PARTIDO DE BERLUSCONI QUER QUE O FASCISMO DEIXE DE SER PROIBIDO

Em Itália
, o partido Povo da Liberdade (PDL), partido do primeiro-ministro, Sílvio Berlusconi, quer abolir a proibição do Fascismo. A proposta foi apresentada pelo senador Cristiano de Eccher e está a gerar grande polémica no seio da classe política. O título da proposta, Derrogação da XII disposição transitória e final da Constituição, faz referência à parte da Carta Magna de 1948 que indica estar «proibição da reorganização, sob qualquer forma, do dissolvido Partido Fascista.» Sobre esta base de 1948, elaborou-se depois, em 1952, a chamada Lei Scelba, que tipificava o delito de «apologia do Fascismo.»

A oposição diz tratar-se aqui de uma «provocação» - ora independentemente de quais sejam neste caso as intenções da malta do governo, sejam mais ou menos para levar a sério, uma coisa é certa: quanto mais a sério falam os seus opositores, mais mostram a falta de vergonha na cara que caracteriza a elite em geral, que se gaba de ser democrática e todavia tem o atrevimento de se dizer «provocada» diante de uma proposta de liberalização da escolha política por parte do povo. E fá-lo com tal frequência que se torna repetitivo observá-lo, mas deve sempre repetir-se para não permitir que a habituação desvalorize a indignação, antes pelo contrário, só deve servir para suscitar mais indignação ainda...