FAMOSO POETA ÁRABE ATREVE-SE A CRITICAR PUBLICAMENTE O MONOTEÍSMO
Um famoso poeta sírio, que usa o pseudónimo de «Adónis» (nome de um semi-deus grego de possível origem semita) e é considerado por muitos críticos como o maior poeta árabe vivo, declarou recentemente em Roma que os obstáculos para um diálogo «sincero e criativo» entre os Árabes e o Ocidente são muitos e têm origem na mensagem «específica e única» que «exclui os outros» e é parte de toda a religião monoteísta. Diz por isso que «se queremos um verdadeiro diálogo baseado na igualdade dos seres humanos e não na simples tolerância, temos de remover estes obstáculos.»
Na mesma cidade em que proferiu estas asserções irá participar numa conferência internacional com o título «Reconstruir o Diálogo com o Mundo Árabe». Argumenta o sírio que é necessário compreender as razões que levam a que a mensagem monoteísta acaba por significar, na prática, uma ideologia que transforma a palavra divina num instrumento de poder. Assim, o chamado diálogo entre religiões monoteístas é limitado pelo facto de que qualquer desses credos exclui a outra na sua visão de Deus. Como consequência, «o pensamento mediterrânico move-se numa espécie de prisão ideológica. Exemplo disso é o dos fundamentalistas judeus a definirem o território que ocupam como "território bíblico libertado". Os muçulmanos respondem contestando tais reivindicações. Se o mesmo Deus é prisioneiro da revelação dos seus livros ao homen, o mesmo homem é prisioneiro desta revelação escrita, nos seus pensamentos, acções, raciocínio e coração. Por conseguinte, a libertação desta prisão é a condição necessária para criar um diálogo suficientemente racional. Não se trata de simplesmente evitar a religião, mas sim de corrigir os defeitos na visão monoteísta do homem no mundo.»
Na mesma cidade em que proferiu estas asserções irá participar numa conferência internacional com o título «Reconstruir o Diálogo com o Mundo Árabe». Argumenta o sírio que é necessário compreender as razões que levam a que a mensagem monoteísta acaba por significar, na prática, uma ideologia que transforma a palavra divina num instrumento de poder. Assim, o chamado diálogo entre religiões monoteístas é limitado pelo facto de que qualquer desses credos exclui a outra na sua visão de Deus. Como consequência, «o pensamento mediterrânico move-se numa espécie de prisão ideológica. Exemplo disso é o dos fundamentalistas judeus a definirem o território que ocupam como "território bíblico libertado". Os muçulmanos respondem contestando tais reivindicações. Se o mesmo Deus é prisioneiro da revelação dos seus livros ao homen, o mesmo homem é prisioneiro desta revelação escrita, nos seus pensamentos, acções, raciocínio e coração. Por conseguinte, a libertação desta prisão é a condição necessária para criar um diálogo suficientemente racional. Não se trata de simplesmente evitar a religião, mas sim de corrigir os defeitos na visão monoteísta do homem no mundo.»
2 Comments:
Vá lá, um árabe que fala como gente grande.
Vá lá, um árabe que fala como gente grande.
Não me pareça que tenhas qualquer qualificação para avaliares "gente grande".
Enviar um comentário
<< Home