A INTENÇÃO ISLÂMICA DA CONQUISTA DO MUNDO FORMALMENTE DECLARADA

O clérigo e político parlamentar do Hamas Yunis Al-Astal declarou recentemente o seguinte, em entrevista televisiva para a televisão da Al-Aqsa:
«Alá escolheu-vos a vocês [Palestinianos] para Si mesmo e para a Sua religião, para que vocês o sirvam como a máquina que lançará esta nação para a fase da sucessão, segurança e consolidação de poder, e até da conquista através da da'wa [proselitismo] e das conquistas militares das capitais de todo o mundo. Muito em breve, se Alá quiser, Roma irá ser conquistada, tal como Constantinopla foi, como o nosso profeta Maomé profetizou. Hoje, Roma é a capital dos católicos, ou a capital dos Cruzados, que declarou a sua hostilidade ao Islão, e plantou os irmãos dos macacos e dos porcos [os Judeus] na Palestina de modo a impedir o reacordar do Islão - esta sua capital será um posto avançado para as conquistas islâmicas, que irão disseminar-se por toda a Europa, e depois para as duas Américas, e até para a Europa de leste.
Tenho fé que os nossos filhos e netos irão herdar a nossa Jihad [guerra santa] e os nossos sacrifícios, e, se Alá quiser, os comandantes da conquista irão surgir entre eles. Hoje, instilamos estes bons princípios nas suas almas, e através de mesquitas e de livros alcorânicos, e da história dos nossos profetas, dos seus companheiros e dos seus grandes líderes, preparamo-los para a missão de salvar a humanidade do fogo do inferno à beira do qual ela permanece.»

Aparentemente, nenhuma multidão islâmica se indignou contra tal afirmação imperial e belicista. Nem multidão nem sequer um dos muitos, imensos, numerosíssimos, líderes/intelectuais «moderados» do mundo islâmico. Nada. Todos caladinhos.

Ora, como quem cala consente, deduz-se que este clérigo está simplesmente a pregar uma interpretação legítima do Islão.

Enquanto isso, as elites dominantes no Ocidente juram pela mãezinha que o Wilders é um malandro e que o filme dele é desonesto porque não se pode equacionar o Islão com o terrorismo e tal...

Os anti-sionistas chico-espertistas dirão, por seu turno, com a sua subtil e sempre iluminada sageza, que o Hamas foi criado por Israel para radicalizar aquela gente toda, e, provavelmente, este Yunis chama-se mas é Ben Wolfowitz, nasceu no Brooklyn e é um agente «undercover» da Mossad/C.I.A.... e pronto, já está, afinal a culpa é dos sionistas, porque é sempre, porque sim, porque é, está no livro do protocolos e assim...

Para quem não quiser enfiar a cabeça na areia, há sempre esse perigoso vício que é ouvir os inimigos históricos do Ocidente com especial atenção. Nesta prédica que aqui se traduziu, observa-se por exemplo, não o ódio visceral aos Judeus como guia máximo da jihad, que é o que muita boa gente pensa, mas sim a ideia de que Israel não passa dum instrumento do Ocidente para travar o crescimento do Islão.

Ou seja, este Yunis nem tenta disfarçar, nem usa a velha e bem sucedida cassete da vítima palestiniana coitadinha que a única coisinha que quer na sua triste vidinha é libertar-se dos malandros dos Judeus.

Não. O sujeito é mais sincero, seja por fanatismo, seja por sentir quentinhos os costados, isto porque acredita que a comunicação sucial ocidental não vai dar especial destaque às suas palavras, pelo que os povos continuarão a dormir - e não é que tem mesmo razão?

Como tal, vai mais longe e diz o que os islamófobos já andam a denunciar há que tempos: o grande ideal dos muçulmanos não é, nunca foi, a destruição dos Judeus ou a «libertação da Palestina». Isto são apenas etapas.

Etapas.

Para os lacaios de Mafoma, Israel é em si um crime, não por ser judaico ou sionista, mas porque constitui um obstáculo regional ao poder islâmico, que tem de passar pelo controle regional (e fazer o califado) para poder a partir daí atacar outras partes do planeta.

A conquista da Palestina é pois uma parte do seu trabalho. E esta conquista faz-se por meio, não apenas da violência, mas sobretudo da demografia, como se pode ler aqui, referindo-se um discurso dum líder do Hamas a louvar a máquina reprodutiva das mulheres palestinianas. Não foi por acaso que no início dos anos noventa um importante clérigo muçulmano em Paris afirmou que França seria conquistada pelos filhos dos norte-africanos através da guerra do ventre...