segunda-feira, setembro 22, 2008

AS MOIRAS ENCANTADAS - I



Os correligionários, camaradas e amigos Inês e Silvério tiveram a amabilidade de me enviarem o seguinte texto, retirado da magnífica obra intitulada «Contribuições Para Uma Mitologia Popular Portuguesa e Outros Escritos Etnográficos», de Consiglieri Pedroso (Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1988 (1ªedição)).

Dividi arbitrariamente o artigo em três partes, das quais uma delas se pode ler a seguir. Bom proveito...



AS MOURAS ENCANTADAS

(p.p.217-227)


Num dos números anteriores das nossas investigações etnográficas, tivemos ensejo de nos ocupar, ainda que muito sumariamente, das mouras encantadas, a propósito das superstições relativas à noite e ao dia de São João. Por essa ocasião dissemos que as mouras encantadas eram divindades ou génios femininos das águas, análogas às nixen germânicas, às lac-ladies inglesas, às rusalki russas, às vilas sérvias, às elfen esdandinávas, às naiadas gregas, etc. Eram também, alem disso, os génios que guardavam os tesouros escondidos no centro da terra, crença que é comum a todos os povos, que conservaram vestígios desta entidade mística, que parece ser indo-europeia ou pelo menos europeia, por isso que se encontra, quase sem excepção, em todos os grupos áricos da Europa. Apenas da mitologia portuguesa desapareceu a feição maléfica que estas entidades por vezes revestem em outras mitologias, por ex. na russa; a não ser que queiramos ver um derradeiro reflexo desta concepção nalgumas superstições ainda hoje em vigor no nosso país e que se executam junto às fontes. Que novas descobertas venham confirmar ou infirmar esta hipótese, é certo que de todas as criações do nosso maravilhoso popular, esta é incontestavelmente uma das mais poéticas e talvez a que melhor reproduz a crença geral europeia, como teremos ocasião de ver pelas aproximações e comparações que neste trabalho apresentamos. Escusado é dizer que, até agora, como até aqui, não nos abalançaremos a explicar. Coligimos apenas materiais que permitam mais tarde essa explicação. Os erros em que a demasiada precipitação exegética nos pode faer cair, principalmente quaso a exegese não é encaminhada por largos recursos no campo comparativo, são bastante conhecidos para que nos demoremos a insistir neles. Será timidez talvez; mas é com certeza prudência. E de um método prudente é do que mais carece uma ciência até hoje tão desconsiderada como a mitologia comparativa, que a par de alguns mestres a fomentarem-lhe os progressos, tem tido muito curioso a embaraçar o andamento com as suas teorias exageradas, quando não absurdas ou ridículas.


Nas páginas que vão seguir-se ocupar-nos-emos das mouras encantadas sob os quatro seguintes pontos de vista:
1º como divindades ou génios femininos das águas (fontes, rios, ribeiros, poços, etc.)
2º como guardadoras de tesouros encantados.
3º como fiandeiras e construtoras de monumentos.
4º como génios maléficos que perseguem o homem, ocasionando-lhe diversas doenças.


I - É precisamente como génios femininos das águas que as mouras encantadas são conhecidas no nosso país, e a esta feição do seu carácter se ligam grande numero de superstições que a elas se referem.

Assim, num escrito nosso anterior, tivemos ocasião de citar as seguintes crenças que andam ordinariamente em conjunção com a noite a madrugada de S. João na tradição popular:
Na noite de São João as encantadas deixam a forma de cobras, sob que vivem todo o ano no fundo dos poços ou regatos, e em figura humana vêm pentear para fora da água os seus cabelos de ouro.
Em Penela (Coimbra) é crença que na fonte chamada da “Doença”, na noite de São João aparecem mouras encantadas. Quando ali vai alguma rapariga antes do nascer do sol encher a bilha de água abençoada, as mouras começam a desencantar-se e a agradecer à pessoa que lhes quebrou o encanto. As raparigas que já sabem isso, logo que chegam, batem com as bilhas ou cântaros na água, e imediatamente começam a fazer-se à superfície umas bolhas, que segundo a crença local são as encantadas a saírem. Em seguida vão as mesmas encantadas beber aos cântaros a água benta do São João. Nas Caldas da rainha, quando as raparigas vão na madrugada de são joão buscar às fontes a “água da virtude”, aparecem-lhes aí uns frades vestidos de branco (mouras encantadas) que lhes ensinam o que elas hão-de fazer com a água para ter realmente a virtude, que a torna recomendável para um grande número de enfermidades. É tradição algarvia que na noite de são joão aparece uma moura encantada na cisterna do castelo de Silves. Vem dentro de um barco remando e cantando, atravessa a cisterna e vai, em seguida, desaparecer por debaixo da escada onde se some.
Em Moncorvo, quando se tira a água toda à fonte de S. Tiago, ouve-se um ai muito sentido, que é de uma moura encantada que ali se oculta.
Em suma, quase que não há fonte no país onde não esteja localizada uma tradição de moura encantada, ora em forma de cobra que demanda os viandantes para que a desencantem, ora sob a figura de gentil donzela que promete tesouros e riquezas inesgotáveis àquele que lhe quebrar o fadário. Seria mesmo impossível apontar aqui todas as lendas que a este respeito temos coligido. Limitamo-nos por isso às mais características.

