IGREJA DECLARA EM FÁTIMA O DEVER DE ACOLHER OS IMIGRANTES

Cá vai mais uma notícia particularmente significativa, a antecipar o retorno das férias (dia 18):

No passado ano, passou-se em Fátima o seguinte:

Nos dias 12 e 13 de Agosto, o Santuário de Fátima recebeu milhares de peregrinos. Homens, mulheres e crianças, imigrantes, refugiados ou simples visitantes vieram de todas as partes do mundo para estar presentes no início da 35.ª Semana Nacional de Migrações.
Segundo explicou D. António dos Santos Marto, bispo de Leiria, este evento tem particular significado num país que é de emigrantes, mas também de imigrantes. A Peregrinação do Migrante e Refugiado a Fátima foi presidida por D. Sean O'Malley, arcebispo de Boston, nos EUA, mas também responsável pela Comissão Episcopal da Mobilidade Humana no seu país. O evento esteve subordinado ao tema "Família: Santuário de vida, amor e identidade". O cardeal Sean O'Malley, que domina a língua portuguesa, afirmou que o acolhimento e o apoio aos imigrantes é uma obrigação de todos os católicos imposta pela fé. Conforme recordou, "Deus não vê a cor da pele nem faz diferença entre línguas ou costumes e manda-nos amar os estranhos”.
D. Sean O'Malley elogiou ainda o esforço dos muitos imigrantes que trabalham em terras que não são as suas, recordando o amor especial que Deus tem pelos estrangeiros e imigrantes, pessoas com uma existência difícil, muito em especial no início da sua vida em países distantes.

Ou seja, apesar das palavras de Luciano Guerra a afirmar a necessidade de ser fiel «aos de dentro» e reservar «aos de fora» o diálogo, o que aqui se constata é que a Igreja declara abertamente a obrigatoriedade moral e até religiosa de deixar entrar o alienígena.

Isto é mais uma confirmação objectiva e incontornável de que a doutrina cristã traz - e até implica, segundo o cardeal O'Malley - a militância pelo universalismo.

Isto é a renovação das palavras de Justino em prol da misturada sob o signo da cruz.

Isto é ser ainda mais pró-imigracionista do que o bloquista típico.

Vejamos agora o que a Igreja faz este ano no mesmo santuário:

Fátima, Ourém, 11 ago (Lusa) - O arcebispo da cidade angolana de Lubango, dom Zacarias Kamuenho, preside nessa terça e quarta-feira, na cidade portuguesa de Fátima, a tradicional Peregrinação do Migrante e do Refugiado, ocasião anualmente aproveitada por milhares de pessoas em férias para se deslocarem à Cova da Iria, onde se localiza o maior santuário católico português.
A peregrinação internacional, que leva um dos maiores números de fiéis à Fátima, insere-se na 36ª Semana Nacional de Migrações, iniciativa da Obra Católica Portuguesa das Migrações, este ano dedicada às comunidades africanas residentes em Portugal.
O arcebispo angolano dom Zacarias Kamuenho, também presidente da Comissão Episcopal das Migrações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, afirmou que, em Fátima, vai defender que a mobilidade humana "tem a sua última explicação no conceito de progresso; progresso que não pára em estruturas materiais, mas que vai mais além, traduzindo-se no progresso interior de cada peregrino".
(...)

São os muslos com a guerra «santa» exterior e «interior», e é este vigário africano com a imigração, que, pelos vistos, também tem uma dimensão espiritual...

A agenda e actuação da Igreja é pois cada vez mais adversa à salvaguarda das identidades étnicas e raciais europeias.