terça-feira, setembro 23, 2008

A VIOLÊNCIA AFRICANA CONTRA OS BRANCOS NAS RUAS DE FRANÇA

Apresentam-se seguidamente uns quantos excertos deste valioso artigo, aqui trazido pela camarada Sílvia Santos, que denuncia a violência africana e norte-africana em solo francês, o que se afigura como particularmente significativo dado que o jornal no qual foi publicado, o Le Monde, está claramente enfileirado nas hostes da Esquerda liberal politicamente correcta:

Estes jovens conheceram-se na escola ou no colégio, são apreciadores de Internet e de telefonia, (...) vivem em autarcia, montam negócio juntos, passam do assalto de esticão de manhã ao assalto à mão armada de noite, diagnostica François Jaspart, director da polícia judicial parisiense. Na sua organização, encontram-se um chefe, quadros e trabalhadores. Querem aproveitar-se da sociedade de consumo, que não está ao seu alcance, mas cujo funcionamento observam. Vários relatórios das informações gerais (RG), dos quais Le Monde teve conhecimento, debruçam-se sobre a composição das gangues, sobre o seu uso da violência, bem como sobre um tema abordado tradicionalmente pelos polícias: a origem étnica dos seus membros.
Estes grupos estruturam-se em torno dum núcleo de cinco a quinze pessoas, saídas do mesmo bairro. Contrariamente aos Estados Unidos, não se agrupam em função da sua pertença a um grupo étnico específico, mas a um território - a sua cidade -, elemento chave da sua identidade. Pode-se tratar de um simples agrupamento de amigos que se arrastam juntos ao pé dos seus edifícios ou, pelo contrário, de uma organização muito mais estruturada que se entrega a actividades crapulosas. Em Bagneux, o núcleo duro, quebrado aos actos delinquentes, era animado por Youssouf Fofana. Seguidamente agregaram-se os jovens e os adultos do bairro, mais ou menos implicados, não muito decididos a enveredar pela violência pura. Sequestro prolongado da vítima, sem saída financeira positiva, conduz vários membros a interrogarem-se sobre o interesse da operação. Os pequenos tráfegos constituem a fonte de rendimentos essencial das gangues, mas podem também servir de fachada para actos mais graves. O efeito de treino e mimetismo é notório. "As relações são cada vez mais estreitas entre a violência urbana e a delinquência aquisitiva, que pode chegar precisamente ao grande banditismo", assinalavam os RG num relatório, em Janeiro de 2005. Esta passagem muito rápida da pequena delinquência de bairro à grande criminalidade provoca às vezes uma falta de profissionalismo e de técnica (...). Em 2005, os RG contaram 435 confrontações entre grupos (contra 225 em 2004 e 281 em 2003); fizeram 8 mortes, contra 14 em 2004. A Ile-de-France concentra a metade dos factos contabilizados. "Perante a quebra das antigas formas de solidariedade (família, comunidades de origem, sindicatos, Igrejas, associações…), o "caïdat" sala, seguido rigorosamente pelo radicalismo religioso, invadiu os bairros sensíveis, trazendo um semblante de marcadores de identidades a jovens desencantados" , sublinhava a direcção central das informações gerais (DCRG) em Janeiro de 2005.
(...)
As informações gerais estabeleceram um perfil tipo dos principais delinquentes destes grupos, a partir do estudo de 436 líderes, observados em 24 bairros sensíveis. Entre eles, 87% têm a nacionalidade francesa; 67% são de origem magrebina e 17% de origem africana. Os Franceses de origem não imigrada representam 9% dos líderes, de acordo com os RG.
Se os autores dos actos de delinquência são cada vez mais jovens, a média de idade dos líderes, em contrapartida, é bastante elevada. Mais de metade têm entre o 19 e o 25 anos.


(...)


Se as gangues raramente são homogéneas de um ponto de vista étnico, os jovens de origem africana ligados à delinquência apresentariam todos as mesmas particularidades, a crer numa nota de 3 de Outubro das informações gerais da prefeitura de polícia (RGPP). Uma delas seria "a extrema violência dos seus actos". De acordo com o relatório, "estes jovens reagem com efeito, de maneira desmedida, sobretudo quando estão em grupo, a derrapagem pode verificar-se a qualquer momento. O facto de matar completamente banalizado pela televisão, que filma a morte em directo (...). Dar a morte inscreve-se numa espécie de percurso iniciador que permite ser reconhecido e enaltecer-se perante a gangue, até a desculpa da provocação sob qualquer forma, leva sempre à absolvição."


No mesmo relatório, quatro meses antes dos factos, os polícias falavam já de selvageria, de barbárie, citando a utilização episódica de armas destinadas a infligir feridas graves, como mocas com pregos, sem falar das armas de fogo. Exemplo assinalado pelo RG, o de jovens de Essonne que inalam produtos como cola ou acetona antes de de enfrentar grupos rivais, a fim de tornarem-se insensíveis à dor. " Constata-se uma passagem ao acto violento mais precoce e mais rápido, mas não é necessário apresentar estes jovens como selvagens, nota o investigador Thomas Sauvadet, especialista do fenómeno das gangues. Vivem num ambiente violento, são violentos entre si e sofrem discriminações sentidas como violências. Tudo isto se articula para criar um jovem em estado de guerra psicológica." As informações gerais conduziram ao estudo específico sobre o anti-semitismo nos subúrbios. Em contrapartida, as violências constatadas na ocasião da manifestação liceal de 8 de Março de 2005 contra a lei Filon levaram os polícias a debruçar-se sobre o racismo anti-branco , " uma realidade quotidiana" , de acordo com o título de um estudo do 4 de Julho de 2005. Há exemplos de ameaças e de de agressões, nomeadamente contra as pessoas que trabalham para os arrendadores sociais ou os serviços públicos.


Quanto ao episódio de 8 de Março de 2005, foi noticiado aqui - e, na imprensa tuga, não vi nem uma palavra sobre o sucedido. Silenciozinho absoluto, que a súcia politicamente correcta que controla os mé(r)dia é bem disciplinada, calou-se toda, unanimemente, a respeito deste caso...

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os relatorios nos quais o Le Monde baseou o seu artigo foram elaborados por este serviço da policia francesa, tal como aliás é referido no artigo:
http://en.wikipedia.org/wiki/Renseignements_G%C3%A9n%C3%A9raux

23 de setembro de 2008 às 21:22:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, estou a iniciar um blog e gostaria de saber se me permite reprimir alguns dos seus artigos sempre que me convier. Estou a pensar manter criar dois blogues: Uma versão Portuguesa e outra Inglesa.

E, já agora, posso também me pôr a ladrar mé(r)dia sempre que quiser não é... não há cá direitos de autor...

Eu estou a pedir-lhe isto porque creio que é crucial espalhar informação como esta. É claro que deixarei sempre referências a este blog e sempre que me convier, deixarei links.
Obrigado.

23 de setembro de 2008 às 22:14:00 WEST  
Blogger Matos said...

eu reimprimi/copiei um debate que decorreu aqui nos comentários deste blog, no meu blog, mas o motivo foi que, quando se faz uma pesquisa na google(exemplo) sobre um assunto qualquer, os motores de busca procuram nos blogs, mas não nas caixas de comentários ...

ou seja, é uma zona de sombra da net, que não dá para pesquisar, pelo menos eu não conheço nenhum método, se alguém souber, agradecia informações ;)

26 de setembro de 2008 às 02:12:00 WEST  

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