GEERT WILDERS AVANÇA NA CORDA BAMBA
Em entrevista concedida recentemente ao jornal «The Guardian», Geerd Wilders, que está, como sói dizer-se, «na berra», por ter anunciado a exibição, em Março, de um pequeno filme contra o livro sagrado dos muçulmanos, declara que odeia o Islão, não odeia os muçulmanos.
O que diz é elementar, é o básico, o essencial, mas, nos dias que vão correndo, tem som de novidade ou de blasfémia.
E porquê?
Porque a máquina antirra instituída tem na verdade o intuito de misturar todos com todos, e de deitar por terra tudo o que se oponha, não apenas à mixórdia racial, mas, por extensão, à mixórdia cultural. «Anti-racismo» e «multiculturalismo» são pois ferramentas do mesmo lado ideológico, o do universalismo militante, inimigo das fronteiras, que, no presente momento da História, tudo faz para que os Europeus deixem que a sua identidade, a sua cultura e a sua civilização se diluam, permitindo que outras - ou seja, todas e mais algumas - se lhe sobreponham.
Isto é o princípio cristão de dar a outra face a ser aplicado à política mundial. Foi para isto que serviram anos e anos, décadas, de culpabilização do Europeu Branco - por causa da colonização e da escravatura, o que é irónico, porque em ambos os casos só os Europeus Brancos é que podem dar lições de moral ao resto do planeta, porque só os Europeus é que tiveram a prática e a ideia de acabarem com ambas em todo o mundo - esta culpabilização serviu precisamente para criar na mente do Europeu um padrão mental de auto-rebaixamento, um vício mental, um reflexo condicionado, uma lavagem cerebral que visa fazer com que o Europeu esteja automaticamente pronto a baixar as calças e a pedir desculpa a tudo e a todos, e, note-se, a ficar de mãos atadas quando precisa de se defender ou de salvaguardar o que é seu. Reagindo à cão de Pavlov, o Europeu devidamente «educado» - isto é, castrado, domesticado - prontifica-se sempre a «assumir as suas responsabilidades», eufemismo que significa aceitar ser culpado de tudo e mais alguma coisa que de mal sucede na orbe terreste.
O que diz é elementar, é o básico, o essencial, mas, nos dias que vão correndo, tem som de novidade ou de blasfémia.
E porquê?
Porque a máquina antirra instituída tem na verdade o intuito de misturar todos com todos, e de deitar por terra tudo o que se oponha, não apenas à mixórdia racial, mas, por extensão, à mixórdia cultural. «Anti-racismo» e «multiculturalismo» são pois ferramentas do mesmo lado ideológico, o do universalismo militante, inimigo das fronteiras, que, no presente momento da História, tudo faz para que os Europeus deixem que a sua identidade, a sua cultura e a sua civilização se diluam, permitindo que outras - ou seja, todas e mais algumas - se lhe sobreponham.
Isto é o princípio cristão de dar a outra face a ser aplicado à política mundial. Foi para isto que serviram anos e anos, décadas, de culpabilização do Europeu Branco - por causa da colonização e da escravatura, o que é irónico, porque em ambos os casos só os Europeus Brancos é que podem dar lições de moral ao resto do planeta, porque só os Europeus é que tiveram a prática e a ideia de acabarem com ambas em todo o mundo - esta culpabilização serviu precisamente para criar na mente do Europeu um padrão mental de auto-rebaixamento, um vício mental, um reflexo condicionado, uma lavagem cerebral que visa fazer com que o Europeu esteja automaticamente pronto a baixar as calças e a pedir desculpa a tudo e a todos, e, note-se, a ficar de mãos atadas quando precisa de se defender ou de salvaguardar o que é seu. Reagindo à cão de Pavlov, o Europeu devidamente «educado» - isto é, castrado, domesticado - prontifica-se sempre a «assumir as suas responsabilidades», eufemismo que significa aceitar ser culpado de tudo e mais alguma coisa que de mal sucede na orbe terreste.
Ora, uma vez que é este o objectivo de certa escumalha ideológica, torna-se necessário fazer com que os Europeus se abaixem perante tudo o que não é europeu - e qualquer recusa europeia em fazê-lo é imediatamente rotulada de «racismo!!!!!!», e esta «acusação» é, digamos, a palavra-chave para despoletar a reacção pavloviana submissa nos Europeus...
Acusa-se o Europeu de «racismo!!!» e presume-se automaticamente que este se agacha de imediato e, enquanto se desculpa pelos cotovelos, jurando pela mãezinha que nunca foi racista, lá vai deixando que lhe invadam a casa e lhe façam tudo e mais alguma coisa à família.
