MANIFESTAÇÃO VIOLENTA NO PAQUISTÃO A FAVOR DA MANUTENÇÃO DA PENA DE MORTE POR BLASFÉMIA

Milhares de apoiantes de partidos islâmicos saíram às ruas de várias cidades do Paquistão, para se manifestarem contra uma emenda que pretende suprimir a pena de morte em caso de blasfémia.
A polémica lei, denunciada pelas associações de direitos humanos, gerou controvérsia depois da condenação de uma mulher, em Novembro.
O Governo diz que não tem planos para alterar a lei, mas os grupos religiosos conservadores não estão convencidos.Apelaram, por isso, a uma greve nacional, num bloqueio à emenda.
Esta sexta-feira vários mercados e estabelecimentos comerciais estiveram encerrados nas principais cidades do país. As estradas ficaram visivelmente desertas.

Uma greve a sério, porque esta gente, seguidora da religião-da-paz-e-da-tolerância-que-criou-o-Al-Andalus-ai-tão-bom-que-aquilo-era, esta gente, dizia, está contra uma lei que faz com que deixem ser condenados a morte os que forem considerados culpados de blasfémia... ou está contra essa lei ou então tem medo dos fundamentalistas, o que neste caso vai dar precisamente ao mesmo, porque na prática o que se observa é que o Islão «fundamentalista» (mas há mesmo outro?...) leva a sua avante.

E note-se que a lei nem sequer foi aprovada, porquanto, como se lê nesta página
, o governo paquistanês voltou atrás com a sua palavra de alterar a legislação, precisamente porque não aguentou a pressão exercida pela «minoriazíssima» imensamente microscópica de fundamentalistas, sim, microscópica, pois que, como se sabe, a esmagadoríssima maioriazíssima dos muçulmanos é moderada e tolerante, e não ia querer condenar à morte quem dissesse blasfémias... mesmo assim, milhares - milhares - de arautos da religião da paz foram para a rua entrar em confronto com a polícia de choque e fazer trinta por uma linha, porque a mera sugestão de tal alteração à lei islâmica merece, só por si, punição...

E este é o país islâmico que possui armas nucleares. E que obriga a Índia a ter permanentemente em alerta cerca de um milhão de soldados ao longo da fronteira indo-paquistanesa, pois que, como dizia Samuel Huntington, as fronteiras do Islão são sangrentas...