31 Comments:

Anonymous Anónimo said...

http://www.nationalreview.com/comment/comment-schaefer042803.asp

«What Did Gandhi Do?
One-sided pacifist.»

23 de setembro de 2008 às 06:59:00 WEST  
Blogger Caturo said...

De facto, Gandi era mais um dimi, até um traidor, do que outra coisa qualquer.

http://www.ekayastha.com/content/view/209/120/

23 de setembro de 2008 às 10:18:00 WEST  
Blogger Caturo said...

He was, paradoxical as it may appear, a violent pacifist who brought untold calamities on the country in the name of truth and
non-violence, while Rana Pratap, Shivaji and the Guru will remain enshrined in the hearts of their countrymen for ever for the freedom they brought to them.

The accumulating provocation of thirty-two years, culminating in his last pro-Muslim fast,

23 de setembro de 2008 às 10:22:00 WEST  
Blogger Caturo said...

From August 1946 onwards the private armies of the Muslim League began a massacre of the Hindus. The then Viceroy, Lord Wavell, though distressed at what was happening, would not use his powers under the Government of India Act of 1935 to prevent the rape, murder and arson. The Hindu blood began to flow from Bengal to Karachi with some retaliation by the Hindus. The Interim Government formed in September was sabotaged by its Muslim League members right from its inception, but the more they became disloyal and treasonable to the government of which they were a part, the greater was Gandhi's infatuation for them. Lord Wavell had to resign as he could not bring about a settlement and he was succeeded by Lord Mountbatten. King Log was followed by King Stork. The Congress which had boasted of its nationalism and socialism secretly accepted Pakistan literally at the point of the bayonet and
abjectly surrendered to Jinnah. India was vivisected and one-third of the Indian territory became foreign land to us from August 15, 1947. Lord Mountbatten came to be described in Congress circles as the greatest Viceroy and Governor-General this country ever had. The official date for handing over power was fixed for June 30, 1948, but
Mountbatten with his ruthless surgery gave us a gift of vivisected India ten months in advance. This is what Gandhi had achieved after thirty years of undisputed dictatorship and this is what Congress party calls 'freedom' and 'peaceful transfer of power'. The Hindu-Muslim unity bubble was finally burst and a theocratic state was established
with the consent of Nehru and his crowd and they have called 'freedom won by them with sacrifice' - whose sacrifice? When top leaders of Congress, with the consent of Gandhi, divided and tore the country - which we consider a deity of worship - my mind was filled with direful anger.

23 de setembro de 2008 às 10:25:00 WEST  
Blogger Caturo said...

One of the conditions imposed by Gandhi for his breaking of the fast unto death related to the mosques in Delhi occupied by the Hindu refugees. But when Hindus in Pakistan were subjected to violent attacks he did not so much as utter a single word to protest and censure the Pakistan Government or the Muslims concerned. Gandhi was shrewd enough to know that while undertaking a fast unto death, had he imposed for its break some condition on the Muslims in Pakistan, there would have been found hardly any Muslims who could have shown some grief if the fast had ended in his death. It was for this reason that he purposely avoided imposing any condition on the Muslims. He was fully aware of from the experience that Jinnah was not at all perturbed or influenced by his fast and the Muslim League hardly attached any value to the inner voice of Gandhi.

