificado até agora...
Dito doutra maneira, isto é o Islão mais uma vez a criar problemas sem oferecer absolutamente nada de bom à sociedade que ingenuamente o tolere.
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