terça-feira, outubro 09, 2007

NOVAS SOBRE A AMEAÇA TERRORISTA NA DINAMARCA

Apurou-se recentemente num tribunal dinamarquês que Flemming Rose, editor que publicou as caricaturas de Maomé, era o alvo de um ataque terrorista já planeado. Rose escreve por isso que está determinado a não permitir que esta revelação altere a sua vida: «Não alterou a minha vida, e não o fará, porque é isso mesmo que eles querem. Querem intimidar e ameaçar».

Um dos réus do caso de terrorismo de Odense, terceira maior cidade da Dinamarca, revelou em tribunal que no Verão de 2006 um camarada seu sugeriu a construção de um carro-bomba de controlo remoto para explodir a casa de Flemming Rose, como punição da publicação das doze caricaturas de Maomé no jornal Jylland-Posten.

A ideia foi a princípio recebida como uma piada, mas acabou por tomar contornos de seriedade.

O réu em questão tem trinta e quatro anos, nasceu na Dinamarca e é um converso do Islão. Forneceu às autoridades bastante informação sobre os seus três companheiros de guerra, nomeadamente sobre um jovem de vinte e dois anos vindo do Iraque e decidido a tornar-se num terrorista suicida e que escreveu num site afiliado à Alcaida o seguinte: «Da Dinamarca - ajudem-nos a matar aqueles que blasfemaram contra o profeta».

O mesmo indivíduo acusava o governo dinamarquês de estar aliado aos Judeus e considerou que o primeiro-ministro Anders Fogh Rasmussen foi «um cão» por se ter recusado a receber os embaixadores do mundo islâmico que exigiam a punição do Jylland-Posten.

Os especialistas em terrorismo afirmam que o processo de radicalização das células islamistas segue o mesmo percurso que esta seguiu: começam com palestras, e visionamentos de vídeos, incluindo decapitações, e passam depois a consultas na internet de páginas que ensinam a fazer bombas. A seguir começam a procurar alvos, na brincadeira ou não.