Gandhi is being referred to as the Father of the Nation. But if that is so, he had failed his paternal duty inasmuch as he has acted very treacherously to the nation by his consenting to the partitioning of it. I stoutly maintain that Gandhi has failed in his duty. He has proved to be the Father of Pakistan. His inner-voice, his spiritual power and his doctrine of non-violence of which so much is made of, all crumbled before Jinnah's iron will and proved to be powerless.

23 de setembro de 2008 às 10:27:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caro Caturo,

"vêm pentear para fora de água os seus cabelos de ouro".

Apesar de eu ser um rapaz da cidade, sempre ouvi que as mouras encantadas tinham cabelos "negros como a noite", então mas agora as mouras são louras?

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Também ouvi uma tese por aí algures de que as mouras encantadas eram um reflexo de deidades Celtas (e que as Tágides de Camões, seriam estas deidades Celtas, mas aquelas referentes ao Tejo) que ficaram com o desígnio de Mouras devido ás seguintes razões:

(o que me ficou na cabeça:)

1) Serem maléficas (mouras)
2) Serem seres sofridas o que desencorajaria a "miscegenação" na crença popular. Tem em consideração:
Deidades Celtas + existência sofrida = Moura encantada
o que equivale a...
Portuguesa/Celta + islão = Moura encantada triste e amaldiçoada para toda a eternidade
3) As mouras estão conectadas ás serpentes, animal "mitológico" por excelência, adorado. Mas ao mesmo tempo sujo e desprezado (islão)
4) As mouras estão relacionadas com entregas de tesouros a Homens Cristãos simbolizando assim a vitória sobre o islão e a passagem de poder.
5) As mouras estão relacionadas com a castidade e a "virtude" feminina. Isto é, são o vivo e eterno exemplo do mau caminho (islão) e como tal, propagam a castidade e a virtude por entre as mulheres, sendo elas próprias o exemplo a não seguir. (Ou portas-te bem e tá tudo fixe e as mouras até te ajudam, ou és uma p. do crlh. e vais ser uma moura encantada até ao fim da vida).
6)A libertação da moura da sua cruz simbolizaria "o fazer o bem".

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E já agora, existem mouras encantadas em Espanha?

Obrigado. Gostaria que me respondesses ás questões, ó Caturo.

23 de setembro de 2008 às 11:48:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Apesar de eu ser um rapaz da cidade, sempre ouvi que as mouras encantadas tinham cabelos "negros como a noite", então mas agora as mouras são louras?

Pelos vistos sim, o que dá que pensar... e enfraquece a ideia de que as Moiras encantadas derivam da presença mourisca na Ibéria.

23 de setembro de 2008 às 11:59:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Penso que as Moiras Encantadas são um exclusivo de Portugal. E talvez as lendas de Moiras sejam mais frequentes a norte do país do que a sul, o que mais uma vez contraria a ideia de que derivam apenas da presença árabe.

Quanto às tuas teorias, parecem-me verosímeis, pois que num mito há sempre acumulação de elementos.

23 de setembro de 2008 às 12:13:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

continuo a rir-me com estes delirios psicadélicos hahahahahahha

23 de setembro de 2008 às 14:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Riso que é sintoma de pobreza de espírito.

23 de setembro de 2008 às 15:06:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

não palhacito!
é sinal de respeito.
se fosse sintoma de pobreza de espirito, mandar-te-ía para as calengas gregas

23 de setembro de 2008 às 15:11:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não, aleijado mental. Dar-se ao trabalho de vir aqui só para dizer que isto são «delírios psicadélicos», não é sinal de respeito em lado nenhum do mundo normal.

E olha que não é calengas, é calendas, ó meu animal.

E ninguém manda ninguém para calendas nenhumas, vê lá se ao menos aprendes o significado das expressões que usas.

23 de setembro de 2008 às 15:18:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Pois, não sei se isto interessa ao Caturo mas, após uma rápida pesquisa, cheguei á conclusão de que é inquestionável que as moiras encantadas precedem os mouros e são de facto manifestações de origem Celta.

No entanto, e devido aos quase cinco séculos de presença moura, as Moiras foram associadas também com as mouras. Há então que separar dois tipos de moiras/mouras encantadas:

As moiras encantadas, que como afirmei no outro comentário adquiriram conotações com as mouras islâmicas mas de uma maneira que faz apenas lembrar o moral de uma História. (A influência islâmica é inexistente, o povo é que justapõe as duas para dar á sua tradição um "espirito" mais prático, uma moral e um cariz mais actual)
Estas moiras são de origem Celta.

