POVO DE VENEZA QUER SER SOBERANO

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://rt.com/news/venice-votes-independence-italy-585/

Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/apoio-89-popula%C3%A7%C3%A3o-veneza-quer-independ%C3%AAncia-it%C3%A1lia-192500493--finance.html

Após um plebiscito em que 89% das pessoas optaram por independência, Veneza deverá separar-se de Itália. Um dos principais destinos turísticos do mundo, a cidade e a região do Veneto, querem formar um novo país - que continuará a fazer parte da União Europeia, da Zona do Euro e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). 

Apenas 257 mil pessoas votaram contra a proposta, cerca de 11% dos 2,3 milhões de eleitores. As autoridades locais deverão escrever uma declaração formal de independência, a ser enviada ao governo - que já avisou que entende essa consulta como ilegal, por não ter poder constitucional imediato. 

A ideia é manter os impostos locais ao invés de repassá-los para o governo central de Roma, já que Veneto é mais rico do que a média das regiões italianas. Outras cidades notáveis da região incluem Verona e Vicenza, além de Treviso. No total, a região - no norte da Itália - tem 4,9 milhões de habitantes. 

Nos últimos anos a cidade de Veneza arrecadou € 71 biliões em impostos mas recebeu investimentos de apenas € 50 bilhões. "Nós não mais queremos ser parte de um país que está contra a parede. Já nada funciona", disse Nicola Gardin, um dos coordenadores da campanha.

A crise económica italiana tem sido cruel com Veneza, capital de uma região que, até 1797, foi uma república independente. Foi somente com as invasões napoleónicas que Veneza perdeu sua autonomia, passando a fazer parte do Império Austríaco e do reino da Itália nas próximas décadas. 

Uma saudação é devida a este acontecimento, venha ou não a ser oficialmente reconhecido em Itália e na Europa. Efectivamente, Veneza não faz parte da nação italiana - a sua língua étnica é outra, como aqui se pode constatar: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_v%C3%AAneta

Assim, independentemente das motivações económicas circunstanciais que possam ter contribuído, ou servido de pretexto, para que a esmagadora maioria da população votasse pela sua soberania, esta pode e deve ser consagrada como expressão da legitimidade e do direito à independência que todos os Povos têm.