quarta-feira, janeiro 29, 2014

O HOBBIT (II) - A DESOLAÇÃO DE SMAUG


Fui ver o segundo filme da saga, cuja primeira parte estreou em 2012, e não dei por mal empregue nem o tempo nem o dinheiro. O épico feérico, no espírito ou pelo menos na estética da narrativa mitológica ocidental, é sempre um bálsamo para a mente. Nunca deixa de valer a pena contemplar os arquétipos, mesmo que apenas sucedâneos, da alma europeia. Não vi ali o fulgor e a variedade de personagens, cenários e enredo que engrandecem a gesta do «Senhor dos Anéis», mas ainda assim o cômputo geral é francamente positivo, para quem se maravilha com estas coisas. 
Nota-se entretanto que o paraíso caucasóide que eram os filmes sobre as obras de Tolkien já começa a ser afectado pelo lóbi da anti-racistaria militante... tanto guincharam que os anteriores filmes eram racistas que nesta segunda película da trilogia do Hobbit lá aparecem uns quantos rostos negróides no meio de uma populaça de uma daquelas cidades sombrias à maneira do norte europeu, a estragar a estética que eventualmente se deveria criar, isto já se sabe que para a Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente não se pode permitir que o branco europeu tenha sequer um cabrão de um cantinho seu, nem um caralho de um filme que possa ver em paz durante duas horitas e meia, talvez porque, como já foi assinalado antes, dar ao europeu um espaço só seu pode fortalecer-lhe o sentido de estirpe e de coesão e isso, segundo o anti-racistame, é pecado, porque contraria a evangelização da miscigenação total de maneira a que as raças desapareçam de vez...

Enfim, enquanto não aparecerem negros no meio dos esplêndidos e astrófilos elfos, adoradores da luz das Alturas,


imagens da perfeição euro-árica,

ainda a coisa vai andando menos mal. Que Jackson não faça como fez quem resolveu pôr um negro a interpretar o papel de Heimdall, o «Deus Branco» (título que tem na tradição nórdica) nos filmes de «Thor»...