Não devem ser confundidads com as mouras das Histórias de mouras (islâmicas) com poderes sobrenaturais que derivam da época da Reconquista. (Lenda dos Sete Ais).

E quanto á cor do cabelo da moura, está já definido. Existem de dois tipos:
louro como o ouro e escuro como a noite. Creio que não tenho de sublinhar o simbolismo quer do Ouro, quer da Noite. Assim, também a cor do cabelo é "simbólica" e, óbviamente não tem nada que ver com o islão, mas sim com a herança Celta. Na wikipedia, cita-se uma fonte:

"No livro Os tripeiros: romance-chronica do seculo XIV a moura é descrita:
"É uma figura branca, toda branca, muito branca, co os cabelos, em fios de ouro, soltos pelas costas; e aparece a bailar na água de um lado para o outro...""

Século XIV, atente-se.

Caturo, foi uma agradável surpresa pois eu práticamente desconhecia isto. Tinha ouvido uma coisa aqui, outra ali, mas principalmento vindo desta corja que é a nossa elite democrática, republicana, esquerdista, anti-Tradicional e anti-Nacional.

23 de setembro de 2008 às 15:34:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"No livro Os tripeiros: romance-chronica do seculo XIV a moura é descrita:
"É uma figura branca, toda branca, muito branca, co os cabelos, em fios de ouro, soltos pelas costas; e aparece a bailar na água de um lado para o outro...""


Valiosa descrição, sem dúvida.

23 de setembro de 2008 às 15:51:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sobre as raízes célticas e pagãs das Moiras, atenção a este artigo:

http://gladio.blogspot.com/2006/12/o-que-significam-realmente-as-moiras.html

23 de setembro de 2008 às 15:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"VIAGENS DA MINHA TERRA".-----------5ª EDIÇÃO.------------ de ALMEIDA GARRET.----------« Dizia um secretário de Estado meu amigo que, para se repartir com igualdade o melhoramento das ruas(...), deviam ser obrigados os ministros a mudar de rua e bairro todos os três meses. Quando se fizer a lei de responsabilidade ministerial, para as CALENGAS GREGAS, eu hei-de propor que cada ministro seja obrigado a viajar por este reino de Portugal ao menos uma vez por ano(...)».------------- PUBLICAÇÃO EUROPA AMÉRICA.-------------1988.-----------COM 228 PÁGINAS.----------------------Custo do transporte, por conta do comprador.-------------------------------SE ADQUIRIR ESTE LIVRO, ATRAVÉS DA RUBRICA "JÁ", OS PORTES SÃO OFERECIDOS.-------------------------VEJA OS MEUS OUTROS LEILÕES E ESTEJA ATENTO AOS PRÓXIMOS.

23 de setembro de 2008 às 15:56:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, a wikipedia afirma o seguinte:

"Na Península Ibérica as lendas de mouras encantadas encontram-se também na mitologia Galega e Asturiana. Na tradição oral portuguesa, as Janas são uma outra variante de donzelas encantadas."

Ora substitui mouras por Moiras e fica comprovada a origem Celta das mesmas pois o Noroeste da Galiza nunca, nunca, foi conquistado pelos Africanos.

Infelizmente, não se cita fontes. No entanto, não duvido que seja uma realidade Galega. Quanto ás Astúrias, provavelmente apenas subsistem na sua parte Ocidental, Tradicionalmente Galega (Portuguesa) e habitada por Galegos. Mais uma das muitas provas que confirmam simultaneamente a unidade Nacional do Ocidente Hispânico e a sua rica variedade regional. Quanto ás Janas, espero que o Caturo me faça ver a diferença entre estas e as Moiras, visto que não consigo discernir as primeiras das segundas.

Bem, referente ás moiras "Espanholas", consegui apenas um referência em http://209.85.135.104/search?q=cache:940bd_7EmJUJ:www2.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/L/lenda.htm+moras+encantadas&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=pt :

"... Ao passo que a tradição de La Dama del Lago pertence ao fundo comum da mitologia céltica (as xanas de Asturias, las moras encantadas, etc. - citações a título de exemplo, pois a enumeração seria longa). Teófilo Braga escreve: “Têm quase sempre um fundo de realidade modificado pelas impressões subjectivas, e com a acção do tempo, à medida que o facto deixa de ser compreendido ou conhecido, é também alterado no sentido da plausibilidade.” Nomeando algumas: em Estrabão, a Lenda das Ilhas Encantadas, Lenda do Milagre de Ourique, a Lenda da Rainha Santa e o Pajem..."

