ORGANIZAÇÃO MUÇULMANA DECLARA OS SEUS REAIS PROPÓSITOS NO LÍBANO

Tal como fez no último mês em várias capitais mundiais, a organização muçulmana Hizb ut-Tahrir levou a cabo no Líbano um evento explicativo dos seus ideais e objectivos. É esclarecedor o que neste encontro foi dito e pode ser lido, com imagens, neste vídeo

. Salah Al-Din 'Adhadhda, membro da secção de imprensa da Hizb Al-Tahrir no Líbano discursou assim: «Viemos aqui para falar do pináculo do Islão - Jihad (guerra santa) em nome de Alá. Uma vez que a jihad - tal como outros preceitos da charia (lei islâmica) - foi sujeita a distorção e a perversão, devido à invasão cultural e ideológica da qual a nossa nação continua a sofrer, e uma vez que a nação perdeu o verdadeiro significado da jihad, e na mente de muitos de nós, a jihad tornou-se sinónimo de resistência, conduzida por um grupo de jovens muçulmanos com algumas capacidades - a jihad de uma nação de mais de mil e quinhentos milhões foi reduzida à matança de americanos no Iraque, de um britânico no Afeganistão, de um judeu na Palestina, de um russo na Tchetchénia. Assim, a nação vai para as ruas das suas cidades para celebrar a matança de doze aqui e de cem ali. A nação perdeu de vista o facto de que não deveria realmente celebrar, mesmo que a Palestina, o Iraque e o Afeganistão fossem libertados, porque estas ocupações resultaram da negligência e do silêncio da nação, perante os seus regimes corruptos. Embora os crimes destes líderes colaboracionistas sejam óbvios - como é a sua assistência na ocupação dos nossos países pelos países infiéis - a nossa nação esqueceu que a verdadeira celebração deve apenas ocorrer com a conquista das capitais do mundo pela mensagem do Islão, de modo a salvar e libertar a humanidade, tirando as pessoas da escuridão e da tirania do capitalismo e levá-las para a luz e justiça do Islão.» Preto no branco: o Islão tem de conquistar tudo e todos; e a guerra na Palestina é afinal religiosa e faz parte da campanha de islamização, em vez de, como dizem certos anti-sionistas e politicamente correctos, ser consequência da «opressão judaica». Outro orador foi Muhammad Ibrahim, conselheiro do conselho da Hizb Al-Tahrir no Líbano: «A Jihad no Islão tem duas vias. O primeiro tipo é a jihad ofensiva, na qual os muçulmanos combatem os infiéis de modo a levar-lhes a mensagem do Islão, a puxar os infiéis da escuridão para a luz. Este tipo de jihad sofreu a mais violenta campanha cultural e ideológica do Ocidente, porque os infiéis viram aí o estilhaçar dos seus interesses - interesses que exploram os seres humanos, sugando-lhes o sangue. A jihad é o caminho para salvar a humanidade da privação e da dureza das suas vidas. O Ocidente dirigiu as suas flechas intensamente contra a jihad, porque se apercebeu do quão perigosa é a jihad para a civilização e a cultura ocidentais. O Ocidente distorceu a jihad, apresentando-a como um ataque evidente contra pessoas, derramando o seu sangue, subjugando-os, oprimindo-os, saqueando os seus recursos, enfim. Distorceu o verdadeiro significado da jihad. Diz-se que alguns muçulmanos se agarraram ao Ocidente e foram influenciados pela cultura ocidental. Estas pessoas foram ao ponto de repetir as pretensões de muitos orientalistas - que a jihad é apenas defensiva, e que não há verdade no que está a ser disseminado sobre a jihad ofensiva ou guerra ofensiva. Assim, alinharam-se com a cultura ocidental. Piores são os que, tal como os inimigos do Islão, consideram a jihad como agressão e terrorismo. (...) Algumas pessoas tentaram interpretar a jihad como sendo nada mais do que auto-defesa. Deste modo, os muçulmanos abandonaram o pináculo da sua glória e alijaram-se da sua responsabilidade perante o mundo, como resultado da sua fraqueza ideológica e da sua falta de entendimento das leis da charia do profeta Maomé. Em princípio, a jihad é ofensiva, e foi instituída para disseminar o Islão em todo o mundo.»

Só continua pois a ignorar o perigo islâmico quem quer ser autista, ou pura e simplesmente traidor ao Ocidente.