AFRICANO LIBERTADO COMETE DUAS DEZENAS E MEIA DE CRIMES

'Fantasma’, como é conhecido no Vale da Amoreira, Baixa da Banheira, baleou nos pés dois jovens que lhe fizeram frente na venda de droga. E já antes estivera em confrontos a tiro que lançaram terror na Margem Sul – sempre relacionados com roubos e tráfico.

O Tribunal da Moita condenou o cabo-verdiano de 37 anos a pena suspensa por cinco anos, com a juíza a considerá-lo capaz de se reinserir socialmente, mas, mal regressou ao bairro, ‘Fantasma’ lançou-se numa vaga de 25 roubos armados.

Mais uma surpresa do caraças, tal como no tópico anterior - um sujeito que anda aos tiros na rua, e que sempre esteve ligado ao roubo e ao tráfico, a continuar na senda do crime violento depois de libertado??? Nem pensar, ninguém podia sequer imaginar uma coisa dessas, ultrapassa tudo o que se pudesse sequer supôr. Enfim, fatalidades, imprevistos, é a vida... e o povinho só tem é de aguentar, e caladinho...

Aliou-se a dois amigos e passaram a atacar estabelecimentos de pistola em punho. O objectivo de ‘Fantasma’ era sustentar a sua própria toxicodependência. Fizeram o primeiro roubo a 1 de Fevereiro – e daí em diante chegaram a efectuar uma média de dois assaltos por dia.
O último crime registado pela PJ de Setúbal foi a 22 de Março, nas bombas de combustível da Repsol em Aires, Palmela. No dia seguinte, numa operação reforçada pela Unidade Especial da PSP, a Judiciária apanhou os três suspeitos, com prova que os indicia em pelo menos 25 roubos armados. Já estão na cadeia, em prisão preventiva.
Corpulento (mede 1,90 m e pesa mais de 100 quilos), Fernando, verdadeiro nome de ‘Fantasma’, esteve no centro de um conflito grave no Vale da Amoreira, em Setembro de 2009. A disputa de território pelo tráfico de droga levou-o, em conjunto com o irmão, a entrar em guerra com o gang ‘Caixa Baixa’, jovens do Vale da Amoreira que traficam droga e fazem assaltos.
Posto em prisão preventiva depois de ferir dois rivais, veio a ser julgado no Tribunal da Moita por dupla tentativa de homicídio. No entanto, se à PJ as vítimas e testemunhas dos crimes não hesitaram em apontar ‘Fantasma’, em julgamento os depoimentos foram considerados "esvaziados de conteúdo" – o que impediu a aplicação de uma pena pesada. O cabo-verdiano viu a pena de cinco anos ser-lhe suspensa com a esperança de que se reabilitasse.

E a esperança é a última a morrer! Não há rapazes maus! O racismo e a miséria é que enfim... O «jovem» fernando mais uma vez enveredou pelo caminho errado, mas os advogados e os juizes ficaram pelo menos com a consciência tranquila por terem feito o melhor possível, e foi com o seu saber acumulado por anos e anos de estudo e experiência que conseguiram obter a sofisticação e subtileza de espírito suficientes para encontrar nos depoimentos acima referidos uma série de falhas, isto não é para qualquer um. A operação, isto é, o julgamento, foi um sucesso, depois a coisa correu mal, mas o julgamento em si foi decerto bem conduzido. E os princípios que o nortearam são os melhores. Depois o povinho é que tem de andar com muito cuidadinho na rua, e no bairro em que mora até pode ter de redobrar os cuidados quando precisa de sair de casa à noite, mas isso, lá está, sempre houve, e depois também é preciso ver que isso da insegurança é uma ilusão, é uma coisa mais sentida do que experimentada, porque a imprensa é que exagera os casos da criminalidade, e depois o racismo faz o resto, porque, na verdade, não há verdadeiros motivos para se andar preocupado com a sua própria segurança...