23 de setembro de 2008 às 16:06:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Diferenças entre Janas e Moiras? Talvez sejam a mesma coisa mas com nomes diferentes, o que resulta de diferentes influências em Portugal, ou então as Janas são espíritos femininos das florestas (descendendo da Deusa Diana) enquanto as Moiras Encantadas são mais «urbanas» e fixam-se em poços ou em tesouros escondidos.

23 de setembro de 2008 às 16:21:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Pois, talvez as Janas sejam mais "gerais".

A partir de hoje, vou passar a escrever Moiras assim, com i e maiúsculas. Tal como as Tágides...

P.S. Sempre gostei de ver Portuguesas na água... na praia, em piscinas, seja onde for.

23 de setembro de 2008 às 20:00:00 WEST  
Blogger Silvério said...

"Apesar de eu ser um rapaz da cidade, sempre ouvi que as mouras encantadas tinham cabelos "negros como a noite", então mas agora as mouras são louras?"

Sempre ouvi que as moiras eram filhas de reis mouros ou coisa que o valha.

23 de setembro de 2008 às 22:10:00 WEST  
Blogger Silvério said...

"Serem maléficas (mouras)"

Realmente o autor refere que nos outros países também havia essa conotação mas que não enconrtou registos disso em Portugal.

23 de setembro de 2008 às 22:13:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«No entanto, e devido aos quase cinco séculos de presença moura,...»

DS2,
Cinco séculos, depende da região.

24 de setembro de 2008 às 01:35:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Silvério,

por aquilo que compreendi, as Moiras por vezes seduzem e atraem os Homens tal como as sereias. Existe também uma componente maléfica.

.......................

Para o anónimo, é óbvio!
711
811... 1 século
911... 2 séculos
1011... 3 séculos
1011.... 4 séculos
1211.... 5 séculos
1249, Conquista dos territórios mais Portugueses mais a sul... 538 anos.

Portanto sim, cinco séculos. E se estivesse a falar da Hispânia, da Península Ibérica, diria uns 850 anos.

24 de setembro de 2008 às 14:24:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Há regiões onde nem meio século estiveram.

24 de setembro de 2008 às 22:21:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Óbvio. E o Noroeste da Galiza nem foi tocado.

Contudo a sua presença na totalidade da Península foi de 850 anos e em Portugal 500 ~ 550.

24 de setembro de 2008 às 23:08:00 WEST  
Blogger Silvério said...

"por aquilo que compreendi, as Moiras por vezes seduzem e atraem os Homens tal como as sereias. Existe também uma componente maléfica."

A sedução é uma coisa má?

Penso que as sereias são maléficas porque atraem os homens para lhes dar um triste destino, agora nas moiras não me parece que fosse a mesma coisa.

25 de setembro de 2008 às 00:12:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Óbvio. E o Noroeste da Galiza nem foi tocado.

Contudo a sua presença na totalidade da Península foi de 850 anos e em Portugal 500 ~ 550.»



No Norte de Portugal a sua presença não passou de uns 30 ou 50 anos.

25 de setembro de 2008 às 00:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Óbvio. E o Noroeste da Galiza nem foi tocado.

Contudo a sua presença na totalidade da Península foi de 850 anos e em Portugal 500 ~ 550.»



Não se pode em falar em totalidade da Península se o Noroeste da Galiza nem foi tocado.

25 de setembro de 2008 às 00:50:00 WEST  
Blogger Caturo said...

A sedução é uma coisa má?

Pode ser que haja nesse juízo de valor a intervenção da moral cristã.

Lembrei-me agora duma música dos Skyclad, Spinning Jenny, de sonoridade e letra claramente folclórica que fala duma sedutora que dá a volta à cabeça dum «pobre homem»...

http://www.youtube.com/watch?v=nD9zi_WliSA&feature=related´

Ler a letra ao lado.

25 de setembro de 2008 às 14:47:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Folclore, mas metálico, atenção.

25 de setembro de 2008 às 14:48:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«No Norte de Portugal a sua presença não passou de uns 30 ou 50 anos.»

Se calhar nem houve ocupação do Norte do País.

26 de setembro de 2008 às 14:52:00 WEST  

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