«ASSUMO A MINHA PARTE DA CULPA PELA IMIGRAÇÃO EM MASSA» OU HISTÓRIA PESSOAL DE UMA TRAIÇÃO À PÁTRIA

Um artigo rico de auto-análise e «mea culpa» em jeito de confissão pessoal mas que na verdade caracteriza toda uma elite intelectual e cultural que militantemente traiu e continua a trair a Nação e, entenda-se, toda a Europa e seus derivados: http://hitchensblog.mailonsunday.co.uk/2013/04/how-i-am-partly-to-blame-for-mass-immigration.html

O autor, Peter Hitchens, britânico, foi durante muito tempo um típico militante de Esquerda, a Esquerda internacionalista e pró-imigração, Esquerda trostkista que, como ele próprio confessa, era sobretudo anti-nacional. Tudo o que dele li neste texto só confirma o que já sabia dessa gente, mas vê-lo descrito por um deles tem outro sabor de prova. Hitchens começa agora a aperceber-se da monumental cagada traidora em que andou a colaborar quando se apercebe de que na sua própria terra se encontra cercado de alógenos por todos os lados, pelo que a sua velha Albion poderá já estar seriamente comprometida, inelutavelmente a ir para galheiro.

Quase nem preciso de comentar o que diz, basta citar - leiam, caros camaradas, leiam e disseminem, porque isto é ouro, mais concretamente, o ouro do bandido (embora arrependido), isto é o espelho espelhíssimo da hoste culturalmente reinante no Ocidente, seja no Reino Unido, nos EUA, em França ou em Portugal, gentinha das classes altas que despreza o povinho da sua própria raça e lhe impinge a convivência com povinho de raças alheias. O texto não é curto, e deu algum trabalho a traduzir, sobretudo por causa da pressa com que estava, mas cada linha parecia tão ou mais necessária de ser divulgada do que a anterior, e  a sua leitura alimenta quem as lê, alimentam de determinação, determinação, e mais determinação, mais e mais determinação, determinação e mais determinação, e mais determinação, que se calhar vai acumulando e um dia pode dar os devidos frutos:

(...)

Quando eu era um marxista revolucionário, éramos a favor de tanta imigração quanto possível.

Não era por gostarmos de imigrantes mas sim porque não gostávamos da Grã-Bretanha (GB). Víamos os imigrantes - de qualquer parte - como aliados contra a sociedade conservadora, estagnada, estabelecida, que o nosso país ainda tinha no final dos anos sessenta.

Além disso, gostávamos de nos sentir oh, tão superiores às pessoas perplexas - usualmente das partes mais pobres da GB - que viam a sua vizinhança subitamente transformada em comunidades supostamente «vibrantes». Se elas se atrevessem a expressar as mais humildes objecções, a gente chamava-lhes preconceituosas.

Os estudantes revolucionários não vinham de áreas tão «vibrantes» (vínhamos, tanto quanto sei, de Surrey e das partes melhores de Londres).

Podíamos viver em sítios «vibrantes» durante alguns (usualmente poucos) anos, no meio de descampados e caixotes do lixo a transbordar. Mas faziamo-lo transitoriamente, como irresponsáveis sem filhos - não como proprietários de lares, ou como pais de crianças em idade escolar, ou como idosos ansiando por um pouco de serenidade no fim das suas vidas.

Quando nos licenciávamos e começávamos a ganhar dinheiro a sério, íamos geralmente viver para enclaves londrinos caros e tornávamo-nos extremanente exigentes quanto ao sítio onde as nossas crianças iam ter aulas, uma escolha que alegremente negávamos àqueles a quem chamávamos "racistas".

O que é que sabíamos, ou o que é que nos interessava, a respeito da revolução silenciosa que nessa altura começava a transformar as vidas dos Britânicos pobres?

Para nós, o que interessava era que o patriotismo e a tradição podiam sempre ser rotulados como «racistas».

Também significava criados baratos para a nova e rica classe média, pela primeira vez desde 1939, bem como restaurantes baratos e - mais tarde - trabalhadores das obras baratos e canalizadores baratos (...).

Não eram os nossos salários que estavam a ser baixados, o valor do nosso trabalho que estava a ser reduzido no mercado. Os imigrantes não faziam o tipo de trabalho que nós fazíamos. Os imigrantes para nós não eram ameaça.

A única ameaça poderia vir dos britânicos agastados, mas podíamos sempre desarmar os seus protestos sugerindo que eles eram os fascistas dos dias de hoje.

