SUÁSTICA NA CALÇADA OFENDE DEPUTADO MUNICIPAL
Na sessão do primeiro dia do mês da Assembleia Municipal de Lisboa
, o Deputado Municipal John Rosas exigiu explicações sobre o aparecimento de uma cruz suástica na calçada na zona da Avenida Almirante Reis. Na sua intervenção sobre a Informação Escrita do Presidente da Câmara, John Rosas afirmou:
, o Deputado Municipal John Rosas exigiu explicações sobre o aparecimento de uma cruz suástica na calçada na zona da Avenida Almirante Reis. Na sua intervenção sobre a Informação Escrita do Presidente da Câmara, John Rosas afirmou:
"Não poderia deixar de questionar directamente o Senhor Presidente sobre a razão da existência de uma cruz suástica gravada na calçada à portuguesa no passeio norte da Praça João do Rio.
"Para além de entendermos tratar-se de uma ofensa grave à cidade de Lisboa e aos seus munícipes, o Partido da Terra questiona a forma como são geridas as intervenções no espaço público por parte da câmara, seja como intervenientes directos nas obras seja como entidade fiscalizadora das mesmas.
"Face ao exposto, Senhor Presidente, o Partido da Terra exige o apuramento das responsabilidades inerentes, bem como a imediata intervenção dos serviços camarários no sentido de removerem tamanha ofensa à dignidade da pessoa humana, da cidade de Lisboa e dos seus munícipes!"
É assim, a ignorância combinada com a intolerância - só tal convergência de tendências poderia levar a que um típico representante da elite dissesse uma destas em público, sem se rir nem esconder a fuça com vergonha. De resto, a notícia só surpreende por tardia e parcial - há para aí uns vinte anos que observo o aspecto «suastiforme», por assim dizer, das bandeiras municipais gironadas (isto é, aquelas cujo fundo se divide em quatro), como por exemplo as de Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Faro, Évora, Coimbra, Setúbal, Viana do Castelo, Castelo Branco, Viseu, Bragança e, entre outras mais, também a de Leiria, como a seguir se vê (observar a cruz a vermelho por trás do brasão):
(E com os dois corvos, tal como a de Lisboa, que por acaso fazem lembrar os dois corvos de Odin, mensageiros do Saber...)
Aliás, na foto do topo (mostrando a calçada) pode observar-se facilmente a semelhança entre a suástica e esta «gironada», motivo decorativo da calçada lisboeta.
A Suástica, sinal da acção da Energia Divina - seja no Sol, no Raio, no Fogo - é pura e simplesmente um dos símbolos e/ou motivos decorativos mais divulgados no mundo indo-europeu, do Hindustão ao extremo ocidente europeu, pois que também se podem ver nos castros e nos torques lusitanos, por exemplo. Na Índia é o signo de Surya, Deus do Sol; entre os Baltas, é a Perkons Krust ou Cruz de Perkunas, Deus do Raio e da Guerra; na Escandinávia, é de Thor, Deus do Raio e da Guerra; entre os Celtas é, entre outras coisas, um símbolo de Brigit, Deusa Ígnea; em Roma poderá ter estado associada a Júpiter, Deus do Raio; na Grécia, é amplamente usado como tema decorativo; a sua raiz e primordial significado perde-se na noite dos tempos. Só mesmo por descarada e despudorada parvoíce se poderia dizer que tal imagem ofende «a dignidade da pessoa humana, da cidade de Lisboa e dos seus munícipes», quando, pelo contráíro, só dignifica a capital, e ao fim ao cabo até é mal empregada no chão da cidade, sujeita a ser pisada por johnrosas e afins...
9 Comments:
JOHN rosas??? Esse tipo é português?!
"pois que também se podem ver nos castros e nos torques lusitanos"
quais castros e torques "lusitanos" ???
querias dizer galaicos, certamente...
Não, queria dizer LUSITANOS. Foram recentemente encontrados vestígios de torques LUSITANOS em área lusitana, contendo motivos decorativos que ou eram suásticas ou eram trísceles (não me recordo ao certo) em espirais.
Quanto aos castros LUSITANOS, é só ler a obra «LUSITANOS No Tempo de Viriato», está lá isso bem explicado...
Ainda no outro dia em Lagos fui ao museu, lindo aquilo, havia uma parte que eram só suásticas desenhadas pelos nossos antepassados, este Rosas se visse aquilo tinha um ataque.
Portugal aos portugueses
johnrosas vai te fuder!
