E APESAR DE TUDO... VIVA O 25 DE ABRIL
Independentemente de todos os aspectos francamente maus do 25 de Abril, e da desordem geral que usualmente se segue às revoluções, e da crise e sujeição em que se encontra neste momento, sucedendo de resto o mesmo com outros países europeus que não tiveram nenhum 25 de Abril... independentemente de tudo isto, dizia, não podem negar-se duas augustamente belas consequências deste golpe de Estado - primeiro, a Liberdade, um dos valores cardeais do Ocidente, «a mais sagrada das nossas Divindades», já dizia um antigo romano, a Liberdade e a sua concretização política, a Democracia, embora severamente falseada, como whiskey marado, dada a proibição, de resto generalizada no Ocidente, do «racismo»; e, segundo, o facto de, pelo menos oficialmente, Portugal ter deixado de ser uma pátria multicontinental e voltado a ser o que sempre foi enquanto nação - um país inteiramente europeu. E isto independentemente de a elite reinante tentar, por via da promoção da lusofonia, recuperar em parte essa multicontinentalidade, que, de resto, é ainda hoje excepcionalmente cara à «Direita» conservadora, incluindo a salazarista...
Só por estes dois ganhos, ainda que em segunda mão, a saber, o da Liberdade e da Europeidade, já valeu a pena o 25 de Abril...
Quanto à corrupção e ao fosso sócio-económico reinantes na actualidade, ambos os flagelos devem-se não à Democracia mas sim a um défice da mesma - não acontecem por causa da Democracia mas sim contra a Democracia, porque a democracia portuguesa é, ainda, insuficientemente democrática. Números e estatísticas, factos apurados, indicam, efectivamente, que quanto mais democráticos são os países menor é a sua corrupção e desnível social.
5 Comments:
Sempre o mesmo texto todos os anos...estás a ficar repetitivo.
Ainda por cima cheio de aldrabices.
Ao menos escreve coisas diferentes, agora pegar num texto de há 1,2,3 anos e fazer copy-paste todos os anos...
Pronto, agora o gajo depressivo e "deshonrado" lá suicida-se de vez... Parabéns Caturo...
Ó tolo, mas tu não vês que Portugal é hoje mais mestiço e multi racial do que era antes do 25A?
«Sempre o mesmo texto todos os anos...»
Claro. Todos os anos há este dia e acho que isto tem de ser dito, re-dito, repetido e dito outra vez.
«Ainda por cima cheio de aldrabices.»
Não digas imbecilidades. S se conseguires avançar com algum exemplo de alguma aldrabice que eu tenha dito, força. Cá fico à espera...
De resto, até acrescentei mais umas linhas. Mas mesmo que o não tivesse feito, repetia-o do mesmo modo que faço todos os anos.
«mas tu não vês que Portugal é hoje mais mestiço e multi racial do que era antes do 25A?»
Não digas asneiras, tanso. Portugal era oficialmente muito mais multi-racial que é hoje, tinha às costas um império mais africano que outra coisa qualquer. E até o território propriamente nacional, europeu, já tinha começado a receber imigrantes africanos, que vieram no final dos anos sessenta para trabalhar nas obras de J. Pimenta. Aliás, a direitinha salareta dos anos setenta, de um movimento qualquer do qual era membro Nuno Rogeiro e Vítor Luís, até dizia que «não somos europeus, somos africanos». Era em direcção a esse fosse que o País se dirigia. E sem liberdade de expressão, ainda por cima...
Não, obrigado.
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