quarta-feira, março 10, 2010

EUA PEDEM DESCULPA À LÍBIA POR TEREM CONSIDERADO DISPARATADO O APELO À GUERRA SANTA CONTRA A SUÍÇA...

Como é sabido, o líder líbio Muamar Cadáfi tem apelado à «jihad» («guerra santa») contra a Suíça, para já na forma de boicote mundial islâmico a tudo o que fosse suíço, para castigar o resultado do referendo suíço a proibir os minaretes.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano PJ Crowley comentou esse apelo: «montes de palavras, não necessariamente montes de senso».

Ora o governo líbio não gostou dessa opinião. Na passada semana, a Corporação Nacional do Petróleo líbio avisou as empresas petrolíferas norte-americanas sobre possíveis «repercussões» do comentário de Crowley.

Acto contínuo, este último veio recentemente pedir desculpa pelo que disse: «Compreendo que os meus comentários pessoais foram entendidos como um ataque pessoal ao presidente. Estes comentários não reflectem a política dos EUA e não tinham a intenção de ofender. Peço desculpa se foram tomados de outro modo. Lamento que os meus comentários se tenham tornado num obstáculo ao progresso na nossa relação bilateral.»

Como o embaixador líbio nos EUA tivesse explicado que a «jihad» referida por Cadáfi significava um boicote económico «não um ataque armado», Crowley continuou a sua dimiesca «mea culpa»: «Eu devia ter focado somente a nossa preocupação pelo termo "jihad", que foi desde então clarificado pelo governo líbio
Ufa, que alívio. Afinal a ideia não é fazer sangue, é simplesmente criar um cerco que asfixie um povo europeu que, racista e xenófobo e islamófobo!!!!!, teve a ousadia de querer exercer o seu poder sobre a sua própria terra. Sendo assim, tudo bem, não é nada disparatado apelar à guerra santa, que é só comercial, não é não...

Porque o petróleo está acima da lucidez e da dignidade de muitos, e porque a elite ocidental, predisposta a dar a outra face ao agressor, usa todos os pretextos «racionais» para o fazer, parecendo ter como favorito o da alegada necessidade de «não comprometer os esforços de paz», que serviram por exemplo para que a administração Obama e politicagem correcta adjacente tenha criticado o reconhecimento do genocídio arménio por parte do Congresso norte-americano... (pergunte o caro leitor a qualquer politicamente correcto que conheça cá no burgo o que acha ele desta questão e verá... isso do genocídio só é incontornável e gravíssimo quando é cometido por Europeus, porque se em vez de serem Europeus forem muçulmanos ou quaisquer outros os seus autores, nesse caso outros valores mais altos se alevantam...)

Numa altura em que a tensão entre o Ocidente e o Islão é notória e crescente, o uso da palavra «jihad» por parte de um destacado líder árabe é, na melhor das hipóteses, um sinal de irresponsabilidade; na pior, uma incitação ao ódio, agora sonsamente disfarçado com uma explicaçãozita supostamente pacificadora.
Em qualquer dos casos, é uma asquerosa tentativa de violar o sagrado direito que um Povo tem de mandar no seu próprio espaço, uma atitude de gentalha pegajosa que, mercê da sua suja arrogância e da sua miséria de espírito, não tolera a liberdade alheia.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

EUA, EUA, EUA...
...os mesmos EUA que desenvolveram a maior parte das teorias multiculturalistas e multirracialistas que hoje vigoram na Europa...

...os mesmo EUA que arrasaram Dresden sem necessidade nenhuma...

...os mesmos EUA que querem a Turquia na Europa...

...os mesmo EUA que, a troco de petróleo, não se importariam que a Europa se transformasse num mega-estado islâmico!

11 de março de 2010 às 11:01:00 WET  

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