PRIMEIRO-MINISTRO FRANCÊS OPÕE-SE A DEBATE QUE «ESTIGMATIZE» OS MUÇULMANOS

O primeiro-ministro de França, François Fillon opõe-se ao debate sobre o Islão se conduzir à discriminação dos seguidores de Mafoma: «se este debate for focado no Islão e parecer levar à estigmatização dos muçulmanos, oponho-me a isso. Digo-o claramente: oponho-me. Mas se o debate tiver por objectivo o reforço do conceito de secularismo, de adaptar o secularismo francês a novas circunstâncias, sim, penso que é um debate útil, mas só sob tais circunstâncias.»

Afirmou também que a questão do financiamento dos locais de culto «deve ser abordada sem tabus»; e acrescentou que a questão da educação dos imãs (sacerdotes muçulmanos que lideram um grupo) deve ser equacionada e ainda não foi devidamente tratada.

Ou seja - não se pode tocar nos muçulmanos porque não!, porque é sagrado!!, mas pode-se considerar a hipótese de violar a «tradição» laica, isto é, de a «flexibilizar», de maneira a que o Estado Laico, o Estado Laico!, orgulhosamente laico!!, desde a gloriosa Revolução Francesa!!!, passe a, digamos, «adaptar-se às novas circunstâncias», isto é, ao Islão - não são as «circunstâncias», isto é, o Islão, que se adapta ao Estado, note-se...

O presidente do UMP - partido no poder - Jean-François Copé anunciou recentemente um plano de lançamento de um debate sobre religião «especialmente o Islão».

Recentemente, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou que o multiculturalismo falhou; e disse querer que haja «um Islão da França e não Islão em França». De lembrar que em 2009 o seu governo lançou um debate sobre a identidade nacional que foi considerado um fracasso.

Ou seja, em termos de poder dominante, só há duas alternativas: ou a defesa da intocabilidade do alógeno, ou o «ataque» à posição do alógeno... só para que ele se misture melhor com a população indígena...

Torna-se pois mais evidente que a defesa da identidade autenticamente nacional, isto é, indígena, europeia, só mesmo o Nacionalismo a faz, neste caso concreto, a FN (e os partidos identitários, menores).