terça-feira, março 23, 2010

PRIMEIRO-MINISTRO TURCO ACUSA ARMÉNIOS DE TER QUERIDO EXTERMINAR TURCOS - E DIZ QUE OS MUÇULMANOS NÃO COMETEM GENOCÍDIOS

O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Recep Erdogan, declarou recentemente que os Arménios da Turquia não só não foram vítimas de nenhum genocídio, como até planearam, eles próprios, exterminar turcos.
Erdogan fez esta declaração num discurso proferido por ocasião da comemoração na cidade de Canakkale de uma das raras vitórias militares turcas na Primeira Guerra Mundial (a Turquia, ou o então Império Otomano, foi uma das potências derrotadas nesse confronto). E disse o turco: «Em 1915 e antes disso, foi o lado arménio que enveredou por uma política destinada a exterminar o nosso povo, que levou à fome, à miséria e à morte. Esquecer tudo isso é injusto e insensível. Os nossos guerreiros sempre respeitaram as leis ancestrais e não mataram pessoas inocentes, mesmo no campo de batalha. Devo sublinhar que o soldado deste país é maior do que a história e que a história deste país é tão clara e limpa como o Sol. Nenhum parlamento de país nenhum pode negar isto.» Nesta última afirmação, referia-se provavelmente aos recentes reconhecimentos, nos parlamentos nacionais sueco e norte-americano, do genocídio turco, que se saldou na aniquilação de um milhão e meio de arménios.

Curioso que Erdogan só agora tenha apresentado a sua versão completa da história... até aqui, limitava-se a negar furiosamente o genocídio, durante anos, ameaçando os países que reconheceram o crime histórico dos Turcos. Agora, repentinamente, lembrou-se de partir para o ataque, com a infantil táctica do «tu quoque», ou «tu também», isto é, «tu é que és/fizeste/foste».
Ora se houve uma tentativa de extermínio por parte dos Arménios, não é crível que só agora o primeiro-ministro turco resolva falar disso. A verosimilhança de tal acusação perde notoriamente mais terreno ainda - como se tivesse algum, à partida... - na medida em que uma minoria étnica dificilmente pode estar a armar uma matança contra a maioria claramente reinante.

Mas ainda que estivesse... qual seria a reacção mundial se agora um chanceler alemão viesse dizer que, além de não ter havido holocausto algum, convinha lembrar que a Judiaria mundial é que declarou guerra à Alemanha, em 1933 ou assim... quantos Carmos e Trindades não caíriam, quantos apelos públicos ao boicote e ao cerco de fome não se levantariam contra a nação dos Teutões?
Como todavia o negacionista é não europeu, e muçulmano, e quer entrar na Europa, eis que os grandes mérdia dominantes no Ocidente, instrumentos da elite reinante e cosmopolita, pró-turca e dimiesca, ficam caladinhos, nem comentam o discurso do «moderado» Erdogan...

A propósito de moderações e de islamismos... é de sublinhar que o discurso do líder turco não ficou por aqui. Foi mais longe, e a partir daí ficou mais clara e límpida, não a história da Turquia, mas sim toda a dimensão da real motivação do negacionismo turco, ou seja, a verdadeira razão que orienta as palavras do condutor da Ásia Menor: «Não há genocídio na nossa civilização. A nossa civilização é a civilização do amor, da tolerância e da irmandade.»

Mas «nossa», qual? A turca? A europeia, civilização à qual muitos turcos e pró-turcos dizem que a Turquia pertence?

Não. Erdogan referia-se a outra civilização - à islâmica. Em Novembro do ano passado, não teve pejo em afirmar que o genocídio cometido em Darfur por muçulmanos... não foi genocídio. «Os muçulmanos não cometem genocídio», disse ele.

