SOBRE A GUERRA IDEOLÓGICA E A LAVAGEM CEREBRAL DAS ELITES DE MANEIRA A VIRÁ-LAS CONTRA A NAÇÃO

Merece atenta e reflectida vista de olhos este site que a camarada Sílvia Santos aqui trouxe e que contém vários vídeos (traduzidos para Português do Brasil) duma entrevista feita em 1983 a Yuri Alexandrovich Bezmenov, ex-agente da KGB e dissidente da União Soviética, sobre a infiltração ideológica soviética nos meios intelectuais do Ocidente que tinha por intuito a formação de novas gerações predispostas a aceitar os ideais comunistas e a quedarem-se incapazes de resistir à ofensiva política e até militar soviética.

Ora apesar de já ter vinte e tal anos, o que Bezmenov é, mutatis mutandis, essencialmente actual - substitua-se, no seu discurso, o Comunismo pelo universalismo militante, e o «Americano» pelo «Ocidental», e tem-se o que de facto se passa nos dias de hoje, com mais uma ressalva ainda: é que este trabalho de sapa, de sabotagem do Ocidente, é milenarmente mais profundo do que qualquer trabalho soviético ou mesmo gramsciano... começa pelo menos há dois mil anos, se não for antes, estão aí as raízes mais sólidas e vitais do veneno que corrói o Ocidente.

Salienta-se sobretudo o que o soviético diz neste vídeo:

«(...) um processo lento ao qual chamamos subversão ideológica ou medidas activas de guerra psicológica. Isto significa mudar a percepção da realidade, até ao ponto de, apesar da abundância de informações, ninguém ser capaz de chegar às conclusões correctas, no interesse de se defenderem a si próprios, às suas famílias, às suas comunidades e ao seu país. É um grande processo de lavagem cerebral que é muito lento e divide-se em quatro etapas básicas: o primeiro é a desmoralização, e leva-se quinze a vinte anos para se desmoralizar uma nação. Porquê tantos anos? Porque este é o número mínimo de anos necessário para educar uma geração de estudantes no país do seu inimigo, exposto à ideologia do inimigo. Por outras palavras, a ideologia marxista-leninista vai sendo injectada nas cabeças moldáveis de pelo menos três gerações de estudantes sem ser questionada ou contrabalançada pelos valores básicos do Americanismo. O resultado pode-se ver: a maioria das pessoas que se graduaram nos anos sessenta - desistentes ou intelectuais semi-idiotas - estão agora em posições de poder no governo, no serviço público, nas empresas, nos média e no sistema educacional. Vocês estão entulhados com eles e não se conseguem deles livrar. Eles estão contaminados e programados para pensar e reagir a certos estímulos. Vocês não podem mudar as ideias deles e mesmo que os exponham a informações autênticas e se provarem que claro é claro e escuro é escuro, mesmo assim não conseguirão alterar a percepção básica e o comportamento lógico. Por outras palavras, o processo de desmoralização é completo e irreversível. Para livrar a sociedade dessas pessoas, são necessários mais quinze ou vinte anos para educar uma nova geração de pessoas patrióticas e de bom senso (...).»