Ora o Islão é uma ideologia, uma doutrina, não é uma raça. A oposição aos aspectos ideológicos do Islão é pois da mesma natureza que a oposição ao Cristianismo, ao Budismo, ao Nacional-Socialismo, ao Comunismo ou ao Capitalismo. Fala-se de ideias, em qualquer destes casos, não de raças.
Mas os arautos do universalismo preferem fazer esquecer esta evidência, para que quem que ao Islão se oponha seja simplesmente rotulado como racista, e pronto, está «arrumado» perante a comunicação sucial dominante, que por sua vez já tratou de veicular a proibição inquisitorial, não apenas do racismo, mas também de qualquer espécie de consciência racial, se forem os brancos a manifestá-la, note-se.
Neste contexto, Geert Wilders constitui lufada de ar fresco, pois que vem recordar o que qualquer indivíduo mininamente sensato compreende, a saber, a diferença entre ideologias e apologistas de ideologias.
É assim que explica a sua repugnância pelo Islão: «é a ideologia duma cultura retardada». E compara o Alcorão ao «A Minha Luta» de Adolf Hitler.
Diz, na sequência disto, que pretende ver o Alcorão ilegalizado na Holanda, e quer que a Constituição seja alterada para que tal ilegalização seja possível; pretende igualmente travar toda a imigração vinda dos países muçulmanos, pagar aos imigrantes muçulmanos para se irem embora e retirar a cidadania a todos os criminosos muçulmanos, deportando-os seguidamente para as suas terras de origem.
Diz, na sequência disto, que pretende ver o Alcorão ilegalizado na Holanda, e quer que a Constituição seja alterada para que tal ilegalização seja possível; pretende igualmente travar toda a imigração vinda dos países muçulmanos, pagar aos imigrantes muçulmanos para se irem embora e retirar a cidadania a todos os criminosos muçulmanos, deportando-os seguidamente para as suas terras de origem.
Ora a meu ver, Wilders não faz a melhor abordagem à questão do livro sagrado muslo ao pretender que o mesmo seja proibido. A Liberdade de expressão serve precisamente, não apenas para dizermos o que nos apetece, mas também para que quem de nós discorda possa igualmente dizer o que lhe apetece. A Liberdade de expressão não serve pois só para dizer «coisas acertadas», mas sim para dizer «parvoíces». Para defender posições «erradas». Porque é na medida em que permite a divulgação de ideais «errados» que se «mede» o «grau» de liberdade em que se vive. Porque é fácil deixar falar os que connosco concordam; permitir que os que se nos opõem o façam, eis o que por vezes pode ser difícil.
Deve então autorizar-se a circulação do Alcorão na Europa? Naturalmente.
E a circulação de muçulmanos? Isso é que não.
Porquê? Por serem «maus»?
Não - é simplesmente por serem alienígenas e não poderem ter, na Europa, os mesmos direitos que os Europeus têm.
Mas isso não será ser contra os muçulmanos? Se isso é ser contra os muçulmanos, então impedir a entrada de estranhos no próprio domicílio é também ser contra todos os que não sejam conhecidos...
Mas o que fazer quanto aos Europeus que de livre vontade se convertem ao Islão? Poderão fazer o que quiserem com as suas próprias vidas - o que não podem é impingir aos outros Europeus os valores muçulmanos. E não deverão poder fazê-lo mesmo que venham a tornar-se maioria. Porque do mesmo modo que os muçulmanos têm o direito de viver de acordo com as suas regras nos seus países, também os Europeus têm direito a viver de acordo com a cultura europeia nos países europeus. A terra não pertence pois a maiorias circunstanciais, mas sim a heranças civilizacionais, a culturas, a Estirpes.
É aqui que Wilders falha, visto que este político de confissão católica quer que a Europa continue a reconhecer o Judaico-Cristianismo como a sua cultura dominante, aquilo a que por terras germânicas se chama «Leitkultur».
Ora o Judaico-Cristianismo, tendo mais ou menos pozinhos da Filosofia Helénica e do Direito Romano, continua a ser uma corrente doutrinal essencialmente alienígena à verdadeira Europa. E se o Alcorão for proibido por incitar ao ódio, o mesmo se poderá fazer com a Bíblia, salvaguardadas as devidas distâncias.
