PRIMEIRO-MINISTRO ITALIANO VOLTA A FALAR CONTRA A ALIENAÇÃO DO SOLO ITALIANO POR VIA DA IMINVASÃO

Em Itália, o primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi, declarou ontem que Milão «não pode passar a ser uma cidade islâmica, um acampamento de ciganos, cheia de romenos e assediada pelos estrangeiros aos quais a Esquerda deu o direito de votar» num vídeo que apareceu na página internética do seu partido, o Povo da Liberdade (PDL).

Berlusconi faz assim um chamamento aos simpatizantes do partido, depois de no passado dia 16 de Maio a sua formação política perder a primeira volta das eleições municipais de Milão, cidade que tem sido considerada como o bastião de Centro-Direita e onde Berlusconi nasceu. A sua candidata, Letizia Moretti, perdeu diante do opositor de Centro-Esquerda, Giuliano Pisappia, embora ambos sigam agora para a segunda volta - que se realiza a 29 e 30 de Maio - uma vez que nenhum deles alcançou mais de cinquenta por cento dos votos.

A derrota em Milão fez com que o principal partido aliado do PDL, a Liga Norte, tenham dito que perderam «por culpa do PDL».

Ora independentemente das jogadas políticas e das movimentações que se podem imaginar nos bastidores, e da maior ou menor sinceridade de Berlusconi, e dos revezes partidários que possa estar a sofrer mercê da campanha contra ele movida, da qual participa a Igreja, e doutros pormenores e minudências, o que é certo é que o simples facto de um primeiro-ministro poder fazer o discurso que ele fez constitui um razoável sinal de saúde da política italiana. Estaria completamente fora de questão ouvir um Passos Coelho (olha quem, o africanista de Massamá...), um Aznar, um Sarkozy ou um Cameron, ou uma Merkel, sequer um Putin, a dizer que era preciso evitar que uma das principais cidades do seu país se tornasse islâmica/aciganada/alogenizada...