quarta-feira, fevereiro 02, 2011

CADA VEZ MAIS RUSSOS QUEREM A SEPARAÇÃO DA RÚSSIA EM RELAÇÃO ÀS GENTES DO CÁUCASO

Na Rússia, o ataque terrorista no aeroporto de Domodedovo, em Moscovo, impulsionou a tomada de consciência por parte do povo a respeito do problema da sociedade multiétnica. Na cidade de São Petersburgo, Andrey Kuznetsov lança-se àconquista de um assento no parlamento regional como representante do partido Movimento Contra a Imigração Ilegal (DPNI), que quer expulsar os imigrantes oriundos da Ásia Central e do Cáucaso ou pelo menos limitá-los «a viver em certas vizinhanças para que sejam mais facilmente monitorizados.»
No dia a seguir ao atentado no aeroporto, o DPNI manifestou-se na área de Kupchino, onde um dos militantes do partido foi esfaqueado por um imigrante do Azerbeijão. Diz Kuznetsov que «a guerra do Cáucaso chegou às nossas cidades. Mandamos-lhes dinheiro e eles mandam-nos terroristas.» A respeito da actuação do presidente russo, Dmitry Medvedev, o líder do DPNI afirma que se trata de «uma piada de mau gosto.» E acrescenta: «as experiências da Alemanha e da França mostram que os muçulmanos não se deixam assimilar. Temos de os manter fora.»
O apoio a este separatismo étnico-religioso ganha terreno no seio do povo - um estudo recente indica que mais de quarenta por cento dos Russos é a favor da secessão da região do Cáucaso. O número de ataques aí registados duplicou no espaço de um ano e centenas de milhares de russos étnicos mudaram-se para a Rússia. Há cada vez mais russos étnicos que querem ver os Chechenos, os Daguestaneses, os Inguches e os Balkares a deixarem de ser cidadãos russos. Trinta e seis por cento dos moscovitas diz sentir «ódio» pelos Chechenos.
A população total da Federação Russa, que tem mais de cem nacionalidades, é neste momento de cento e quarenta e um milhões de indivíduos, dos quais cerca de vinte por cento são muçulmanos. Há cerca de sete milhões de «trabalhadores convidados», isto é, de imigrantes.

O Kremlin pareceu ter querido controlar o Nacionalismo rampante e estar agora a perder esse controlo... em 2003, o Kremlin lançou o partido politico Rodina (Mãe-Pátria), liderado pelo carismático Dmitry Rogozin, que é actualmente o embaixador da Rússia para a OTAN em Bruxelas. Ora o Rodina alcançou prontamente 9,2% dos votos e, a partir daí, a chefia do Kremlin abandonou o seu apoio ao partido, considerando-o «xenófobo».
Para quem não conhece Dmitry Rogozin, vale a pena ler este tópico, que contém uma das mais importantes e prometedoras notícias que este blogue já publicou: Rogozin a apelar à união da raça branca do Setentrião (Europa, EUA e Canadá) contra os inimigos do oriente e do sul.

De notar também que o Kremlin e o seu serviço de inteligência «criou» (segundo a fonte de onde tiro esta notícia) o LPDR, partido do nacionalista Vladimir Zhirinovsky, para afastar do partido comunista os votos. Zhirinovsky tornou-se entretanto o vice-presidente do parlamento russo. Quatro dias antes do atentado no aeroporto, teve alguns minutos de tempo de antena na televisão do Estado, que aproveitou para falar contra «aqueles ladrões e especuladores que nem trabalham nem aprendem nada», referindo-se assim a gente do Cáucaso. Exaltado, berrou: «Nós cagamos no Cáucaso. Estamos há muito tempo fartos deles.»

Independentemente de um ou outro excesso, isto parece indicar um bom caminho da Rússia - o da secessão em virtude da diferenciação religiosa e étnica, condição essencial para que se salvaguardem as identidades, nomeadamente, no que mais nos interessa, a identidade europeia, indo-europeia, árica, que neste contexto está representada pelos Russos. Acresce que o afastamento do urso eslavo relativamente à Ásia Central será eventualmente acompanhado por uma aproximação do mesmo aos outros países da Europa, de maneira a que não seja só geográfica e étnicamente que a Europa vai até aos Urais, mas também político-militarmente. A Rússia é a maior potência europeia - uma Europa unida que inclua a Rússia, e tenha como aliada a India (que por sinal foi sempre uma boa aliada da Rússia) estará integral e capaz de se defender de qualquer outro potentado mundial.

3 Comments:

Blogger Anti-ex-ariano said...

«Acresce que o afastamento do urso eslavo relativamente à Ásia Central será eventualmente acompanhado por uma aproximação do mesmo aos outros países da Europa, de maneira a que não seja só geográfica e étnicamente que a Europa vai até aos Urais, mas também político-militarmente.»

O Ocidente precisa da Rússia, sem dúvida. Há que recebê-la de braços abertos. Até porque o comunismo já era e já vai sendo hora de deixar para trás os fantasmas do passado.

3 de fevereiro de 2011 às 14:31:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O número de ataques aí registados duplicou no espaço de um ano e centenas de milhares de russos étnicos mudaram-se para a Rússia."

muitos deles ja sao meio misturados ou foram recentemente misturados e outros ainda levaram a sua mulher, homem não russo que conheceram nessas regiões.


"O Kremlin pareceu ter querido controlar o Nacionalismo rampante e estar agora a perder esse controlo... em 2003, o Kremlin lançou o partido politico Rodina (Mãe-Pátria), liderado pelo carismático Dmitry Rogozin, que é actualmente o embaixador da Rússia para a OTAN em Bruxelas. Ora o Rodina alcançou prontamente 9,2% dos votos e, a partir daí, a chefia do Kremlin abandonou o seu apoio ao partido, considerando-o «xenófobo»."

estranho o governo criar partidos. E também é estranho mais tarde dizer que o partido nacionalista que criou é xenofobo! Nao tem pes nem cabeça.
É como criar um partido ambientalista e depois dizer que abandona o partido porque é ambientalista.


Ha algum mapa com as naçoes do caucaso que pertencem à Russia?

3 de fevereiro de 2011 às 22:39:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Esta situação transformou-se em uma tendência.Se Rússia unir-se à Europa...

4 de fevereiro de 2011 às 18:32:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home