Desde essa altura até agora fui percebendo como era uma pessoa snobe, arrogante, convencida de que tinha razão, cheia de desprezo (tal como a maioria dos meus camaradas revolucionários).

Vi sítios que conhecia, e nos quais me sentia em casa, a serem completamente alterados em poucos anos.

Imaginei como teria sido ter envelhecido encurralado em ruelas estreitas e sujas onde os meus vizinhos falavam uma língua diferente e eu gradualmente me tornasse num estrangeiro de voz diminuta e solitária num mundo que eu em tempos conhecera mas que já não me conhecia.

Senti uma pena profunda e desesperada por nada ter dito ou feito em defesa daqueles cujas vidas foram viradas do avesso, sem que nada lhes fosse perguntado, e que foram avisados muito claramente de que, se se queixassem, seriam desprezados como marginais.

Passei muito tempo nas partes da GB onde a desintelligentsia revolucionária não vai. Essa gente raramente, ou nunca, visita o seu próprio país. Orbitam nas zonas londrinas da moda e em destinos de férias. Estão mais familiarizados com os Apeninos de Itália do que com os Pennines do seu próprio país.

Mas, ao contrário de mim, a maioria da geração dos anos sessenta mantém as opiniões que eu nessa altura mantinha - com a recente e honrosa excepção de David Goodheart, o jornalista esquerdista que se tornou num líder de pensamento influente [think tank, literamente, tanque (de guerra) de pensamento] que reconhece que estava errado - e não vai mudar.

O pior é a profunda, profunda hipocrisia de tudo isso.

Mesmo nos meus tempos trostkistas eu comecei a reparar que muitos dos migrantes da Ásia não eram de facto nossos aliados. Eram profunda e inabalavelmente religiosos. Eram socialmente conservadores. As suas atitudes para com as raparigas e as mulheres eram, em muitos casos, próximas do medieval. Muitos deles eram horrivelmente hostis para com os Judeus, de uma maneira que nós teríamos condenado ferozmente se mais alguém o tivesse sido, mas que de algum modo conseguimos perdoar e esquecer no caso destes imigrantes. Vimos isto recentemente no embaraçoso episódio da diatribe de lorde Ahmed contra o fantasma de uma conspiração judaica. (...)

Muitos destes recém-chegados, embora nós os revolucionários os acolhessemos bem, não sabiam nem queriam saber das grandes causas liberais que todos nós apoiávamos. Ou então eram-lhes hostis. Muitos na Esquerda ainda mentem a si mesmos a respeito disto. George Galloway, o parlamentar mais esquerdista de todos, deve o seu lugar e apoio aos muçulmanos conservadores. Todavia votou a favor do casamento homossexual. Seria interessante assistir a algum encontro em que o Sr. Galloway discutisse isto com os seus eleitores.

Claro que todos os partidos políticos são compromissos, mas há uma grande diferença entre ultrapassar a diferença e ignorar uma profunda colisão de princípios.

Este tipo de cinismo esteve no coração do negócio. Os imigrantes foram usados por aqueles que queriam transformar o país. Pegava-se nas partes de que se gostava e ignoravam-se as partes de que não se gostava.

(...)

A chegada de muitos caribenhos, fortemente cristãos e educados, nunca foi usada como razão para tornar a sociedade mais cristã e disciplinada. Nessa altura, os revolucionários liberais queriam poder dizer adeus à Igreja enquanto retiravam a disciplina das escolas públicas. (...)

Pelo meio das denúncias de casos concretos em que a autoridade policial foi propositadamente enfraquecida para destruir a disciplina conservadora, Hitchens critica em contrapartida o racialista «tory» Enoch Powell por ter puxado o seu alerta para o lado racial. O ex-trostquista apesar de tudo ainda diz que a raça não interessa, só a cultura conta, e etc. e tal, enfim, Roma e Pavia não se fizeram num dia e o senhor ainda não percebeu se calhar tudo o que devia perceber. De qualquer modo, já fez muito, como acima se lê...

E continua, com a seguinte tirada de flagrante lucidez:

(...)

A arrogância histérica e insultuosa vem de uma elite mimada que tem vergonha do seu próprio país, despreza o patriotismo nos outros e não sente nenhum. Espera que se institua uma horrível Utopia sem fronteiras na qual o amor ao país se tenha desvanecido, as ama-secas sejam baratas e os salários das outras pessoas são baixos.

Que pena parecer que não há maneira de tirar esta gente das suas posições de poder e influência.

(...)

Quanto a isso, a ver vamos... doa a quem doer. E que deixe de doer só a nós, se possível.