LÍDER DA MAIOR POTÊNCIA MILITAR DA EUROPA OCIDENTAL DIZ QUE «HÁ DEMASIADAS CARAS BRANCAS» NO SEU PAÍS

O camarada Afonso de Portugal noticiou ontem um vídeo de há um mês cujo conteúdo já era actual há vinte anos e possivelmente será actual daqui a mais uns tempos - e pode vir até a constituir um documento histórico no futuro do continente:

http://totalitarismouniversalista.blogspot.pt/2014/05/no-reino-unido-primeiro-ministro-diz.html

Trata-se de uma filmagem em que o primeiro-ministro do Reino Unido é ouvido a dizer o seguinte:

«(...) não é suficiente, como eu disse muitas vezes, para um partido como o Conservador, abrir simplesmente a porta e dizer «Entrem», se tudo o que vêem é um mar de caras brancas cristãs. É preciso ver gente das suas próprias comunidades a chegar ao topo das Forças Armadas, ao topo da profissão jurista, ao topo dos negócios, e sim, ao topo do Partido Conservador e da Política também. A verdade é que se vamos construir essa sociedade forte, vibrante e inclusiva, precisamos de mais modelos como este. Muito mais muçulmanos e muçulmanas no topo das empresas britânicas, muito mais soldados muçulmanos no nível mais alto de comando, e claro, muito mais muçulmanos no nosso parlamento. Portanto não é apenas um muçulmano no governo e outro no governo-sombra, mas sim muçulmanos britânicos em todo o governo, em posições de liderança e autoridade.»

Chegou-se a um ponto em que os Nacionalistas mal podem já exagerar quando acusam a elite reinante de querer acabar com a Europa branca - efectivamente, estas coisas começam a ser textualmente ditas pelos próprios políticos reinantes, preto no branco. Não é paranóia nem teoria de conspiração, porque isto não é uma conspiração, é algo de incomparavelmente mais forte: é uma mentalidade. Uma conspiração é um plano, composto de partes, em que cada indivíduo envolvido tem o seu papel a desempenhar, e se alguns deles falha a coisa dá para o torto e pode bem cair por terra. Num mundo real, complexo, imensamente variado, qualquer conspiração pode facilmente falhar. Uma mentalidade é outra coisa - é, mais que uma combinação, um modo de ser, e se um dos indivíduos que a transporta falha, logo outro lhe toma o lugar e, a médio ou curto prazo, a mentalidade impõe-se.

Isto é, sem dúvida, a concretização, confissão involuntária - não acredito que Cameron dissesse uma destas ao seu eleitorado «bife» de donas de casa e taxistas - daquilo a que se pode chamar alta traição, traição à Pátria, um conceito que parece fora de moda, o que aliás é em si próprio especialmente significativo: afinal, a moda em termos de ideias é feita pelos davidcamerons e seus tutores, e para esta gente nada é mais risível do que o conceito de lealdade ao sangue. Não seria isso, evidentemente, que os livraria do castigo que universalmente se aplica aos traidores.