ANIVERSÁRIO DA CONQUISTA DE LISBOA AOS MOUROS
Deste gracioso site, retira-se a epopeia que a seguir se lê, sobre a dura e gloriosa gesta de tomada da cidade que é hoje a capital da Nação, feito alcançado pelo fundador do Estado Português, auxiliado por guerreiros europeus de além Pirinéus no combate contra os invasores muçulmanos vindos do norte de África, episódio particularmente épico da milenar guerra entre Ocidente e Islão:
A Tomada de Santarém aguçou os brios e cobiças de Afonso Henriques, que talvez já meditasse igual proeza contra Lisboa, quando em princípios de Junho é informado de que aportara à Galiza uma armada de cruzados em viagem para a Síria.
Afonso Henriques convoca logo à pressa os seus barões e, com efeito, a 16 de Março de 1147, entram no rio Douro 160 navios de Ingleses, Normandos, Aquitanos, Flamengos e Alemães, sob o comando os nobres ingleses Hervey de Granville, Simão de Dover, André e Sahério de Archelles, do flamengo Cristiano de Gistell e do conde alemão Areschott.
Feito o convite e ajustado o preço de auxílio - saque da opulenta Lisboa e franquias aos Cruzados que quisessem estabelecer-se no país - o Rei marcha de Coimbra para Lisboa, engrossando pelo caminho a sua hoste com peonagem de alguns concelhos.
A 22 de Março, no Porto, o Bispo D. Pedro chama a um cemitério alguns Cruzados para lhes expor o plano de ataque por mar e por terra. No dia 25 os navios levantam ferro com rumo a Lisboa, onde chegam três dias depois, véspera de S. Pedro.
No dia seguinte chega, por terra, a hoste real com cerca de 5000 homens. Sobem-se os panos das tendas - as mesnadas dos barões portugueses ao norte, no monte da Graça, com Ingleses, Normandos e Aquitanos, uns 5000 homens, à sua direita e Alemães e Flamengos, outros 5000 homens, à sua esquerda, apoiando ambas as pontas da meia-lua nas praias do Tejo, onde os 160 barcos normandos cerravam pelo sul, estreitamente, o círculo de ferro.
O Rei toma então o comando das tropas de assalto, reservando para as suas 1000 lanças a missão de cortar as comunicações da praça com algum dos castelos mouros de Sintra, Alenquer, Óbidos ou Torres Vedras. Afonso Henriques, insofrido ou temerário, ordena logo o primeiro assalto.
Nos primeiros dias de Julho, os Ingleses iniciam com descargas de pedras o ataque aos subúrbios de Lisboa, cujos habitantes, do alto dos muros, se defendem com tiros de arco e besta, até ao cair da noite. Incendiado o casario e generalizado o combate nas escuras vielas, os Mouros são expelidos em massa para dentro da cidade, que se preparava para uma defesa a toda a força.
Mais quinze dias se passaram, quer em contínuos ataques e contra-ataques, quer na construção das poderosas máquinas de expugnação.
Entretanto, após algumas inúteis investidas dos mouros, a 3 de Agosto, os Cristãos dão o seu assalto geral.
Pela primeira vez se aproximam das muralhas a bastida dos Alemães, repleta de flecheiros, e a torre dos Ingleses, alta de 95 pés, enquanto as sete catapultas e alguns arietse atroam o ar com descargas de projécteis e os gritos desvairados de assaltantes e sitiados, os relâmpagos da resina, alcatrão, azeite e estopa a arder, envolvem a cidade num tumulto imenso de apocalipse.
Ao fim duma tarde ardente de batalha, do alto dos seus muros, os Mouros num supremo esforço de defesa, conseguem incendiar as torres e arruinar algumas das catapultas. O assalto malograra-se.
Aguarela de Roque Gameiro sobre a Tomada de Lisboa A Tomada de Santarém aguçou os brios e cobiças de Afonso Henriques, que talvez já meditasse igual proeza contra Lisboa, quando em princípios de Junho é informado de que aportara à Galiza uma armada de cruzados em viagem para a Síria.
