sexta-feira, fevereiro 13, 2015

ABRE NA INVICTA UM RESTAURANTE «CELTA» COM O NOME DE DIVINDADE CÉLTICA «ALENTEJANA», ENDOVÉLICO



Quem não estiver familiarizado com as divindades que se veneravam por cá antes de Portugal ser Portugal, antes mesmo dos romanos, pode achar o termo esquisito. Ainda mais, para dar nome a um restaurante. Endovélico. O que é isso? E, afinal, o que se come aqui?
Indo por partes. Endovélico é uma divindade venerada na Lusitânia pré-romana, uma espécie de deus da medicina e da segurança, simbolizado por um javali. E ali, no Endovélico da Rua do Bonjardim, no Porto, come-se comida de inspiração celta e lusitana. Aliás, os responsáveis pelo espaço apresentam-no assim: “Restaurante Sidraria Celta Endovélico”.
E os donos são o casal Maria José Valente e Jaime Filipe Barros. Uns “apaixonados” pela cultura celta, como os próprios descrevem, depois de servirem os clientes que ocupam as mesas e cadeiras de madeira do restaurante. “Gostamos muito de coisas celtas e fazemos muitas viagens, até para festivais e encontros [celtas]. Em Vigo, encontramos um restaurante de inspiração celta, em que serviam “galettes”, saladas e crepes doces. Pedimos informações para abrirmos um franchising, mas era extremamente caro e as exigências eram tantas que optamos por desenvolver o nosso próprio projecto”, explica Maria José.
O resultado é uma carta de pratos recheados de nomes sugestivos do universo celta. As batatas fritas que acompanham os pratos são batatas Lancelot, as “gallettes”, estrelas da casa, foram baptizadas como Lady of the Lake (salmão e queijo brie), Viriato (frango e cogumelo),  Guerra dos Tronos (rosbife com mistura de cogumelos) ou, entre as vegetarianas, Pendragon (espinafre, Roquefort e amêndoa laminada). As saladas ostentam nomes como Mordred (mix de folhas verdes, cenoura, tomate, coração, cebola, croutons, milho, manjericão e peito de frango grelhado) ou Camelot (mix de folhas verdes, tomate, cebola roxa, azeitonas, nozes e presunto).
Já as sobremesas dividem-se entre tentações como o cheesecake celta (com um belo travo a lima) ou a mousse Avalon e uma variedade de crepes de massa fofa que dão pelo nome de Rei Artur (crepe de maçã caramelizada e caramelo “au beurre salé”), Excalibur (crepe de ovos moles, fios de ovos e bola de gelado) ou Troll (crepe de banana com chocolate).
Maria José Valente garante, contudo, que a tradição celta não se esgota no nome dos pratos, nas gravuras que decoram as paredes ou na música ambiente que percorre todo o restaurante. Embora o resultado final dos pratos seja uma mistura da tradição celta com a lusitana (e não faltam, por isso, muitos enchidos e até alheiras por ali), alguns produtos, diz, são importados da Bretanha (França), onde as raízes celtas têm uma grande expressão. É de lá que vem o hidromel Hidromelix com que pode querer terminar a sua refeição (embora também haja uma versão fabricada na Serra da Estrela, que não fica nada atrás da francesa) ou a sidra com que vale a pena acompanhar qualquer uma das “galettes” que experimente.
Estas – uma espécie de crepes mas com um sabor muito característicos – são fabricados com trigo-sarraceno, importado da Bretanha, um “super-alimento”, sem glúten, como descrevem os responsáveis do Endovélico, que faz as delícias de cada vez mais adeptos. Na cozinha, o chefe Fernando Duarte confecciona-os na hora e o resultado é absolutamente delicioso.
De portas abertas desde Dezembro, e ocupando um espaço que fora previamente ocupado por outro restaurante, o Endovélico já teve obras suficientes para satisfazer os clientes, mas Maria José e Jaime não querem ficar por aqui. Até porque, nas traseiras, há um espaço ao ar livre que os dois não querem deixar de aproveitar, quando puserem em ritmo acelerado o conceito por trás do restaurante, o de “taste & learn”. É por isso que está já planeado um conjunto de workshops, da dança à joalharia, passando pela espada ou a gastronomia, mas também palestras históricas, a celebração das festividades do calendário celta ou jantares dançantes com música celta.
Se precisar de uma ajudinha para mergulhar no ambiente, aceite a grinalda de flores que Maria José lhe oferecer para colocar nos cabelos enquanto come e vá com calma, porque a comida é feita na hora. Mas vale a pena esperar por ela. As “galettes” têm preços que vão dos 6 aos 15 euros e os crepes variam entre os 2 e os 7,5 euros. Contudo, de segunda a sexta-feira, à hora do almoço, o Endovélico oferece um menu executivo, por 8,5 euros, que inclui sopa, uma “galette” à escolha entre as três opções diárias (uma das quais é sempre vegetariana), sobremesa, bebida e café. A morada deste mundo à parte é Rua do Bonjardim, 680, Porto.
*
Fonte: http://fugas.publico.pt/restaurantesebares/344531_endovelico?pagina=-1



5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Português é a terceira língua com maior crescimento nas universidades dos EUA

http://observador.pt/2015/02/13/portugues-e-terceira-lingua-com-maior-crescimento-nas-universidades-dos-eua/

13 de fevereiro de 2015 às 18:27:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Quer entender de onde vem a Ucrânia e por que motivos a guerra estalou a Leste? Quer conhecer as motivações de Putin e a habilidade diplomática de Merkel? Não perca este episódio de Conversas à Quinta

http://observador.pt/videos/conversas-2/ucrania-e-um-pais-e-e-temos-de-lhe-dar-atencao/

13 de fevereiro de 2015 às 18:32:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O indiano António Costa perdoa dívida milionária ao clube do moçambicano Eusébio:


http://observador.pt/2015/02/12/camara-de-lisboa-perdoa-18-milhoes-de-euros-ao-benfica/

13 de fevereiro de 2015 às 20:03:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

de onde vem a Ucrânia

HERODOTO DISSE QUE ORIGINALMENTE ERAM CITOIDES QUE PLANTAVAM TRIGO E TINHAM EXCEDENTE MUITO GRANDE DAÍ POR QUE OS GREGOS TEREM COLONOS ALI ENTRE A COSTA E O HINTERLAND PROXIMO POIS O HINTERLAND PROFUNDO ERA BEM HOSTIL

14 de fevereiro de 2015 às 00:44:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Peço desculpa mas esse restaurante não é digno do nome que tem.
A ementa é absurda onde são colocados nomes da Antiguidade Lusitana sem sentido algum.

Conheço o restaurante e sugiro que não vão atrás dos "nomes".

Antes, esse restaurante foi de um amigo meu O Senhor Abade (Comida Conventual)

Outro fiasco que acabou por fechar. Se bem que a ementa fosse boa, o modo de a servir não era de todo apropriado. Eu mesma, quase da casa, critiquei meu amigo, etc...

Este aqui é uma cópia mal feita do Senhor Abade.

Lamento que se tente ganhar dinheiro com o nome de Divindades Lusitanas e não corresponder em absolutamente nada, ao que é aununciado.

Já agora, como no exemplo anterior, o restaurante está sempre praticamente fechado.

Não se manterá por muito tempo.


Peço desculpa.

24 de fevereiro de 2015 às 23:58:00 WET  

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