FUTEBOLISTAS INGLESES PRONUNCIAM-SE CONTRA A PRESENÇA DE ALÓGENOS NA SUA SELECÇÃO NACIONAL

Fonte: http://www.bbc.co.uk/sport/0/football/24455721

No Reino Unido, o meio-campo da selecção inglesa, e da equipa do Arsenal, Jack Wilshere, declarou anteontem que «viveres em Inglaterra durante cinco anos isso não faz de ti inglês», isto no contexto do ingresso de jogadores alógenos, nomeadamente o meio-turco Adnan Januzaj, na selecção nacional inglesa de futebol. E continuou: «temos de nos lembrar do que somos. Somos ingleses. Driblamos fortemente, somos duros  e difíceis de bater. Temos grandes carácteres. Pensas em Espanha e pensas na técnica mas pensas em Inglaterra e pensas que são bravos e driblam intensamente. Temos de nos lembrar disso. As únicas pessoas que deviam jogar por Inglaterra são os ingleses. Se eu fosse para Espanha e lá vivesse por cinco anos, não ia jogar por Espanha.»

 

De notar que as regras da FIFA permitem que um jogador integre a selecção nacional do país onde viver continuamente durante cinco anos depois de fazer dezoito anos de idade.

 

Mais tarde Wilshere escreveu na sua conta de Twitter que os seus comentários não se referiam a Januzaj. Mas comenta a seguir «ele é um grande jogador. Quem me dera que fosse inglês.»...

 

Levantou-se um coro de vozes da parte de outros futebolistas e dirigentes desportivos a favor da inclusão na equipa do país de estrangeiros que aí vivam e queiram jogar pela selecção nacional. A favor da posição de Wilshere só o anterior capitão da selecção nacional Alan Shearer se pronunciou: «sou da opinião de que para ser inglês deves nascer em Inglaterra. (...) Januzaj parece ser um fantástico jovem talento. Mas só porque viveste em Inglaterra durante cinco anos isso não significa que possas jogar pela selecção nacional.»

 

Shearer defende aqui um patriotismo de aspecto ingénuo que facilmente se torna traiçoeiro, uma vez que a sua lógica permite encher a equipa que representa a Nação de alógenos nascidos em território nacional, isto é, filhos de estrangeiros, mas, no contexto, revela pelo menos alguma coragem e consciência contra o mundialismo apátrida que controla os principais campos de acção do mundo ocidental, incluindo, como não podia deixar de ser, o do chamado «desporto-rei», que alguns querem transformar em plataforma de combate ao «racismo».