POLÉMICA NA SUÍÇA POR CAUSA DE USO «RACISTA» DE CAMISA COM SÍMBOLO NACIONAL

Fonte: http://www.minutodigital.com/2015/03/23/suiza-una-escuela-prohibe-las-camisas-tradicionales-edelweiss/

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Na Suíça, uma escola do cantão de Lucerna proibiu o uso de camisas edelweiss, antes de as autoridades locais de Willisau qualificarem a camisa tradicional suíça como desenhos da edelweiss como sendo «provocadora, discriminatória e racista».

A decisão foi tomada devido a uma disputa havida entre alunos suíços e albaneses na dita escola. Os segundos apresentaram-se no estabelecimento de ensino a ostentar (em camisas, presumo, ou noutros objectos, eventualmente) o símbolo da águia bicéfala albanesa, que se vê na bandeira da Albânia. Em reacção, os alunos autóctones resolveram trajar camisas tradicionais com a edelweiss, «para provocar os albaneses», segundo o director da escola, Pirmin Hodel, que resolveu por isso proibir o uso de toda e qualquer vestimenta com «forte carácter simbólico».

O deputado nacional Lukas Reimann, da UDC de San Galo aproveitou a deixa: «Como se pode afirmar que uma camisa com flores edelweiss é racista?», declarou, publicamente. Outros quatro deputados do Parlamento Federal, todos da UDC (União Democrática do Centro, partido nacionalista, o mais votado do país), a saber, Pirmin Schwander (Schwyiz), Peter Keller (Nidwalden), Markus Hausammann (Turgóvia) e Andreas Aebi (Berna) protestaram igualmente contra a proibição da camisa tradicional suíça. Como parte do seu protesto apareceram no parlamento, em Joves passado, com camisas ostentando o motivo da edelweiss, em Berna e declararam: «Esta peça forma parte da tradição helvética. Estamos orgulhosos desta camisa.»

Desencadeou-se uma chuva de críticas sobre a escola de Willisau e numerosos protestos foram levados a cabo em todo o país, fazendo com que o referido estabelecimento tenha acabado por retirar a sua proibição da camisa.

Democracia é isto mesmo - funciona assim e tem tendência ou potencial para dar mais força ao lado mais genuinamente popular, o que automaticamente toma partido pelo «Nós» ou pelo que quer que com o «Nós» se relacione. Desta feita tratou-se de deixar claro que a ostentação do símbolo nacional não pode ser posta em causa ou restringida em nome seja de que doutrina for, até porque, note-se, na Suíça os alunos suíços não são iguais aos alunos albaneses, pelo que as suas teimas, cismas ou birras não se equivalem - os primeiros estão na sua terra, os segundos não.

Para quem não sabe, a edelweiss (Leontopodium alpinum), também conhecida como pé-de-leão, é uma flor excepcionalmente resistente que se encontra sobretudo em locais elevados e cujo nome significa em Alemão «nobre branco». É símbolo nacional na Suíça e na Áustria e nos últimos anos tem sido utilizada como emblema pela organização identitária europeísta Terre et Peuple, de origem francesa mas já disseminada noutros países europeus, incluindo Portugal, como se pode ver neste sítio internético: http://terraepovo.blogspot.pt/2008/10/terra-e-povo-n-1.html, organização que editou uma revista.