Ou seja, os massacres em larga escala, genocídios com todas as letras, todas as matanças e todos os mortos, que as forças islâmicas têm cometido desde sempre, nomeadamente na Índia, contra os Hindus (lembrar o massacre do Hindu Kush), no Afeganistão e no Paquistão contra os Kafires pagãos que foram extintos e até a sua terra mudou de nome (passou a ser o «Luristão» ou «Terra da Iluminação»), e contra uma tribo judaica ainda no tempo do próprio Maomé, tudo isso é como se não tivesse acontecido...

Nem bastou ao turco negar o genocídio - teve o distinto descaramento de dizer que a civilização islâmica se caracteriza pela irmandade e pela tolerância, quando se sabe que de acordo com a própria lei islâmica ou charia, não só a mulher vale menos do que o homem, como também o infiel vale menos do que o muçulmano, e deve por isso viver subjugado e tratado como cidadão de segunda.

Perante tudo isto, os grandessíssimos mérdia permanecem em silêncio.

Para cúmulo da completa falta de vergonha, Erdogan considerou publicamente que a recente acção das autoridades chinesas contra os muçulmanos uigures foi «genocídio». Disse-o categoricamente: «As matanças dos turcófonos Uigures por parte da polícia chinesa durante manifestações constitui genocídio. Uso este termo intencionalmente.»

E é isto que a elite reinante na Europa, a súcia politicamente correcta e pretensamente iluminada, quer à força enfiar pela Europa adentro.

11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"ou seja, a verdadeira razão que orienta as palavras do condutor da Ásia Menor: «Não há genocídio na nossa civilização. A nossa civilização é a civilização do amor, da tolerância e da irmandade.»"

lol parece até um europeu anti-racista, multiracialista, cristao a falar.
Mas esses so se ficam pelas palavras, depois não andam a acolher imigrantes às carradas prejudicando o seu proprio povo, não andam a alterar as leis para agradar aos imigrante, em nome do amor, da ajuda aos outros, irmandade, etc.
Esses são espertos.

24 de março de 2010 às 01:35:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Falando em Uigur... Creio que o povo Tocariano, com língua aparentada ao Celta e ao Itálico (é, não do Iraniano ou das línguas da Índia!) foi absorvido por este povo túrquico.

Se não me engano, vi no blogue do Dienekes um estudo e nele constava que boa parte da genética do povo Uigur é de origem europeia. De qualquer forma, dá para achar muita gente loura por lá. =)

24 de março de 2010 às 01:43:00 WET  
Blogger Thor said...

os tocarianos eram arianos no passado, mas hoje em dia, já pouco devem ter de ariano, tal como hindus, iranianos e afins...

24 de março de 2010 às 13:13:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«A Turquia é um país ocidental? De facto, nenhum outro estado muçulmano fez tanto em prol do laicismo, promoveu tantas reformas e não se poupou a meios para se ocidentalizar. Porém, trocou a tradição kemalista por uma renovada islamização sub-reptícia e continua a furtar-se a reconhecer oficialmente o genocídio arménio, a limpeza étnica dos Gregos da Ásia Menor, os crimes do Império Otomano e a repressão da minoria curda. Ancara parece ter sofrido apenas uma democratização de fachada pelo simples desejo de participar na prosperidade europeia. A sua candidatura é problemática porque os argumentos a favor e contra se equilibram. Na verdade, a ambiguidade turca é menos inquietante do que a fraqueza europeia que aceita sem entusiasmo e rejeita sem paixão.»

Pascal Bruckner, in «O Complexo de Culpa do Ocidente», pp. 43-44

24 de março de 2010 às 18:07:00 WET  
Blogger SOS DIREITOS HUMANOS said...

DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA...



"As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
têm direito inalienável à Verdade, Memória,
História e Justiça!" Otoniel Ajala Dourado



O MASSACRE APAGADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA


No município de CRATO, interior do CEARÁ, BRASIL, houve um crime idêntico ao do “Araguaia”, foi o MASSACRE praticado pelo Exército e Polícia Militar do Ceará em 10.05.1937, contra a comunidade de camponeses católicos do SÍTIO DA SANTA CRUZ DO DESERTO ou SÍTIO CALDEIRÃO, cujo líder religioso era o beato "JOSÉ LOURENÇO GOMES DA SILVA", paraibano de Pilões de Dentro, seguidor do padre CÍCERO ROMÃO BATISTA, encarados como “socialistas periculosos”.



