CALENDÁRIO ESCOLAR EMITIDO PELA COMISSÃO EUROPEIA SEM FESTIVIDADES CRISTÃS

A Comissão Europeia distribuiu mais de três milhões de cópias de um calendário escolar - acompanhado de cinquenta e uma páginas de informação sobre a União Europeia - no qual estão assinaladas as principais festividades muçulmanas, hindus, siques, judaicas e chinesas, além das datas-chave da Europa laica (Dia da Europa, entre outros), mas não as celebrações cristãs, nem mesmo o Natal: na secção correspondente ao dia 25 de Dezembro, há apenas uma frase laica (no caso, de apelo à amizade).

Lóbis católicos e parlamentares democrata-cristãos queixaram-se entretanto à comissão por verem que os seus cartões de Natal referem apenas «Saudações de Estação» mas não referem nada de cristão.

Martin Callanan, o líder dos Conservadores Europeus, acusou por seu turno a comissão de estar mais preocupada em fazer propaganda ideológica do que com o verdadeiro espírito de Natal: «considerando que 201o foi o ano em que a UE foi assombrada pelos seus próprios fantasmas do passado, presente e futuro, não é surpresa que a comissão se esteja a tornar numa chusma de euro-acanhados. Antes de mais nada, porque é que a comissão está a gastar dinheiro ao enviar calendários para milhões de crianças em idade escolar? (...)»

Um porta-voz da comissão descreveu o calendário como um «erro grave» e afirmou que nas edições futuras deste calendário não mais haveria quaisquer referências a festivais de religião alguma.

Ou seja, para a elite reinante é lógico, natural, básico, evidente, que só há duas opções: ou se celebram os rituais das religiões do Outro, ou então impõe-se o laicismo. Lembrar ao menos as festas da religião do Nós é que está fora de questão...

O caso é historicamente irónico: o Cristianismo, que se impôs na Europa contra as religiões indígenas, e que impingiu, ao longo de séculos, a moralidade que origina a raiz do politicamente correcto anti-racista e xenófilo, está agora a ser vítima dessa mesma mentalidade e a ser atacado como religião «indígena». Lá diz o Povo que Deus escreve direito por linhas tortas...
Claro que ainda falta muito para que a coisa se endireite a sério, porque abandonar o Cristianismo para favorecer a entrada de religiões alienígenas - exceptuando talvez o Hinduísmo, que não é europeu mas é árico; de qualquer modo, é aqui encarado e sobretudo utilizado como religião «do outro» - é pular do fogo para a frigideira.
 E a opção laicista, tendencialmente ateia, também não é muito melhor.