CINQUENTA IGREJAS NORTE-AMERICANAS VÃO TER LEITURAS DE TEXTOS MUÇULMANOS

Nos EUA, activistas dos direitos humanos pediram às igrejas do país que convidassem clérigos judeus e muçulmanos para que nos locais de culto cristãos se lessem no próximo mês textos sagrados das suas religiões, querendo com isto contrariar o preconceito anti-muçulmano.

A iniciativa, cuja proposta está agendada para dia 26 de Junho, tem o nome de «Faith Shared: Uniting in Prayer and Understanding» ou «Fé Partilhada: Unindo em Oração e em Compreensão» e os líderes das organizações que a criaram, a Interfaith Alliance e a Human Rights First, afirmam que o objectivo é demonstrar respeito pelo Islão em contraponto à queima do Alcorão que teve recentemente lugar. Um deles, o que lidera a primeira, rev. Welton Gaddy, declarou: «como ministro cristão que é pastor numa congregação local, é importante para mim e para a nossa nação e para o mundo saber que nem todos os cristãos promovem o ódio, atacam religiões diferentes da sua e degradam as escrituras sagradas de outros.»

Neste momento, mais de cinquenta igrejas, de vinte e seis Estados, se comprometaram já em participar na iniciativa, incluindo a Catedral Nacional de Washington.

Opõem-se à demonização do Islão, dizem eles.

Opor-se-ão também à demonização do seu próprio credo, o Cristianismo? Ou consideram que as passagens do Alcorão que demonizam e/ou desautorizam o Cristianismo são, digamos, «históricas» e «contextualizáveis» e por isso mesmo, a modos que não interessam? O site Jihad Watch deu-se mais uma vez ao trabalho de as citar - e uma delas é de ódio declarado:

«Com aqueles, também, que se chamam a si mesmos cristãos, fizemos um pacto, mas eles esqueceram-se de uma boa parte da mensagem que lhes enviámos: portanto afastámo-los com inimizade e ódio entre uns e outros, até ao dia do julgamento. E em breve Alá irá mostrar-lhes o que eles fizeram.»

Alcorão 5:14

Não terá este notório apoio ao Islão a ver com a inconsciente ou secreta simpatia de muitos cristãos pelo «irmão mais novo» do Cristianismo que, diferentemente deste, é servido por hostes mais aguerridas e impositivas, fazendo com que muitos cristãos dos mais intolerantes, mas impotentes, se sintam de certo modo «vingados» pela violência muçulmana contra a sociedade democrática laica?...

Ou «será» que a atitude das cinquenta igrejas (contagem até agora...) assenta pura e simplesmente no modelo cristão que manda dar a outra face ao agressor, esperando por outro lado dissuadi-lo de continuar a perseguir cristãos em vários pontos do mundo islâmico (Egipto, Iraque, Palestina, etc.)?

Talvez o dirigente do Jihad Watch, Robert Spencer, não o queira admitir, como cristão que é. Mas que os factos batem certo, isso é uma evidência.