terça-feira, fevereiro 10, 2015

PROPOSTAS DO PNR PARA A SAÚDE

Depois do completo falhanço na reforma da Justiça, que bloqueou os nossos tribunais durante meses, lançando um caos que vai levar à prescrição de processos, e da completa incompetência na colocação de professores, que atrasou em semanas o início das aulas no já débil ensino português, o (des)Governo que preside aos destinos do nosso povo revela agora total descontrolo no que toca à gestão hospitalar, com especial incidência (ou deveremos dizer indecência?) no sector das Urgências.
É por demais evidente que as culpas não podem ser só assacadas a este Executivo, pois o descontrolo total a que assistimos na Saúde (particularmente grave, pois há lamentar a perda de vidas) tem como causas remotas o encerramento de muitas urgências e de muitos centros de saúde levada a cabo pelo “Governo Sócrates”, a que o actual Governo PSD/CDS deu continuidade. Mas resulta claro que as causas próximas de tudo o que de mau se passou nos nossos hospitais nas últimas semanas é o resultado do desinvestimento na saúde, numa cega ânsia de baixar custos, e de uma forma de fazer política olhando apenas para os aspectos quantitativos em claro detrimento dos qualitativos.
Este Governo, que a pouco e pouco se vai desmembrando, é cada vez mais uma manta de retalhos, que governa ao sabor da maré e que vai acumulando erros atrás de erros, alguns deles tão profundos que só daqui a muito tempo poderão ser corrigidos.
O PNR continua a defender uma política de saúde para todos (tendencialmente gratuita, onde o sector público dê respostas rápidas e eficazes através de uma gestão rigorosa e competente), não se opondo contudo à existência de unidades de saúde privadas.

Propomos portanto:
- Um estudo profundo sobre as valências de todas as unidades hospitalares, de forma a reabrir algumas das urgências encerradas e atribuir maior capacidade de intervenção aos hospitais de segunda linha.
- O alargamento dos horários de alguns Centros de Saúde, de forma a que as consultas abertas possam resolver os casos menos graves e libertar assim as Urgências hospitalares.
- Uma maior intervenção dos Centros de Saúde no que toca à medicina preventiva, nomeadamente através da convocação para consultas periódicas dos sectores da população que apresentam mais riscos.
- A contratação imediata de um número de profissionais que corresponda a rácios aceitáveis segundo as normas internacionais.
- Maior apoio aos laboratórios nacionais, para que os medicamentos, sobretudo os de maior carência possam ser produzidos no nosso país, de forma a diminuir a nossa dependência em relação aos lóbis instalados.
*
Fonte: http://www.pnr.pt/noticias/nacional/doenca-da-saude/