SOBRE O ESTADO DA RELIGIÃO NA SUÉCIA - E NO RESTO DA EUROPA

Na Suécia, estatísticas recentes indicam que apenas 70,3% da população é membro da Igreja nacional, luterana. De notar que desde 2000 que a Suécia aboliu o estatuto de Igreja de Estado, o que parece estar a conduzir muita gente para fora da instituição religiosa.

Uma estatística de âmbito internacional indica que apenas dezassete por cento da população sueca é religiosa; e, num outro estudo, da autoria do EUROSTAT (agência de estatísticas da União Europeia) e datado de 2009, apenas vinte e três por cento da população sueca diz acreditar num Deus único e pessoal (não necessariamente cristão, note-se). Nesta página
pode ver-se uma tabela do EUROSTAT datada de 2005, sobre as crenças da população de vários países europeus, divididas em três respostas: crença num Deus pessoal (o das religiões dominantes, por exemplo, mas não só), crença num Espírito ou numa Força-Vida, descrença. É notória a vantagem que a crença num Espírito/Força-Vital tem numericamente sobre as outras opções nos países mais desenvolvidos, o que constitui uma crença de modo nenhum cristã e até, fundamentalmente, pagã. E não deixa de ser significativo que, geralmente, estes países continuem a ser considerados como «cristãos», porque sim, porque é a «sua» tradição, quando na verdade há maiorias populacionais na Europa que não são verdadeiramente cristãs.

Uma voz dos tempos - Lena Andersson, colunista editorial de um dos maiores jornais suecos, o Dagens Nyheter, deixou no ar a ideia, em artigo da passada semana, que ao fim ao cabo só o Politeísmo é verdadeiramente democrático, ao contrário do Monoteísmo, pelo que o Cristianismo, para se mover na sociedade contemporânea, terá de aceitar o seu papel de religião igual às outras, num mercado de diversidade religiosa...