BISPO ESPANHOL PRONUNCIA-SE CONTRA LEI DA IMIGRAÇÃO QUE CONTRARIA OS VALORES CRISTÃOS

Madrid, 05 Agosto (RV)

– O Presidente da Comissão Episcopal de Migrações da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Dom José Sánchez, falando sobre a reforma da Lei de Estrangeiros em Espanha e na Europa, disse que seria lamentável que a mesma impusesse penas aos que acolhem os imigrantes ilegais, porque desta maneira se estaria a sancionar a hospitalidade, um dos gestos de identidade dos cristãos. Em carta, o Prelado recordou que quando Cristo disse “fui estrangeiro e acolheram-me”, ensinou aos seus discípulos a serem hospitaleiros para com os estrangeiros. Entretanto, advertiu que na reforma da Lei de Estrangeiros “um dos pontos mais debatidos é a hospitalidade”. “No empenho em perseguir os imigrantes em situação irregular ou ‘sem documento’ chegou-se a expor a possibilidade de sancionar as pessoas que dessem hospitalidade, que acolhessem e mantivessem às suas custas imigrantes ‘sem documentos’, castigando assim a atitude generosa ou a virtude de hospitalidade com penas reservadas aos delitos”, assinalou. Dom Sánchez disse que embora, devido ao alto índice de desemprego, se possa “cair na tentação de pensar que os estrangeiros, documentados ou não-documentados, são uma pesada carga para nós”, devemos recordar que em outros momentos de prosperidade, “abrimos-lhes generosamente as portas, porque necessitávamos deles”. O prelado recordou aos Espanhóis que a maior mobilidade e o contacto com pessoas de outras culturas oferecem “a grande oportunidade” de exercitar a hospitalidade. Por isso, convidou os fiéis a exercerem a virtude da hospitalidade, especialmente com os imigrantes, e a estarem atentos com o rumo que possa tomar essa reforma legislativa. (SP)

Repare-se no que faz o vigário do Judeu Morto: chantagem moral pró-imigrante. Atira à cara dos Europeus uma suposta obrigatoriedade moral de aceitar os imigrantes, mesmo que isso seja penoso em tempos de crise, porque em tempos de prosperidade os Europeus deixaram entrar imigrantes - como se por deixar entrar imigrantes uma vez, isso significasse que doravante passa a ser obrigatório deixar entrar todos os imigrantes, eternamente. É um truque moral que visa atar as mãos ao Europeu para que fique incapaz de fechar as portas da sua própria casa.

Parte também da distorção moral, muito frequente nos meios merdiáticos e anti-racistas, de atribuir um valor acrescido à imigração de maneira a tocar as raias do sentimentalismo e de um aberrante «sentido de dívida». A mais cristalina lucidez indica que o imigrante é simplesmente um trabalhador que vem de fora, mas só tem de vir se e enquanto for necessário, nem mais nem menos do que isso. Do mesmo modo que um pedreiro não tem nenhum direito automático de ficar a morar na casa que construiu, também o imigrante não tem qualquer direito a permanecer no país em que trabalha quando o seu trabalho deixar de ser aí necessário. Repare-se também no modo como o bispo incita à sabotagem da ordem europeia: «olhem que a Lei pode ser contrária aos vossos valores cristãos, portanto contrariem-na...». Trata-se, de resto, de um modus operandi muito cristão, desde o tempo das catacumbas romanas: o espírito subversivo contra o sistema que não obedecer aos ditames cristãos.

O que diz este proeminente clérigo é, enfim, mais um testemunho, mais um, de que o Nacionalismo é incompatível com o Cristianismo - é mais um testemunho, mais um, entre muitos outros, incontáveis, que o Gladius tem exposto ao longo dos anos. Nunca é de mais repetir o óbvio que alguns querem esconder ou distorcer: que a doutrina moral cristã choca de frente com a ética nacionalista, que os valores morais cristãos são como vírus infiltrados no organismo Europa, vírus que ao longo de dois mil anos de incubação e desenvolvimento deram origem ao anti-racismo e ao universalismo militantes.

A mentalidade cristã constitui pois um terreno traiçoeiro para quem não estiver eticamente vacinado: na medida em que seja assumida como parte do Ocidente, tomada como elemento identitário ocidental, que é o que muitos querem, tem nesse caso o efeito de uma verdadeira facada nas costas do Movimento Nacionalista. Está a hoste nacionalista a lutar pela Estirpe, a marchar contra a imigração e quando menos espera tem cravada nos costados o punhal moral cristão: os Nacionalistas vão para a linha da frente do combate identitário, mas têm atrás de si, ou por vezes no seu interior, quem no fundo não se sinta bem com isso, quem tenha ao fim ao cabo uma sensibilidade cristã, e este veneno inoculado nas veias dos ocidentais pode sabotar o esforço de resistência racial e abrir uma brecha, por dentro, no muro do baluarte identitário.