O CRIME DE LESA HUMANIDADE


O crime iniciou-se com um bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como metralhadoras, fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram na “MATA CAVALOS”, SERRA DO CRUZEIRO, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como juízes e algozes. Meses após, JOSÉ GERALDO DA CRUZ, ex-prefeito de Juazeiro do Norte/CE, encontrou num local da Chapada do Araripe, 16 crânios de crianças.


A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS


Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará é de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira e Acordos e Convenções internacionais, por isto a SOS DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - CE, ajuizou em 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo: a) que seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) a exumação dos restos mortais, sua identificação através de DNA e enterro digno para as vítimas, c) liberação dos documentos sobre a chacina e sua inclusão na história oficial brasileira, d) indenização aos descendentes das vítimas e sobreviventes no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos



A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO


A Ação Civil Pública foi distribuída para o Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, para a 16ª Vara Federal em Juazeiro do Norte/CE, e lá em 16.09.2009, extinta sem julgamento do mérito, a pedido do MPF.



AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5


A SOS DIREITOS HUMANOS apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife/PE, argumentando que: a) não há prescrição porque o massacre do SÍTIO CALDEIRÃO é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do CZAR ROMANOV, que foi morta no ano de 1918 e a ossada encontrada nos anos de 1991 e 2007;



A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA


A SOS DIREITOS HUMANOS, igualmente aos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, pelo DESAPARECIMENTO FORÇADO de 1000 pessoas do SÍTIO CALDEIRÃO.


QUEM PODE ENCONTRAR A COVA COLETIVA


A “URCA” e a “UFC” com seu RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR) podem localizar a cova coletiva, e por que não a procuram? Serão os fósseis de peixes do "GEOPARK ARARIPE" mais importantes que os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO?



A COMISSÃO DA VERDADE


A SOS DIREITOS HUMANOS busca apoio técnico para encontrar a COVA COLETIVA, e que o internauta divulgue a notícia em seu blog/site, bem como a envie para seus representantes no Legislativo, solicitando um pronunciamento exigindo do Governo Federal a localização da COVA COLETIVA das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO.


Paz e Solidariedade,



Dr. Otoniel Ajala Dourado
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br

25 de março de 2010 às 01:41:00 WET  
Blogger Caturo said...

«os tocarianos eram arianos no passado, mas hoje em dia,»

Mas qual «hoje em dia», não há hoje em dia nenhum, já não há Tocarianos. Os únicos arianos da Ásia são os Hindus, os Iranianos, os Kalasha e os Curdos.

25 de março de 2010 às 12:05:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Mas qual «hoje em dia», não há hoje em dia nenhum, já não há Tocarianos. Os únicos arianos da Ásia são os Hindus, os Iranianos, os Kalasha e os Curdos."


Correcto.E também os Indo-Afegãos,os Arménios e os Burushaski.

25 de março de 2010 às 12:57:00 WET  
Blogger Thor said...

nem sequer esses *

25 de março de 2010 às 16:09:00 WET  
Blogger Thor said...

"Os únicos arianos da Ásia são os Hindus, os Iranianos, os Kalasha e os Curdos."

não. não sequer esses.
tirando, claro, meia-dúzia de excepções a nível individual e não colectivo.

25 de março de 2010 às 16:09:00 WET  
Blogger Caturo said...

Sim, esses também - hindus, iranianos, kalasha, curdos, afegãos a nível colectivo são arianos, salvo algumas excepções.

25 de março de 2010 às 16:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

E os Burushaski?Também são arianos?

25 de março de 2010 às 17:23:00 WET  

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