quarta-feira, junho 08, 2011

POLÍCIA QUE ABATEU CRIMINOSO NEGRO... É CONDENADO

O agente da PSP Nuno Moreira, acusado da morte a tiro do cantor de rap "Mc Snake", foi condenado nas Varas Criminais de Lisboa a 20 meses de prisão com pena suspensa, pelo crime de homicídio por negligência grosseira.
O agente Nuno Moreira foi acusado pelo Ministério Público (MP) de homicídio qualificado, mas o colectivo de juízes, presidido pelo magistrado Jorge Melo, decidiu alterar a qualificação do crime para homicídio por negligência, acabando condenado pelo crime de homicídio por negligência grosseira.
O MP, que pediu nas suas alegações finais a absolvição de homicídio qualificado, pediu depois a absolvição face à nova qualificação do crime.
O advogado que representa a família da vítima tinha pedido a condenação do arguido, considerando que em nenhum momento se justificou o uso de arma de fogo contra "Mc Snake", cujo nome verdadeiro é Nuno Manaças Rodrigues.
Na madrugada de 15 de Março de 2010, Nuno Manaças desobedeceu pelas 4h a uma ordem de paragem numa operação "stop" de rotina junto à doca de Santo Amaro, em Lisboa. O agente Nuno Moreira e mais quatro polícias perseguiram-no até que conseguiram atravessar a carrinha policial à frente do carro de "Mc Snake" na Radial de Benfica.
Os agentes saíram da carrinha quando Nuno Manaças se preparava para fazer inversão de marcha e fugir novamente. Nuno Moreira disparou uma vez para o ar e duas vezes sobre o automóvel, acabando por atingir mortalmente o condutor.
Durante o julgamento, Nuno Moreira afirmou sempre que tentou visar os pneus do carro, para o imobilizar, entendendo que o comportamento de "Mc Snake" era imprevisível e podia pôr em risco a vida de outros condutores.
Este julgamento decorreu na 4.ª Vara Criminal, no Campus da Justiça, em Lisboa.


A simples eventualidade de o «rapper» ter corrido o risco de provocar a morte de indígenas na estrada já justificou, só por si, a acção policial.
Todos os portugueses a sério - sobretudo os que andam na noite lisboeta, quem sabe lá se não teria alguém morrido caso o africano não tivesse sido detido - todos os portugueses a sério, dizia, devem por isso estar agradecidos a Nuno Moreira, que cumpriu o seu dever e livrou a sociedade de um cadastrado alógeno - e que, num país dominado por uma elite profundamente corrompida e apátrida, foi por isso condenado.

Há também a questão do efeito intimidatório que esta condenação poderá ter - de hoje para amanhã, os colegas do polícia condenado hesitarão muito mais em fazer o que está certo e às tantas os amiguinhos do negro abatido vão começar a gabar-se uns para os outros dos «bailinhos» que «dão» à polícia - a gabar-se cobardemente, bem entendido, porque sabem que têm as costas quentes com o sistema e que se algum «bófia» lhes toca está automaticamente bem quilhado com F grande.

É mais uma para contabilizarmos - e guardarmos na memória para futura referência. Porque um dia alguém há-de ter de pagar bem caro por isto e não hão-de ser os portugueses inocentes, polícias incluídos.