é johns
é farmhouses
é...
enfim!
já li a obra que indicas, Caturo (como aliás, estás farto de saber) e só por caridade se podem chamar "castros" aqueles amontoados de pedras que aparecem. se querem chamar-lhes castros, chamem, mas que não se confundem com os castros galaicos da cultura castreja que até chega um pouco abaixo do Douro...ah isso não se confundem.
menos, claro, para a historiografia "lusa" (sim aqui nem há engano)
quanto aos torques em "àrea lusitana" não sei de quais falas, mas muito provavelmente mesmo esses são galaicos.
o que interessa é que mesmo que isso fosse verdade, não podes dizer que apenas existem torques lusitanos.
quanto muito, existem torques lusitanos e torques galaicos (na melhor das hipóteses)
tal como existem "castros" lusitanos e Castros galaicos.
e, portanto, é uma aldrabice completa tua, só referires unicamente no teu artigo "castros e torques lusitanos" omitindo propositadamente os castros e torques Galaicos da Galécia, como se eles nem existissem, tal como fazia e faz o estado português, só para não ter que falar disso.
(que incómodo, que chatice, que bom era que fosse tudo o mesmo. já com as estátuas é a mesma coisa)
«quanto aos torques em "àrea lusitana" não sei de quais falas,»
Claro que não sabes – é uma prova de que não leste o livro em condições, como de costume. Até te ajudo: página 55.
«mas muito provavelmente mesmo esses são galaicos»
Muito provavelmente dizes tu, sem perceber corno do assunto e sem qualquer autoridade para o dizer, como é teu costume, mais uma vez. Apetece-te que o torque seja galaico e pronto, basta isso, depois especulas. É realmente uma grande chatice para ti, a Senhora Realidade. Das poucas vezes em que és forçado a vê-la, foges a sete pés.
«o que interessa é que mesmo que isso fosse verdade, não podes dizer que apenas existem torques lusitanos»
O que interessa, mais uma vez, é que estás mais uma vez à rasca e a mostrar o teu rancor ridículo, mas de uma maneira ainda mais flagrantemente infantil do que antes, porque eu nunca na vida disse ou sequer sugeri que não havia torques galaicos, isso é completa e rigorosamente inventado por ti, porque mal vês uma referência aos Lusitanos, sentes-te imediatamente discriminado, é como os pretos americanos quando vêem filmes só com brancos.
«quanto muito, existem torques lusitanos e torques galaicos (na melhor das hipóteses)»
Não é a melhor para ti, seguramente – mas é a única verdadeira. :)
«tal como existem "castros" lusitanos e Castros galaicos. e, portanto, é uma aldrabice completa tua, só referires unicamente no teu artigo "castros e torques lusitanos" omitindo propositadamente os castros e torques Galaicos»
Pois, e quem referir as gaitas de foles escocesas, também tem de falar nas gaitas de foles irlandesas, senão «é uma aldrabice porque está a querer omitir propositadamente as gaitas de foles irlandesas», ahahahahahh… Eu não disse que tinhas mentalidade de preto complexado e rancoroso? Ehehehheh, como tu és transparente, pivete.
E já agora, ficas a saber (a saber mais uma vez, ehehehh): é que com o termo «lusitanos», até se podem incluir os Galaicos. Aguenta. :)
«(que incómodo, que chatice, que bom era que fosse tudo o mesmo. já com as estátuas é a mesma coisa) »
Já com as estátuas é a mesma carneirice complexada – e, infelizmente para ti, há mesmo quem lhes chame «galaico-LUSITANAS», ehehehehh. Inclusivamente o próprio Museu Nacional de Arqueologia. :)
«já li a obra que indicas, Caturo (como aliás, estás farto de saber)»
Estou é farto de saber como é que «lês», ehehehh, e a seguir vou confirmá-lo, queres ver, ora repara:
«e só por caridade se podem chamar "castros" aqueles amontoados»
Isso dizes tu, mas infelizmente para ti os investigadores que realmente percebem daquilo dizem outra coisa:
Generalizou-se a ideia de que os castros são típicos apenas do noroeste e durante muito tempo pensou-se inclusivamente que, abaixo do rio Mondego, nem sequer existiria este tipo de povoados. Graças às investigações de arqueólogos como Senna-Martinez, para a bacia do Mondego, Raquel Vilaça para a Beira Interior (distritos de Castelo Branco e parte sul do da Guarda), Ivone Pedro para a região de Viseu e Marcos Osório para o Alto Côa, para só citar os principais, essa ideia foi abandonada e veio-se provar que afinal existem e que é necessária uma prospecção muito mais vasta (…).
Páginas 28-9 de «Lusitanos No Tempo de Viriato», de João Luís Inês Vaz.
Ui.
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