VIOLÊNCIA DOS «JOVENS» COMEÇA A AFECTAR TURISTAS NO ALGARVE...

David H., inglês, 44 anos. Anda de bengala mas não tem qualquer problema nas pernas. Usa a bengala como arma de defesa, desde que foi esfaqueado, espancado e apedrejado, a 16 de Abril, quando saía dos bares na avenida Sá Carneiro, na Oura, Albufeira. David, que vive parte do ano em Portugal, é mais uma das vítimas de assaltos violentos que têm ocorrido com estrangeiros.

"Eles ‘marcam’ as vítimas", explica o proprietário de um bar na avenida Sá Carneiro, sob anonimato, "quando saem dos bares, seguem-nas e atacam-nas em locais isolados".

‘Eles’ são jovens, que pertencem a gangs mais ou menos organizados. O mais conhecido é o KDP (Kinta Da Palmeira), "mas há mais", garante outro comerciante local. "Vêm para a avenida à noite, agora de quinta a sábado, ou todos os dias, quando começam as férias das aulas", continua. "São eles que andam a assaltar turistas", acusa.

Os jovens têm entre os 15 e os 20 anos e andam em grupos de quatro, cinco ou mais elementos. "Como arma usam os cintos das calças, com fivelas grandes, garrafas partidas ou pedras que apanham na rua", refere outro dono de um bar.

Terá sido um destes grupos que atacou David H., que escapou com vida. Menos sorte teve o também inglês Ian Haggarth, de 50 anos, assaltado com violência na noite de 14 para 15 de Maio. Viria a morrer, uma semana depois, no Hospital de Faro. Além destes dois casos, os proprietários dos bares garantem que têm ocorrido vários outros assaltos mas menos violentos.

"Todos sabem quem eles são, até os seguranças os conhecem e nem os deixam entrar nos bares, mesmo assim, ninguém faz nada", protestava, segunda-feira à noite, um frequentador habitual da av. Sá Carneiro. "Também a verdade é que a GNR quando os leva detidos, no dia seguinte já andam aí outra vez", acrescentava, desiludido.

Com o aumento da criminalidade, a Associação dos Empresários da Avenida Sá Carneiro prepara um documento para enviar às entidades oficiais. "É necessário mais policiamento", reclama Paulo Lopes, líder da associação, defendendo que "ainda é possível controlar o problema". Na noite de anteontem, após as notícias sobre a morte de Ian Haggarth, a GNR patrulhava a zona em força mas, "tirando o Verão, normalmente são só dois GNR que aqui andam", garante.

Já antes se falou aqui, no Gladius, do gangue da KDP... e a minha suspeita na altura parece confirmar-se numa notícia de 20 de Abril:

(...) Já os assaltos atribuídos ao KDP começaram às 04h30 de ontem quando dois indivíduos, de origem africana, roubaram dois casais de turistas, na rua Oliveira Martins, Montechoro, sob ameaça de duas pistolas. As vítimas entregaram uma mala, uma carteira e uma máquina fotográfica. Quinze minutos depois, foi roubado, à mão armada, um apartamento ocupado por brasileiras, na rua Fernão Magalhães, Cerro Branco. Uma das inquilinas reconheceu o jovem que bateu à porta. Mas este vinha acompanhado por mais dois que roubaram um computador portátil, sob ameaça de um revólver. Do trio, dois são de origem africana. As suas descrições coincidem com os dois indivíduos que assaltaram os casais de turistas, minutos antes, e pertencerão ao KDP. (...)

A violência destes e doutros «jovens» tem subido de tal modo que no Reino Unido começou recentemente a avisar-se os indigenas que se preparam para passar férias em Portugal de que aqui há assaltos violentos...

Enfim, mais uma maravilha que a iminvasão e o multiculturalismo estão a trazer a este cantinho à beira-mar plantado - não admira que até o turismo comece agora a ser prejudicado pela escumalha que não tem rigorosamente nada de bom...