Dum modo ou doutro, com mais ou menos fífias na coerência, Wilders é neste momento bastante útil aos Europeus. Denuncia a violência e o perigo que o Islão oferece. Recorda, por exemplo, que há diariamente vários homossexuais espancados por jovens marroquinos muslos nas ruas de Amsterdão. Geert Wilders, líder do Partido do Povo, foi recentemente eleito como o político mais eficiente da Holanda. E, a nível europeu, parece ter-se tornado no centro duma movimentação das forças de Direita contra a iminvasão islâmica - por toda a parte do continente, mais e mais partidos e figuras políticas à Direita associadas tomam posição contra a islamização dos seus países: o rastilho anti-islâmico acende-se na Suíça, em Antuérpia, na Alemanha, na Áustria, países onde há cada vez mais gente apostada em travar a construção de edifícios religiosos muçulmanos no território da Europa, onde já há mais de seis mil mesquitas.
De qualquer modo, Wilders demarca-se dos fascistas italianos e até de figuras como Le Pen e Jörg Haider. Diz-se, em vez disso, alinhado com os falecidos Pim Fortuyn e Theo van Gogh, que em nome da Liberdade ergueram a sua voz contra o Islão e pagaram por isso com a vida, pelo menos no segundo caso (enquanto o assassínio de Fortuyn continua a ser um caso no mínimo estranho...).
Wilders aposta sobretudo no iconoclasmo holandês, na insistência escandinava pela liberdade de expressão e no direito de provocar.
Wilders aposta sobretudo no iconoclasmo holandês, na insistência escandinava pela liberdade de expressão e no direito de provocar.
Não esconde por isso o seu desprezo para com o governo holandês, que receia o impacto que a exibição do seu filme possa ter: «o nosso primeiro-ministro é um grande cobarde. O governo é fraco. Odeiam-me e eu também não gosto deles.»
De lembrar que o governo holandês tem já um plano de emergência para retirar todos os seus nacionais e diplomatas dos países do Médio Oriente caso Wilders venha de facto a exibir o seu filme.
Quanto à eventualidade de que haja violência e vítimas holandesas, Wilders descarta toda a responsabilidade que lhe queiram atribuir, argumentando, justamente, que mais não faz do que usar meios democráticos, dentro da legalidade. E que a Holanda não pode mais aguentar o Islão. Afirma que nem todos os muçulmanos são terroristas, mas quase todos os terroristas são muçulmanos.
E claro - continua a ter a sua própria liberdade limitada na sua própria terra, sendo por vezes obrigado a viver em prisões ou em tendas do exército, sem liberdade nem privacidade. E, lucidamente, deixa claro que se porventura voltar com a sua palavra atrás e não exibir o filme, irá estar a dar a vitória ao terror islâmico.
E claro - continua a ter a sua própria liberdade limitada na sua própria terra, sendo por vezes obrigado a viver em prisões ou em tendas do exército, sem liberdade nem privacidade. E, lucidamente, deixa claro que se porventura voltar com a sua palavra atrás e não exibir o filme, irá estar a dar a vitória ao terror islâmico.
3 Comments:
“Ora o Judaico-Cristianismo, tendo mais ou menos pozinhos da Filosofia Helénica e do Direito Romano, continua a ser uma corrente doutrinal essencialmente alienígena à verdadeira Europa. E se o Alcorão for proibido por incitar ao ódio, o mesmo se poderá fazer com a Bíblia, salvaguardadas as devidas distâncias.“
O excerto seguinte é “coisa acertada” e nada “parvoíce” que serve de prova ao excerto anterior:
“A Liberdade de expressão não serve pois só para dizer «coisas acertadas», mas sim para dizer «parvoíces». Para defender posições «erradas». Porque é na medida em que permite a divulgação de ideais «errados» que se «mede» o «grau» de liberdade em que se vive. Porque é fácil deixar falar os que connosco concordam; permitir que os que se nos opõem o façam, eis o que por vezes pode ser difícil.”
Aprendo sempre algo de novo consigo, Caro Caturo. Tenho de lhe agradecer a franqueza e simpatia. Já para não falar na pachorra militante. ;)
Sempre a considerá-lo.
Livia Drusilla
Quer com isso dizer que discorda da primeira asserção por si citada?
Cumprimentos.
Sim, quero com isto dizer que o Caturo sabe, mediante o tempo que já por aqui ando em troca de ideias, que eu nunca concordaria com essa sua opinião de "uma corrente doutrinal essencialmente alienígena à verdadeira Europa.", mas que sempre aqui voltei, porque o Caturo sempre foi um defensor da liberdade de expressão e opinião e sempre mo demonstrou, publicando e respondendo até às críticas mais "feias" e insultuosas.
É de louvar essa sua forma de estar, principalmente porque defende ideais assaz controversos e "quentes".
Cumprimentos.
Livia Drusilla
Enviar um comentário
<< Home