Afonso Henriques convoca logo à pressa os seus barões e, com efeito, a 16 de Março de 1147, entram no rio Douro 160 navios de Ingleses, Normandos, Aquitanos, Flamengos e Alemães, sob o comando os nobres ingleses Hervey de Granville, Simão de Dover, André e Sahério de Archelles, do flamengo Cristiano de Gistell e do conde alemão Areschott.
Feito o convite e ajustado o preço de auxílio - saque da opulenta Lisboa e franquias aos Cruzados que quisessem estabelecer-se no país - o Rei marcha de Coimbra para Lisboa, engrossando pelo caminho a sua hoste com peonagem de alguns concelhos.
A 22 de Março, no Porto, o Bispo D. Pedro chama a um cemitério alguns Cruzados para lhes expor o plano de ataque por mar e por terra. No dia 25 os navios levantam ferro com rumo a Lisboa, onde chegam três dias depois, véspera de S. Pedro.
No dia seguinte chega, por terra, a hoste real com cerca de 5000 homens. Sobem-se os panos das tendas - as mesnadas dos barões portugueses ao norte, no monte da Graça, com Ingleses, Normandos e Aquitanos, uns 5000 homens, à sua direita e Alemães e Flamengos, outros 5000 homens, à sua esquerda, apoiando ambas as pontas da meia-lua nas praias do Tejo, onde os 160 barcos normandos cerravam pelo sul, estreitamente, o círculo de ferro.
O Rei toma então o comando das tropas de assalto, reservando para as suas 1000 lanças a missão de cortar as comunicações da praça com algum dos castelos mouros de Sintra, Alenquer, Óbidos ou Torres Vedras. Afonso Henriques, insofrido ou temerário, ordena logo o primeiro assalto.
Nos primeiros dias de Julho, os Ingleses iniciam com descargas de pedras o ataque aos subúrbios de Lisboa, cujos habitantes, do alto dos muros, se defendem com tiros de arco e besta, até ao cair da noite. Incendiado o casario e generalizado o combate nas escuras vielas, os Mouros são expelidos em massa para dentro da cidade, que se preparava para uma defesa a toda a força.
Mais quinze dias se passaram, quer em contínuos ataques e contra-ataques, quer na construção das poderosas máquinas de expugnação.
Entretanto, após algumas inúteis investidas dos mouros, a 3 de Agosto, os Cristãos dão o seu assalto geral.
Pela primeira vez se aproximam das muralhas a bastida dos Alemães, repleta de flecheiros, e a torre dos Ingleses, alta de 95 pés, enquanto as sete catapultas e alguns arietse atroam o ar com descargas de projécteis e os gritos desvairados de assaltantes e sitiados, os relâmpagos da resina, alcatrão, azeite e estopa a arder, envolvem a cidade num tumulto imenso de apocalipse.
Ao fim duma tarde ardente de batalha, do alto dos seus muros, os Mouros num supremo esforço de defesa, conseguem incendiar as torres e arruinar algumas das catapultas. O assalto malograra-se.
Dias passaram. Já o desânimo conquistava as almas dos Cruzados, quando se soube por um prisioneiro mouro que dentro das muralhas de Lisboa, os sitiados na praça, extenuados, sem víveres, sem munições, chegados ao último aperto, desesperavam já de receber auxílios do sul, de Évora ou Alcácer, por motivo da anarquia que lavrava em todo o Gharb. Redobraram logo de actividade os duros trabalhos do cerco.
Os ingleses, a poente, montaram duas balistas, servidas por cem homens que despediam em média quinhentas pedras por hora contra os muros. Um engenheiro pisano começou a construir com os Portugueses outra altíssima bastida. Do lado dos Alemães, os sapadores avançam, minando e espalhando lenha até aos muros da fortaleza.
