quarta-feira, maio 07, 2014

FALA EX-PRIMEIRO MINISTRO E PRESIDENTE CHECO - «A PROPAGANDA DA IMIGRAÇÃO É PARA ENFRAQUECER A COESÃO DAS NAÇÕES»

O cada vez mais valioso blogue do camarada Afonso de Portugal deu a conhecer esta sintomática entrevista, que merece ser lida, pelo menos em parte (mais vale uma parte que nenhuma): http://totalitarismouniversalista.blogspot.pt/2014/05/antigo-presidente-da-republica-checa.html
A partir desta página: http://www.pi-news.net/2014/05/vaclav-klaus-zu-einwanderung-als-waffe-der-eu/

O antigo presidente e primeiro-ministro da República Checa, Václav Klaus concedeu uma entrevista ao jornal alemão Weltwoche, denunciando o propósito da imigração em massa que a elite político-cultural reinante impinge às populações europeias. Klaus argumenta que as políticas de asilo adoptadas pela UE, e episódios como a aceitação dos refugiados de Lampedusa, ou o lóbi para a inclusão da Turquia como membro da UE, não são acidentais. A UE quer que os actuais estados europeus desapareçam gradualmente, à medida que a importância de Bruxelas for crescendo, até que se torne a capital de facto dos Estados Unidos da Europa. Acrescenta Klaus que tudo o resto não são mais que mentiras e propaganda.

Interessa salientar estas duas passagens:

«O que é que considera mais preocupante em relação à UE? 

Václav Klaus: a deterioração das economias, a declínio do respeito pela Europa por parte do resto do mundo, a aceleração dos défices democráticos e a frustração crescente por parte das populações europeias que estão a ser largamente ignoradas.  Tudo isto deixa-me nervoso. A Europa é uma organização pós-democrática e pós-política. Pode perceber-se isso, por exemplo, na forma como a UE tratou o referendo à imigração na Suíça: os líderes da UE querem forçar-nos a pensar em termos continentais. Querem suprimir os estados-nação e dissolver as fronteiras. É para enfraquecer a coesão existente no interior das nações que eles fazem tanta propaganda a favor da imigração massiva e ilimitada.

A UE encara a liberdade pessoal como uma das liberdades fundamentais do velho continente. Como liberal, o senhor devia apreciar esta posição...

VK: é preciso distinguir entre as "liberdades" que a UE nos promete e as Liberdades políticas e culturais pelas quais eu, como liberal, luto. Os movimentos imigracionistas que ignoram as fronteiras dos estados soberanos têm aumentado de forma muito significativa nas últimas décadas e estão agora a comprometer a coesão e governabilidade dos países. O enfraquecimento do estados-membros poderá facilmente conduzir à ascensão de movimentos antiliberais, ao fortalecer o superestado europeu em que a UE se está a transformar. A UE é menos democrática do que cada um dos seus estados-membros. Eu nunca encarei a imigração para um país como eu direito. O desejo de controlar os níveis de imigração para o seu país por parte do povo suíço é inteiramente compreensível. Eu não encarei o resultado do seu referendo como um "Não" absoluto à imigração, mas antes uma mensagem: "vamos abrandar a imigração e tratá-la com mais cuidado".»


Não sei se Klaus é «bem» ou «mal» intencionado, se está realmente preocupado com o bem-estar dos Europeus ou se, como desconfia o camarada Afonso de Portugal, está só receoso de que o modo como a iminvasão tem estado a ser conduzido a nível europeu está só a revoltar cada vez mais os Europeus, os quais votam por isso cada vez mais nos Nacionalistas. De facto, a parte em que diz que é preciso «abrandar a imigração e tratá-la com mais cuidado» não indica nada de particularmente bom, da perspectiva nacionalista, dá um bocado a entender que a iminvasão se tem de fazer mais devagarinho para não irritar, aliás, não sobressaltar o povinho... Para o caso tanto faz. O seu discurso é coerente, deixando claro que o combate à imigração não é incompatível com a salvaguarda das liberdades individuais. Antes pelo contrário, acrescento eu... as sociedades europeias são as que,  genericamente, dão mais liberdades aos indivíduos, e não é só agora, é já há uns dois mil e tal anos, a fazer fé nos testemunhos romanos sobre a liberdade em que viviam Celtas e Germanos...

Enfim, Václav Klaus, homem que objectivamente pertence ao sistema, conhecendo-o assim por dentro, está só a testemunhar o que os Nacionalistas já denunciam há anos: a elite reinante quer impingir aos Povos da Europa a dissolução da sua própria identidade étnica, o que, objectivamente, se chama genocídio.




4 Comments:

Blogger Afonso de Portugal said...

Os meus sinceros agradecimentos pela publicidade ao meu blogue, camarada! Devo acrescentar que o elogio, vindo de quem vem, muito me honra!

Quanto ao tema do tópico, este mês de Maio pode muito bem vir a ser memorável para o nacionalismo europeu, desde que os resultados previstos pelas mais recentes sondagens se confirmem. Parece-me que Klaus já percebeu isso e está a fazer o joguinho do "polícia bom" com o eleitorado europeu.

É evidente que o ideal seria que os partidos nacionalistas vencessem as legislativas dos seu respectivos países e não apenas as europeias. Mas por algum lado temos de começar e o importante é a mudança de paradigma que esta votação poderá representar.

Conforme têm observado muitos comentadores no The Guardian, jornal favorito da esquerda inglesa, o mais preocupante para os universalistas é que já nem os escândalos racistas conseguem abalar as intenções de voto em partidos como o UKIP.

Alguns nacionalistas desvalorizam esta preocupação das elites britânicas porque o UKIP não é um partido racialista. Mas a verdade é que o facto de o povo britânico já não estar a ser demovido pela propaganda anti-racista é, quanto a mim, muito significativo. Parece-me, com toda a sinceridade, que podemos estar num ponto de viragem política importantíssimo para a nossa causa.

7 de maio de 2014 às 22:33:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sim, concordo inteiramente, não interessa a qualidade do UKIP, como estou farto de dizer, interessa o significado que o voto no UKIP tem, no presente contexto político. Interessa o que o zé-povo, no caso, o «John Bull», está a dizer, na medida das suas possibilidades: «não queremos a imigração». Até pode ser só um tosco «eh pá a gente não quer os gajos de fora a virem para cá portanto deitamos o voto no gajo que diz mal disso». É autismo presumir que o homem comum já reflectiu sobre as implicações de votar no UKIP e não no BNP ou no National Front ou nos English Democrats (partido novito). A maior parte do povo é feita de gente que trabalha e tem mil e uma preocupações, não lhe resta tempo, sequer disposição, para estar a cogitar nas mil e uma subtilezas quando não coquices, caganifâncias até, de quem é que é mesmo mesmo mesmo pela Nação e pela Raça e etc.. Neste quadro, qualquer voto em quem promete combater ou refrear a imigração é um sinal positivo, de uma perspectiva nacionalista. Quando alguém estende a mão para um doce que lhe parece bom não se pode perguntar-lhe «mas tu queres mesmo, mesmo, esse doce?, sabes o que estás a escolher, ora enumera lá as propriedades e composição do doce para eu ver se tu percebes o que queres...»

Depois, com o tempo, o resto vê-se. Para já o sinal parece não ser mau.

Saudações, camarada, e continua o bom trabalho.

7 de maio de 2014 às 23:54:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=1iSeCBrrBr0

9 de maio de 2014 às 04:03:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Pois, no passado muitos outros povos além dos Germanos e Celtas viviam em mais liberdade que hoje, mesmo em África...

9 de maio de 2014 às 17:46:00 WEST  

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