«UM PROJECTO TOTALITÁRIO À MANEIRA SOVIÉTICA NO REINO UNIDO»

É sintomático o que diz um jornalista russo, Nikolai Bukharin, a respeito do avanço do totalitarismo de tipo soviético no Reino Unido - sintomático porque, mutatis mutandis, aplica-se ao resto do Ocidente, Portugal incluído.
Sucede simplesmente que na velha Albion a campanha inquisitorial anti-racista, e não só, já está particularmente avançada, chegando ao ponto de prender ou pelo menos processar crianças a título criminal.
Como diz Bukharin, o objectivo da Revolução Bolchevique era «alterar a psicologia das pessoas», e o que se está a fazer hoje na Britânia é uma campanha para alterar a psicologia humana de modo a criar um novo «Homo Britannicus».

Não é por acaso que se atribui a designação de «engenheiros de almas» a Estaline e quejandos. O totalitarismo visa sempre a construção de algum tipo de «homem novo», o que levou por exemplo o bretão Le Pen a demarcar-se do Fascismo, precisamente porque, ao contrário da doutrina de Mussolini, não queria criar um «homem novo».

O governo britânico já está a preparar legislação para criminalizar anedotas politicamente incorrectas, prevendo como punição para as mesmas penas que poderão chegar a, note-se, sete anos de cadeia. A Casa dos Lordes tentou inserir uma ressalva pela liberdade de expressão, mas o secretário da Justiça Jack Straw não deixou que tal acontecesse. O mesmo Straw tinha sido ouvido a qualificar o seu próprio povo como «potencialmente muito agressivo», devido à propensão inglesa para a violência, que levou à subjugação da Irlanda, de Gales e da Escócia, o que até é verdade em parte, mas que, no contexto, não deixa de demonstrar a tibieza interior dos Straws («Straw» é «palha» em Inglês, curiosamente) que por aí andam: não passa o argumento anti-imperial de um pretexto para fazer os Ingleses terem vergonha do seu passado e até estarem dispostos a rejeitarem a sua própria natureza, a partir do momento em que esta é dada como simplesmente agressora, o que, evidentemente, é meio caminho andado para convencer o Povo a deixar-se dissolver no caldeirão da salsada racial...

Deram-se já um caso de um cidadão preso só porque se queixou da discriminação positiva a favor das minorias étnicas. Noutro caso, uma rapariga de catorze anos chegou a ser levada para uma cela de esquadra porque disse à professora que não conseguia participar num trabalho de grupo com colegas que só falavam Urdu (hindi com influência árabe, falado no Paquistão). Uma criança de dez anos foi presa e levada perante um juiz por ter chamado «paki» (termo depreciativo para paquistanês) e «bin Laden» a um colega um ano mais velho, sendo que este lhe tinha antes disso chamado «skunk» e «Teletubby» (brinquedo)...