No dia de S. Miguel, 29 de Setembro, uma sortida dos Mouros contra o acampamento alemão, com intuito de sabotarem as minas, é repelida. Desde então, os ataques dos Alemães a nascente e dos Ingleses a oeste, com bastidas e catapultas que vomitam milhares de dardos, pedras e lanças, não param de aumentar nos princípios de Outubro. E os sapadores íam minando, minando...
Até que em meados de Outubro, quando a torre do pisano ficou pronta e a mina chegada à muralha, o Rei ordenou novo assalto para a noite de 16. Deitou-se fogo às vigas de madeira, assentaram-se as balista, formaram-se os troços de assalto. E assim que se ouviu o estrondo da derrocada, e todo um pano da muralha oriental abriu brecha, os sitiantes lançaram-se ao assalto, ferozes. Dia e noite, peito a peito, de 17 a 21, Alemães, Flamengos e Mouros, constantemente revezados, bateram-se com desespero na larga brecha do muro.
A 21 de Outubro de 1147, no seu sector, os Ingleses aproximaram, quase encostada à muralha, a sua nova bastida para lançarem gente no adarve. Ao mesmo tempo, os portugueses, do seu acampamento a norte, lançavam um vigoroso ataque à porta do castelo, depois chamada de Martin Moniz. Então os Mouros, já exaustos, sem forças para acudir aos três pontos atacados, pedem armistício, capitulam.
Dois dias se passam em ajustes. A 23 um grupo de Alemães e Flamengos, forçando a ordem de el-Rei, penetra pela brecha na cidade e entrega-se a todos os excessos, ávidos de ouro e de mulheres, mais acirrados pelos quatro meses de heróica resistência.
A 24 de Outubro de 1147, Afonso Henriques toma posse da cidade e no dia seguinte fazia a sua entrada triunfal, à testa de um luzido cortejo de barões, cavaleiros, homens de armas.
À Tomada de Lisboa, seguiu-se naturalmente a queda da rede de castelos que Lisboa dominava. Almada e Palmela foram abandonados pelos mouros. O de Sintra rendeu-se a um grupo de cavaleiros portugueses. Nos fins desse ano (1147) a fronteira ficava enfim na linha do Tejo.
E aqui pode ler-se uma carta de um cruzado inglês a narrar em pormenor os acontecimentos, que presenciou.
É uma vitória de Portugal, uma vitória da Europa, que seria assinalada com a devida celebração por parte das autoridades estatais, se às elites reinantes não fosse conveniente o esquecimento por parte do Povo de quem são os seus maiores inimigos externos - porque os inimigos internos do Povo querem afastar o alerta tanto quanto possível da consciência popular.
Louve-se pois e cultive-se o exemplo de Afonso Henriques e de todos os portugueses e demais europeus que morreram para que a urbe fundada por Ulisses fosse lusa - e, entre estes, em particular o de Martim Moniz, protótipo do herói cujo auto-sacrifício abre as portas à Glória.
7 Comments:
mais uma derrota para os nacionalistas
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/tratado-de-lisboa-republica-checa-uniao-europeia-tvi24/1098133-4073.html
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=93&did=76366
Mais uma derrota para os nacionalistas, não, mais uma derrota para as nações europeias - porque, politicamente, a escumalha tem pelos vistos tanto medo dos nacionalistas, e da opinião popular, que não se atreveu a fazer referendos na maior parte dos países onde estava prometido que haveria referendo, precisamente porque teve medo de não conseguir impedir o povo de votar «não».
Incha porco! Não há volta a dar, o vosso lugar é no caixote de lixo da história!
Deve ser por isso, ó filhadaputa, que cada vez que aparecemos em cena vocês guincham como porcos na matança. :)
E com razão, porque sentem que o cutelo vai a caminho das vossas cacholas. :=) :;)
"Incha porco! Não há volta a dar, o vosso lugar é no caixote de lixo da história!"
Se soubesses quantos generais, monarcas e imperadores ouviram frases como essa antes de o serem ao longo da história, certamente não farias a figura ridícula que insistes em fazer...
O tipo é acéfalo e por isso diz estes clichés.
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