TRIBUNAL INDIANO DECIDE PARTILHA DE AYODHYA ENTRE HINDUS E MUÇULMANOS

Na Índia
, o Alto Tribunal de Allahabad, do Estado setentrional de Uttar Pradesh, decidiu que o espaço de Ayodhya terá de ser partilhado por hindus e muçulmanos.

Ora o local era, no Hinduísmo, um santuário, considerando-se que tinha aí nascido o Deus guerreiro Ram, como já foi aqui explicado em mais de um tópico. No século XVI, os invasores muçulmanos pura e simplesmente desrespeitaram, ostensivamente, a religião dos temporariamente vencidos hindus e edificaram aí a mesquita Babri.

Entretanto, a guerra religiosa não foi realmente favorável aos escravos de Alá, que tiveram por isso de recuar e contentar-se - pelo menos provisoriamente... - em ficar com apenas um pedaço da Índia, a que se veio a chamar Paquistão. A região de Uttar Pradesh ficou entregue à Índia, predominantemente hindu.

Claro que os muçulmanos não se foram todos embora, isso é que era bom... a mesquita Babri continuou activa, até 1992, quando uma multidão de nacionalistas hindus invadiu o templo muçulmano e queimou-o por completo.

De notar que, antes disso, a comunidade hindu local tinha pedido aos muçulmanos que tivessem a gentileza de mudar a mesquita de local, o que há muito pode ser tecnicamente realizado. Os muçulmanos responderam simplesmente que o espaço já era seu há muito tempo. E os hindus trataram por isso de fazer valer os seus direitos históricos. Os muçulmanos reagiram violentamente e, no confronto, terão morrido cerca de duas mil pessoas. No final, os hindus ficaram de pé sobre as ruínas, os seguidores de Mafoma foram repelidos e um pequeno templo hindu em honra de Ram foi construído.

Na sua dimensão regional (é curioso que os mérdia dêm destaque mundial ao que se passa na Palestina, que tem muito menos gente e é muito mais pequena do que sequer um décimo da Índia...), Ayodhya foi simplesmente um dos mais belos acontecimentos do século, quando não do milénio - pura e simplesmente, constitui o modelo do que deveria ser feito, não apenas em toda a Índia, mas também em todo o continente europeu, de maneira a que os pagãos da Europa recuperassem os seus locais de culto que foram usurpados pela Cristandade.

O imã-chefe da mesquita Jama Masjid, de Nova Déli, apelou à paz, «qualquer que possa ser o veredicto e quaisquer que possam ser as provocações», mas declarou entretanto, num sermão de sexta-feira, que a reivindicação muçulmana do local era «indisputável»... e que os muçulmanos «não estão dispostos a ceder um milímetro a ninguém.»

Porque com o Islão é mesmo assim - a doutrina muçulmana estipula que todo o território conquistado por muçulmanos, será para sempre muçulmano, intransigentemente muçulmano. Percebe-se por isso especialmente bem porque é que os hindus tiveram de avançar como o fizeram, exemplarmente, em Ayodhya...

Até ao momento, não há notícia de quaisquer confrontos.