WILDERS ARREGIMENTA ALIADOS NA DINAMARCA E NO RESTO DA EUROPA

O político holandês Geert Wilders, líder do Partido da Liberdade e célebre pela sua postura anti-islâmica, recebeu uma ovação de pé após o seu discurso no parlamento dinamarquês, perante uma vasta audiência.
Wilders foi a Copenhaga por convite da Associação da Imprensa Livre Dinamarquesa (Trykkefrihedsselskabet).
O discurso foi escutado com especial atenção pelo Dansk Folkesparti (DF, Partido do Povo Dinamarquês), formação partidária que defende a soberania e a identidade nacional dinamarquesa e é a terceira maior do País. O DF apoia um governo minoritário de conservadores e liberais em troca de políticas de imigração severas. (Isto, caros leitores, já é exercer o poder, mesmo não estando no governo).
Wilders tem desenvolvido contactos pessoais com a líder do DF, Pia Kjaersgaard e encontrou-se também com Kurt Westergaard, o cartonista dinamarquês que os extremistas muçulmanos juraram assassinar.

No discurso acima referido, o holandês afirmou que está em marcha o estabelecimento duma cooperação informal entre os vários partidos europeus do género, ou seja, dos que defendem a identidade europeia e a soberania nacional. Afirmou que estas forças devem reunir-se para discutir uma estratégia comum «se coordenarmos as nossas acções, o nosso impacto nos governos será maior», disse. E realçou a necessidade de salvaguardar as soberanias europeias, que estão a ser ameaçadas pela tentativa de transformar a União Europeia num superestado.

Enquanto isso, um jornal belga citou Wilders a declarar que estes partidos poderão eventualmente ajudar a travar «o fluxo de muçulmanos para a Europa e a crescente islamização da Europa». Recusa todavia a ligação a partidos mais extremistas, como o de Le Pen.

Geert Wilders anunciou recentemente que tenciona candidatar-se às eleições europeias em Junho do próximo ano, o que está a causar reacções de nervosismo entre os seus oponentes. Ao que tudo indica, outros partidos querem apresentar fortes candidatos para enfrentarem Wilders. «Precisamos dum verdadeiro peso pesado. Talvez um ex-ministro», disse um porta-voz do Partido Liberal.